Capítulo 04.

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Lívia

Ao acordar, faço minhas higiene pessoal e me arrumo para ir a faculdade. Pego minha bolsa e vou até a cozinha. Entro na mesma já sentindo o aroma delicioso do café fresco. A luz solar entrando pelas janelas, iluminando a mesa posta com louças finas e cristais.

Nicolas estava sentando a mesa, com o seu celular na mão, ao perceber minha presença o mesmo guarda o aparelho e olha para mim.

__ Bom dia, flor.- disse com um sorriso leve.

__Bom dia.- Respondi sentando-me ao lado dele.

A empregada, Maria, entrou com um sorriso encantador no rosto.

__ Bom dia senhorita, Lívia! Bom dia senhor, Nicolas.

__Bom dia, Maria.- dissemos juntos.

Maria colocou uma xícara de café na minha frente e eu agradeci.

Nicolas voltou a mexer no seu celular, enquanto eu tomava meu café e comia um croissant. O clima entre nós hoje estava confortável.

Depois que terminei meu café, estava pronta para ir embora, até que Nicolas me avisa sobre meu novo segurança. Apenas dou de ombros.

Saio da casa Nicolas e vou em direção ao carro, avisto o tal homem, ele estava parado ao lado do carro me esperando.

Eu me senti um pouco nervosa ao perceber que era o mesmo cara de ontem a noite na balada. Ele está simplesmente impecável. Com um terno preto que realçava sua figura atlética, sua camisa branca está perfeitamente engomada e o nó da gravata está bem feito. Os óculos escuro caim bem sobre seu rosto.

Ele me ajudou a entrar no carro e eu não pude deixar de notar como ele se movia com confiança e autoridade.

__Olá.. bom.. é, me chamo Lívia, e você?.- tento puxar assunto meio sem jeito.

O mesmo se encontra concentrado na estrada. Não trocamos nem sequer uma palavra até agora. E esse silêncio é agoniante.

__Felippe.- curto e rápido. Mais mesmo assim pude notar  sua voz, grossa e rouca.

__Sabe para onde estamos indo?.- pergunta meio idiota. Pois sei que meus pais já passaram para ele toda minha rotina, todos lugares que devo ou não ir.

__Sim, sua faculdade. Sua mãe me fez a lista de todos os locais que você irá hoje. Se quiser incluir mais algum local, me avise.- Disse me entregando um papel onde tinha escrito um número.
__Me ligue ou mande mensagem caso precise de mim, estarei por perto.- para o carro em frente a faculdade.

Sem trocar mais nenhuma palavra, ele sai do carro, abrindo a porta em seguida para mim. Espera eu passar e fecha a porta.

__Tenha uma boa aula, senhorita.- Disse sério e entra no carro, e antes que de tempo de eu agradecer, ele dá partida no carro e vai embora.

Ainda atordoada caminho pelo campus da faculdade, meus pensamentos se encontra na noite de ontem.  Ele não comentou nada sobre ontem na balada, ele simplesmente fingiu que nunca tinha me visto.

__oioioioi terra chamando Lívia.- Jesse me cutuca.

__Você tá no mundo da lua em garota.- Disse Mary.

__Quem era aquele cara que veio mais você?.- pergunta Jesse.

__O cara de ontem da balada.- As duas arregala os olhos.

__Ah? Como assim? Vocês..?- Jesse pergunta entendendo tudo errado.

__Ele é meu novo segurança, fiquei sabendo hoje pela manhã.- digo tranquilizando as duas.

__Nossa que pena.- Disse Jesse triste.

__Pena porquê?- Pergunto sem entender nada.

__ Um cara tão lindo e bem vestido é só um simples segurança, quando o vi ontem na balada pensei que ele fosse um empresário, ou alguém assim importante, do mesmo nível social que a gente.- Mary e eu reviramos os olhos assim que Jesse termina de falar.

__As vezes você é muito desnecessária Jesse.- Digo.

__Desde quando nível social importa?.- pergunta Mary.

__ Desde de quando queremos ser bem vistas e bem sucedidas, eu não sairia com um cara que não tenha nada a me oferecer.- diz convicta. Até parece minha mãe falando.

__Pois para mim dinheiro, status e fama não importa, se a pessoa me tratar bem e gostar de mim é o que me deixara satisfeita.- Disse Mary e concordo com ela.

__Você tem uma mente pequena, Mary. Continue assim que um dia estará andando de ônibus, com um trabalho mixuruca, e tudo isso por "amor".- Disse Jesse com desdém.

__Por que estamos falando sobre isso mesmo em? Que eu saiba ninguém aqui está atrás de namorado, então vamos para sala pois não quero perder a primeira aula.- Digo antes que as duas briguem e vou para a sala de aula.

Sentei na minha mesa, e fiquei olhando para o professor que começava a falar sobre economia. Eu não conseguia prestar atenção em nada que o mesmo dizia.

Eu não sabia o que eu realmente estava fazendo aqui. Estudar administração de empresas com foco em gestão internacional não é algo que me interesse. E sim o que meus pais decidiram para mim.

Eu olhei ao redor da sala e vi meus colegas, todos parecia saber o que queriam. Eles estavam ali por escolha própria, e não por obrigação.

Me senti perdida, não sabia o que eu realmente queria, nem sequer sabia quem eu realmente sou.






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