𝐀𝐋𝐆𝐎 𝐓𝐀𝐎 𝐈𝐌𝐏𝐎𝐒𝐒𝐈𝐕𝐄𝐋 𝐀𝐒𝐒𝐈𝐌?
Belinda sempre foi uma garota carismática, encanta qualquer um em sua volta. E foi assim com Gavi, amigos desde de infância, como não amar uma garota assim?
Mas Pablo Gavira tinha outros planos, cres...
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21 de Agosto de 2018 Barcelona, Espanha.
Observo Bel do outro lado da sala, a forma como estava concentrada no livro que estava lendo, o sorriso a cada segundo, as suas expressões a cada página que virava era engraçado de se observar.
Volto a encarar as questões de matemática que estavam me matando, Elisa já tinha respondido a maioria e eu nem sequer conseguia sair da primeira.
— Teria terminado se não ficasse encarando a minha irmã! — Elisa sussurra sem desviar o olhar do caderno.
— Não estou encarando. — Minto ao começar responder a questão.
— Sei! — Ela se levanta indo em direção a cozinha e novamente volto a observar a Bel, ela se encosta no sofá para ter uma posição melhor. Não sei o motivo real de estar encarando, mas bateu uma curiosidade em saber do que tanto sorri.
— Está lendo o que? — Pergunto ao me levantar e ela apenas me observa de relance.
— Uma garota se apaixonando por um mendigo — Diz como se não fosse nada.
— E posso saber o por que disso ser interessante? — Pergunto me encostando no sofá a observando de perto.
— Por que o Atlas é o sonho de toda garota — Diz com um sorriso enorme — Você não vai entender se não ler!
— Não gosto de ler! — Falo.
— Você não faz ideia do que está perdendo — Diz fechando o livro e me observa com uma sobrancelha erguida — Não devia estar fazendo o dever?
— Já terminei!
— Mentira tem perna curta! — Elisa diz logo atrás com duas latinhas de coca — Bel, pode buscar o Hector na escola?
— Pra já! — Ela se levanta num pulo.
— Posso ir junto se quiser! — Falo como quem não quer nada.
— Não precisa, vou chamar o Ferran! — Diz ao pegar o celular me fazendo a encarar sério. Eles andam próximos demais, a forma como a todo momento estão juntos, me deixa agoniado e eu nem sei o porquê.
— Beleza! — Me sento novamente e desta vez com foco total. Logo ela sai de cada ficando apenas eu e a Elisa.
— Que cara é essa? — Pergunta mas não respondo, termino de responder a terceira questão antes de encará-la.
— Não tem cara nenhuma. — Falo pegando o refrigerante e o bebendo em um só gole.
— Você não está gostando da minha irmã, está? — Pergunta com um sorrisinho de canto me fazendo engasgar com refrigerante, mas que ideia absurda é essa?.
— Claro que não, Elisa. — Digo recuperando o ar — Ela é como uma irmã mais nova pra mim.
— Então, por que se incomodou quando ela disse que ia chamar o Ferran? — Ela se encosta na cadeira curiosa.
