"Alguns corações se abrem quando menos esperamos..."
Sofia
Ontem completei uma semana de trabalho.
Não tive problemas depois do episódio com o meu atraso.
Isso se deve principalmente ao fato de não ter visto Natália com frequência, e quando nos cruzamos, nenhuma palavra saiu de sua boca.
Eu continuava dizendo bom dia quando a via, e a mulher seguia ignorando minhas palavras.Não tenho culpa de ter uma boa educação até mesmo com as pessoas que não merecem.
Havia acordado mais cedo que o normal. Minha mãe estava ao telefone, conversando com uma de suas patroas.
Ao notar seu semblante, vi certa angústia estampada em sua face.
– O que houve, mãe?
– Aconteceram alguns imprevistos e não poderei levar Ayla comigo hoje no trabalho.
Me alarmei. É algo fora de cogitação levá-la comigo, já que com mais uma advertência...
– Me desculpe, filha.
– Darei um jeito. – sorri, tentando disfarçar a angústia que se alojou em meu peito.
Repassei mentalmente minhas opções, e olha que beleza: não havia nenhuma!
Babi, minha amiga, está trabalhando e tirando minha amiga e a minha mãe, não havia ninguém com quem eu pudesse deixar Ayla. Não sou muito de confiar nas pessoas.
Saco!
– Está tudo bem, Sofia. – respirei.
Fui para o quarto da minha filha, e percebi ela em um sono bastante tranquilo.
– Queria ter essa paz... – sibilei enquanto permanecia de pé, a observando por alguns segundos.
É incrível como nossos filhos crescem de uma forma assustadora. Quando percebi, ela já havia se tornado uma criança de cinco anos de idade.
Como a escolinha dela está de férias, em alguns momentos temos que nos desdobrar, mas não reclamo, a questão é o hoje.
Acordei a pequena, que ainda estava sonolenta.
– Tenho uma novidade, hoje você ficará comigo no trabalho, filha. – beijei sua testa.
– Onde você trabalha é legal? – Ayla disse, ainda meio que dormindo.
– Muito.
– Tá bom, mamãe.
Depois de terminar meus afazeres e ajudar Ayla, fui para a mansão de Natália.
[...]
Minha primeira providência ao chegar na mansão foi procurar Helen. Talvez ela pudesse me salvar, ou não...
– Você acha que posso esconder minha filha na casa? – falei mansamente.
– Esconder? – Helen riu.
– Ah, você entendeu... – relatei sem graça. – Não disse a você, mas já tomei uma advertência, e estou preocupada.
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The Lost - Stalia
RomanceCom qual olhar você encararia a vida se perdesse sua esposa e filha em um acidente de carro? Natália Rosa é uma mulher marcada por uma das piores dores do mundo: a dor de enterrar um filho. Após a grande tragédia em sua família, ela se fechou para...