Capítulo 5

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*Lorraine*

Começo a andar na direção das celas. Espero bem que ninguém me apanhe aqui fora senão eu nem quero saber o que me pode acontecer. À medida que me aproximo da janela da cela a imagem do homem começa-se a tornar mais nítida, mas mesmo assim não dá para ver muito porque está escuro cá fora.

Quando finalmente tou em frente da janela reparo que não é um homem que lá está, é um rapaz deve ter à volta de vinte anos. Ele é lindo acho que nunca vi nenhum rapaz tão atraente como ele, tem um cabelo escuro com caracóis, lábios rosados mas os olhos não consigo decifrar bem a cor devido ao escuro, sei que não são castanhos nem azuis mas são claros devem ser verdes.

Neste tempo todo que o estive a observar nem dei conta de que ele também me observava a mim. O que faço agora? Será que lhe devo dizer alguma coisa? Não sei secalhar é melhor ir embora. Começava agora a caminhar de volta para a minha casa quando oiço uma voz rouca a falar.

-Não te vás embora. Quem és tu?- o que que digo agora? Respondo ou vou simplesmente embora?

-Hum... Desculpa... Eu sou a Lorraine, sou filha do general o dono desta casa.- decidi responder-lhe sei que não devia estar a fazer isto mas não quero saber.

-Então você é filha do general? Encantado menina, eu sou o Harry, Harry Styles.- então ele é inglês? Ele deve fazer parte daqueles que tentaram matar o meu pai. Eu não posso mesmo falar com ele.

-Desculpe a curiosidade mas o que a menina está a fazer cá fora a estas horas da noite? Tenho a certeza que o seu pai não iria gostar que estivesse cá fora agora muito menos a falar com um prisioneiro dele.- sim ele tem razão eu não devia estar cá fora. Mas já que aqui estou tenho de saber se ele está aqui preso por ter tentado matar o meu pai ou se está preso por outra coisa.

-Eu vim aqui fora porque percisava apanhar um pouco de ar. Desculpe estar a ser intrometida mas o que que o senhor fez para estar aqui preso?

-Por favor menina trate-me só por Harry. Mas eu estou aqui por ter invadido a casa do seu pai para o tentar matar.- bem me parecia que foi por isso.

-Eu sabia, eu tinha quase a certeza que era por isso mas queria confirmar. Como é que foi capaz de tentar matar o meu pai?- comecei a falar um pouco mais alto.

-Por favor menina fale um pouco mais baixo o guarda está a dormir, se ele acorda e nos apanha a conversar as coisas não vão correr bem para nenhum dos dois.- ele tem razão se o guarda nos apanha as coisas vão correr mal.

-Peço imensa desculpa.

-Não faz mal menina. E respondendo à sua pergunta, eu fui obrigado a vir para a guerra, e se eu conseguisse matar o seu pai os meus superiores mandavam dinheiro para a minha família em Inglaterra. Eu sou pobre, e as coisas não tão fáceis, a minha família percisava muito do dinheiro, só fiz isto a pensar nela.- quando ele disse isto tudo acho que me ia emocionando. Eu nunca passei por nada parecido, sempre tive uma vida boa e o meu pai sempre me deu tudo o que eu percisava e até o que eu não percisava. Não sei agora o que responder fiquei com pena dele e acho até que o percebo. Por mais que fique um pouco zangada por ter sido o meu pai tenho de perceber que ele também não veio para a guerra por vontade própria e também necessitava muito do dinheiro que nem era para ele era para a família.

-Eu compreendo.- decidi responder.

-Compreende? Foi o seu pai tem noção.

-Sim eu sei que foi o meu pai. Mas você teve motivos fortes para o fazer, você necessitava fazer isso pela sua família.

Não sei o que se estava a passar eu basicamente estava a dizer a um estranho que ele tinha razão em ter tentado matar o meu pai. Eu não devo estar bem. É melhor eu voltar para o meu quarto antes que alguém me apanhe aqui.

-Desculpe, eu agora tenho de regressar para dentro. Adeus uma boa noite.- despedi-me dele com intenção de não voltar lá mais.

-Uma boi noite para você também menina e obrigado por me ter compreendido.

-Não tem nada que agradecer. Boa noite.- dito isto levantei-me e comecei a dirigir-me de novo para a minha casa.

Abro a porta da frente com cuidado e começo a andar em bicos de pés pelas escadas até chegar ao meu quarto. Quando vou a abrir a porta oiço uma voz.

-Menina Lorraine? O que que a menina estava a fazer lá fora a uma hora destas?- assustei-me mas fico muito mais tranquila quando percebo de quem é a voz.

-Desculpe Monique, mas eu não me estava a sentir muito bem então fui apanhar ar.

-Por mim a menina sabe que não há problema mas se fosse o seu pai a encontra-la era muito pior você sabe disso.

-Eu sei desculpe não volta a acontecer.

-Veja só se tem mais cuidado, não quero que haja problemas para você.

-Eu sei Monique. Desculpe mais uma vez e boa noite.- dei um beijo à minha ama e entrei dentro do meu quarto. Fui para a minha cama tentar dormir mas sabia que não ia conseguir. Não consegui tirar da minha cabeça aquele rapaz. Ele era lindo.

Meu deus eu não posso estar a pensar a sim em algum homem. Tenho de tirar estes pensamentos da minha cabeça e esquecer a conversa que tive hoje com aquele rapaz.

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