Até que o Orgulho nos Separe

Limusine

Assim que o avião aterrissou em Tóquio, Japão, eu me apressei para conseguir uma lotação até o hotel onde ficaria hospedada — um hotel cinco estrelas, escolhido com o máximo de cuidado para garantir o conforto após a longa viagem.

Assim que cheguei ao saguão, fui recebida por funcionários impecavelmente vestidos, que me encaminharam até o balcão de check-in. A imponência do local me impressionou: lustres de cristal pendiam do teto alto, e o aroma suave de flores frescas preenchia o ambiente.

Após o check-in, segui para o meu quarto com um misto de alívio e ansiedade. Assim que entrei, tirei meus sapatos altos e me joguei na cama macia, sentindo o cansaço da viagem finalmente me alcançar. Amanhã seria um dia importante — eu e Adrien teríamos uma reunião com o CEO da Tsurugi, a famosa empresa japonesa de carros de luxo.

Enquanto encarava o teto, meus pensamentos vagaram para as possibilidades que essa reunião poderia trazer. Mas, inevitavelmente, um certo alguém também invadia minha mente.

— Aquele babaca… — murmurei, revirando os olhos ao lembrar da aposta que havia perdido. O medo de qual seria seu próximo comando me dava um frio na espinha. Adrien tinha uma maneira única de tornar qualquer situação imprevisível.

Suspirei e fui até minha bolsa, buscando algo específico. Quando encontrei o que procurava, tirei um pequeno estojo e, ao abri-lo, lá estava: o anel de casamento. A aliança reluzia sob a luz suave do quarto, me fazendo hesitar. Não podia acreditar que havia trazido aquilo comigo.

Coloquei o anel entre os dedos, girando-o lentamente, como se o simples toque dele pudesse responder às perguntas que ainda rondavam minha mente. Depois de um momento, suspirei e guardei a aliança de volta no estojo, decidida a parar de pensar nisso. Afinal, estávamos divorciados; não havia razão para ficar remoendo o passado — e muito menos Adrien.

Tentando afastar qualquer lembrança dele, fui direto ao banheiro. Abri a torneira da banheira, deixando a água quente encher o espaço e o vapor tomar conta do ambiente, relaxando cada músculo tenso do meu corpo. Entrei no box, permitindo que a água quente escorresse sobre mim, e fechei os olhos, determinada a aproveitar aquele momento de paz.

— Oi... — uma voz grave sussurrou atrás de mim, próxima ao meu ouvido.

Meu coração disparou ao reconhecer Adrien. Antes que pudesse reagir, ele se aproximou mais, pressionando meu corpo suavemente contra a parede. Seu corpo molhado se colou ao meu por trás, e a sensação de sua pele quente contra a minha enviou um arrepio por todo o meu ser.

— Adrien...?

Adrien riu baixinho, seu corpo sacudindo levemente contra minhas costas.

— Sim, Marinette, sou eu. Agora, me responda: você ainda me ama? — Sua voz era baixa e rouca, carregada de emoção contida.

— Por que você insiste tanto que eu fale que ainda te amo? — tentei debater, empurrando o corpo dele para trás, mas ele apenas me prensou mais contra a parede fria do banheiro, fazendo com que meus mamilos se tornassem rígidos com o contato.

— Porque preciso saber que você ainda sente algo por mim — murmurou ele, seus lábios roçando minha pele molhada. O calor do seu corpo contra o meu era quase insuportável. — Preciso saber que não é tarde demais para nós dois.

— Sai daqui!

— Shh... — Ele interrompeu, sua mão cobrindo minha boca, seu toque firme e protetor. — Não diga nada ainda. Apenas ouça. — Ele fez uma pausa, seus dedos deslizando suavemente pela minha pele, enviando ondas de desejo por todo o meu corpo. — Eu ainda te amo, Marinette. E eu acho que ainda não é tarde demais para nós dois. — Seu hálito quente se misturou ao vapor do banheiro enquanto falava, fazendo meu coração acelerar. — Se ainda me amasse, estaríamos juntos de novo, certo?