Épilogo

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Agora sim, chegamos ao fim!!!

Feliz halloween kkkk

Me despeço por aqui! Tchauzinho :)

Me despeço por aqui! Tchauzinho :)

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1 de dezembro de 1349.
O recomeço.

Jimin acordou sentindo uma preguiça imensa e espreguiçando-se demoradamente, passando os olhos pelos próprios aposentos e soltando um suspiro satisfatório.

Tinha sido apenas sua primeira noite de sono antes de começar oficialmente o novo trabalho e já sentia suas costas lhe agradecerem pelas mordomias.

Sem maiores enrolações, vestiu o uniforme de cavaleiro com os emblemas da Guarda Real e saiu do quarto, fechando a porta de madeira e a trancando, sempre com cuidado; não podia ficar se dando ao luxo de quebrar aquelas coisas caras, ou seriam meses trabalhando na escravidão para consertar.

Quase desabou ao se virar e ver Jungkook o esperando do lado de fora, observando a bela paisagem que a janela aberta de vidro exibia.

A armadura dourada parecia ter sido feita especificamente para ele – e havia sido – reluzindo chamativa contra a forte luz do sol enquanto a capa azul com o emblema da Guarda Real esvoaçava-se às suas costas, acompanhando o mesmo movimento dos cabelos pretos que haviam crescido ainda mais, caindo lisos e macios até um pouco abaixo dos ombros.

Sentiu o coração aquecer por observá-lo daquela forma. Saudável, grande e forte, com braços ainda maiores que os seus e o vigor de um homem no auge de seus 20 anos.

Mesmo que as vestimentas fossem idênticas, lembrar do moreno como o conheceu – maltratado, ao fundo de uma cela empoeirada – e contrastar com a visão que tinha agora, era como uma grande prova de que nunca se tem como saber o dia de amanhã.

Lembrou-se da própria situação, vivendo angustiado na velha casa de lajes e ratos enquanto era obrigado a matar inocentes como ganha-pão.

Andou tranquilamente até o batente de tijolos que o mesmo se apoiava, colocando discretamente a mão em cima da sua em um gesto de afeto. Jungkook não virou para o loiro, olhando atentamente a bela visão do jardim vasto e colorido do palácio, que dali em diante chamariam de lar.

— Nunca pensei que um mundo como este poderia ser tão bonito... — o moreno suspirou, com o sorriso genuíno de sempre.

Park sorriu também. Agora que compartilhava da brisa fresca seus cabelos esvoaçavam-se como se o vento estivesse o acariciando.

Pela primeira vez na vida, sentiu uma vontade genuína de agradecer a Deus.

Não pelas conquistas que havia feito. Ele não era um daqueles que atribuíam cada vitória ao divino e cada derrota ao diabo. Cada um colhe o que planta, a regra é esta.

O que ele sabia é que Deus havia lhe dado a vida. Havia o colocado naquele mundo tão esplêndido e horripilante, com todos os tipos de pessoas crueis e gentis, ranzinzas e amigáveis, pecaminosas e santas, tristes e felizes. Era um mundo que Jimin nunca havia de fato entendido, que sempre cuspia em sua cara e o mandava sofrer para sobreviver.

E agora aquele mesmo jovem desacreditado estava ali, olhando um vasto universo de possibilidades no batente de uma janela envidraçada, ao lado do amor da sua vida.

Sentia-se, pela primeira vez, imensamente grato por simplesmente estar vivo.

— Ei, vão ficar de bunda mole o dia todo? — o casal virou-se para o colega cavaleiro que os chamava com gritos e acenos, os cabelos tão dourados quanto a armadura que vestia.

Ali estavam Yeojun e Soobin, dois soldados que haviam conhecido no dia anterior, que agora felizmente – ou infelizmente, levando em consideração o pavio curto de Park – seriam seus novos companheiros.

Um pequeno intervalo de tempo passou-se até avistarem também o novo chefe, com cabelos tão negros quanto o de Jeon e pele pálida como a de um verdadeiro sangue azul. Min Yoongi estava perfeitamente trajado em uma vestimenta que custaria o rim de todos os seus soldados.

Jungkook acenou de volta, indo em direção a eles quando Jimin segurou seu pulso.

— Algum problema, meu amor? — falou as últimas palavras mais baixo, mas ainda sim apertando as mãos alvas do soldado mais velho.

Jimin desviou o olhar, sentindo certa vergonha do que diria a seguir.

Mesmo assim, não ignoraria a vontade repentina de agradecer que lhe enchia o coração. Talvez, apenas talvez, o sentimento em seu peito lhe provesse um pouco da fé que tanto rejeitou ao longo dos anos.

— Podemos dar uma passada na igreja?

✞ ✞ ✞
Salmos 50:23
Quem me oferece sua gratidão como sacrifício honra-me
E eu mostrarei a salvação de Deus
ao que anda nos meus caminhos.

Sagrado Profano | jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora