"– O que houve com ele?
– A vida. – Harley e Tony, Homem de Ferro 3."– Ad... – Aden parou de passar geleia no pão quando ouviu a voz chorosa de Taylor. Ele procurou por sua irmãzinha e a viu voltando para a cozinha com os olhos repletos de lágrimas.
– Tata? O que aconteceu? – Ele deixou o pão com Eliza e se agachou na frente da outra menina que escondeu o rosto com as mãos, pois não conseguia se controlar. O coração do garoto se apertou, pois ele não sabia o motivo de sua irmãzinha estar daquela forma e odiava ver qualquer uma de suas irmãs triste. Ele acabava ficando triste também. – O que foi, Tata?
– A mamai Clarke e a titia Josy tão chorando, Ad. – Com a voz embargada e abafada por suas pequenas mãos, ela explicou. – Elas tão sofrendo, Ad. A mamai Clarke não tá bem, Ad.
– Adie? – Preocupada, Eliza chamou seu irmão. Ela largou o pão na bancada e desceu da cadeira, logo indo até os dois loiros, então acariciou as costas de Taylor que soluçava descontroladamente, lhe trazendo ainda mais preocupação. – Será que aconteceu algo com o vovô Jake, Ad?
– O vovô Jake? – Taylor indagou, intensificando ainda mais seu choro. Eliza beijou seus cabelos clarinhos, tentando mostrá-la que estava tudo bem, mesmo que não tivesse certeza disso. Ela só queria que sua irmã não chorasse, pois sabia como Taylor era sensível. – Ele vai morrer, Adie? Ele vai?
– Ei, Tata, se acalma. Está tudo bem. – Aden pediu, tirando com cuidado as mãos da menina da frente do rosto, assim podendo contemplar os olhos avermelhados dela, como as bochechas. Ela fungou, mesmo que sua respiração fosse curta e forte. – Não precisa se preocupar, ok? Nenhuma de vocês duas. Vai ficar tudo bem.
– Então por que elas tão chorando? – Fora Eliza quem perguntou, se sentindo angustiada. A tristeza de sua irmã estava começando a reverberar em sua alma. – Ad, e se o vovô...
– Ei, meus amores. – Clarke os chamou ao entrar na cozinha, sabendo que tinha que conversar com eles sobre seu pai. Os três loiros viram como os olhos da mãe estavam tristes e chorosos, os fazendo perder a fala. – Você estava ouvindo nossa conversa, não é, Taylor?
– Não, mamai, eu... – Taylor tentou mesmo ouvir a conversa dos mais velhos, mas não conseguiu absorver nada além de choros, o que a fez chorar também e se desconcentrar completamente. Clarke percebeu isso apenas olhando para sua filha, pois a conhecia melhor do que ninguém. – O vovô Jake vai morrer, mamai?
– Tay... – O coração de Clarke se partiu ao ouvir a pergunta de sua filha enquanto ela chorava copiosamente. Ela se agachou perto de seus filhos e olhou para cada um deles. As gêmeas estavam chorando e Aden tentava manter a calma, pois ainda não sabia o que estava acontecendo. – Ele não vai morrer, ok? Vamos cuidar dele e então, ele vai ser o mesmo vovô Jake de sempre.
Aden se atentou ao fim daquela sentença, tentando compreender o que ela significava. Ele precisava entender, ainda mais quando Clarke parecia querer se prender as suas próprias palavras desesperadamente.
– O que houve com ele, mãe? – Em um sussurro estrangulado, ele questionou. Não estava pronto para perder seu pai como as gêmeas especularam, mesmo que ele nunca tivesse exercido esse papel de verdade. Jake agia como se fosse seu avô, mas estava sempre distante até mesmo para esse papel.
Aden não queria perder Jake de forma alguma, não importasse qual papel ele exercia em sua vida e em que distância ele estivesse.
Aden não queria perder ninguém nunca mais.
– A vida... a vida às vezes é difícil, meus amores. – Clarke começou a dizer, se sentando no chão daquela cozinha. Na mesma casa onde passou toda sua vida. Na mesma casa onde teve pesadelos que ainda lhe traziam calafrios, até mesmo naqueles dias nebulosos. Mas seus filhos e seu pai importavam mais do que aquilo. – E... existem pessoas que quando vão envelhecendo, elas... elas vão ficando bem esquecidas, sabe? A memória não é mais novinha em folha como as de vocês.
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Learning to Live season 2
FanfictionCONTINUAÇÃO DE LEARNING TO LIVE Alguns pacíficos anos se passaram para Clarke e Lexa e sua grande família, mas o que nenhum deles esperava era que a vida poderia ser muito mais do que o que eles já haviam aprendido anteriormente.