•Maitê•
Abro os olhos lentamente sentindo a dor nos olhos pela luz que invade o quarto. Uma dor de cabeça terrível da ressaca e os flashbacks na mente das coisas que você fez na noite anterior.
Eu amei muito meu aniversário, aproveitei muito também, cada pedacinho, mas o melhor momento foi o final. Se tem uma coisa que eu não esqueci foi do meu beijo com o Luccas, mas saio desses pensamentos quando o vejo parado na porta do banheiro olhando pra minha cara que nesse momento com toda certeza está péssima.
Luccas: acordou finalmente!- ele diz e eu escondo meu rosto embaixo do travesseiro ainda morrendo de preguiça.
-Não queria ter acordado, que horas são?- pergunto preocupada.
Luccas: já é meio-dia, relaxa que minha mãe já falou com a tua, tá dboa.- respiro aliviada em saber.
-Ai que bom, já tava imaginando meu pai arrancando minha cabeça.- dou risada sendo acompanhada.
Luccas: Toma um banho aí e desce pá comer, a coroa tá fazendo um almoço aí pá tu.
-Mentira que a Rapha tá fazendo almoço pra mim? Amei.- sorrio.
Luccas: tá pô, se liga que ela deve perguntar porquê tu dormiu aqui comigo.- confirmo já imaginando.
-Imagino oque ela já deve ter te perguntado- dou risada.
Me levanto vendo a roupa que eu tô, nem lembrava. Vou direto pro banheiro passando por ele que fica me olhando, mas não fala nada.
Luccas: fica a vontade aí que eu vou descer, quando acabar pode vim pra cozinha, jaé?- ele diz e eu confirmo pegando uma escova de dente nova que tinha aqui.
Escovo os dentes pra tirar esse bafo péssimo de ressaca que ninguém merece, e ligo o chuveiro indo tomar um banho.
A água gelada entrando em contato com minha pele quente, me causando um arrepio bom de sentir. Enquanto a água desce pelo ralo reflito um pouco, sentindo a água cair.
Visto minha roupa de volta que não iria descer com a do Luccas nem morta, ia ser motivo de dizerem que a gente namora pra família inteira, sempre foi assim.
Penteio meu cabelo rápido e desço as escadas indo direto pra cozinha como ele disse, vejo a tia Rafa, o Luccas, meu padrinho Deydey e a Priscilla na mesa, me aproximo deles que me olham.
-Bom dia gente.- falo.
Deyvin: boa tarde já, senta aí pra comer com nós, almoço especial pra minha afilhada especial.
-valeu padrinho, você é o mais especial também.
Deyvin: Padrinho é só um Maitê, se liga malandra.
Raphaela: Senta aí Maitê, tem cadeira do lado do Luccas.- confirmo sentando na cadeira que sobrou, ao lado dele.
Coloco minha comida no prato e começo a comer como todos da mesa, a Priscila de cara feia desde a hora que eu sentei na mesa, nunca fiz nada pra essa garota e essa raiva toda, eu ein.
Raphaela: Porquê veio com o Luccas Maitê? Teu irmão te deixou sozinha foi?- engulo em seco, mas finjo de sonsa por já esperar por essa pergunta.
-Já tava meio alterada e eu ficar ali sozinha não ia ser bom, Matteo tinha sumido e a Bia também, aí fiquei sem ninguém.- vejo a cara que a Priscila faz, deve ter se ligado que meu irmão foi ficar com a Bia.
Raphaela: cuidado Ein Maitê, ainda bem que o Luccas te trouxe e você tá aqui, se não seu pai ia ficar bravo.- balanço a cabeça concordando.
-Eu sei tia, obrigada por deixar eu ficar aqui tá.
Raphaela: aqui é sua casa também Maitê, você sabe minha linda.- sorrio pra ela e continuo comendo.
Eu sempre vinha pra cá nos sábados, era o dia certo pra almoçar na casa do meu padrinho e eu sempre vinha com a Bia, a Priscila até brincava com a gente, mas sempre foi aquelas meninas que tudo tinha que ser do jeito dela, e se tem uma coisa que eu não gosto é disso.
Desde sempre fui e sou uma menina amável e doce, em partes isso me prejudica, pois as pessoas me fazem de otária e a besta perdoa, estou aprendendo aos poucos a parar de aceitar tudo de todo mundo e a achar que ninguém nunca tem maldade.
Meu pai e todos sempre me avisam que ninguém sabe a cabeça do outro, mas eu insistia em dizer que era coisa da cabeça deles e que isso era bobagem, deu que eles estavam certos como na maioria das vezes.
Me despeço da tia Rapha e do meu padrinho e subo na moto do Luccas que insistiu em me trazer em casa, pois ele disse que fazia questão, cá estou eu.
Tento ao máximo não precisar segurar nele e normal, mas o tanto que esse menino corre não é fácil, cada quebra-mola eu vou pra cima e se eu não segurar vou cair no chão, saio dos meus pensamentos com o pulo que eu dei e o Luccas dá risada.
Luccas: segura Maitê, não quero chegar contigo toda ralada não.
Quando finalmente chego em casa, agradeço o Luccas que logo sai porter que ir "trabalhar", ou melhor, traficar mesmo. Entri torcendo pra ninguém brigar e relaxo vendo que meu pai já saiu de casa.
Minha mãe é minha melhor amigas então confia tudo pra ela, porém oque aconteceu ontem é um segredo extremo, pois se eu contar ela vai me encher o saco mais ainda de tanto me shippar com o Luccas .
Clarissa: Finalmente em Maitê, já tava preocupada filha, sorte que a Rapha me ligou avisando que você dormiu lá.
-Sim mãe, achei melhor dormir lá do que chegar aqui bêbada e meu pai brigar, a senhora sabe- ela confirma.
Clarissa: teu irmão disse que te trazia pro seu pai, onde ele se meteu ontem que não te trouxe- dou de ombros não falando nada.
-Vou pro meu quarto trocar de roupa.- ela confirma e eu subo as escadas grandes, indo até meu quarto vendo o Matteo no meu banheiro.
-Pode sair seu imundo, quem deixou você usar meu banheiro Matteo?- falo puta da vida, esse menino só faz bagunça, que ódio.
Matteo: meu banheiro tá quebrado pô, é rápido, cala a boca aí.
- tu quebra o teu e agora quer vim quebrar o meu também? Certeza que você entupiu o vaso, seu porco.- bufo com raiva.
Clarissa: deixa filha, seu irmão é um porco mesmo, já é de homem.- saio do quarto indo pro banheiro da minha mãe, já que a mesma pediu pra mim ir pra lá.
Tomo mais um banho e troco de roupa vestindo uma mais confortável, ainda tô morrendo de sono, já que fui dormir amanhecendo o dia e acordei agora a pouco, na hora do almoço.
Penteio meu cabelo deixando ele molhado mesmo, e por mais que seja péssimo durmo com ele molhado assim mesmo, só fiz me deitar na cama e apaguei, dormindo mais uma vez.
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•Lance Criminoso ²
Fanfiction"Eu não vou te esquecer, mas não trago comigo Vai dar merda de novo Vamo correr perigo Escondido é gostoso, Mas somos só amigos E quando amanhecer Baby, eu não Eu não vou tá contigo."