Capítulo 5

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"Alguns corações se abrem quando menos esperamos..."

Sofia

Ontem completei uma semana de trabalho.

Não tive problemas depois do episódio com o meu atraso.

Isso se deve principalmente ao fato de não ter visto Natália com frequência, e quando nos cruzamos, nenhuma palavra saiu de sua boca.
                
Eu continuava dizendo bom dia quando a via, e a mulher seguia ignorando minhas palavras.

Não tenho culpa de ter uma boa educação até mesmo com as pessoas que não merecem.                  

Havia acordado mais cedo que o normal. Minha mãe estava ao telefone, conversando com uma de suas patroas.

Ao notar seu semblante, vi certa angústia estampada em sua face.                  

– O que houve, mãe?                  

– Aconteceram alguns imprevistos e não poderei levar Ayla comigo hoje no trabalho.

Me alarmei. É algo fora de cogitação levá-la comigo, já que com mais uma advertência...

– Me desculpe, filha.

– Darei um jeito. – sorri, tentando disfarçar a angústia que se alojou em meu peito.                 

Repassei mentalmente minhas opções, e olha que beleza: não havia nenhuma!

Babi, minha amiga, está trabalhando e tirando minha amiga e a minha mãe, não havia ninguém com quem eu pudesse deixar Ayla. Não sou muito de confiar nas pessoas.                 

Saco!

– Está tudo bem, Sofia. – respirei.                  

Fui para o quarto da minha filha, e percebi ela em um sono bastante tranquilo.                   

– Queria ter essa paz... – sibilei enquanto permanecia de pé, a observando por alguns segundos.

É incrível como nossos filhos crescem de uma forma assustadora. Quando percebi, ela já havia se tornado uma criança de cinco anos de idade.                   

Como a escolinha dela está de férias, em alguns momentos temos que nos desdobrar, mas não reclamo, a questão é o hoje.                   

Acordei a pequena, que ainda estava sonolenta.                  

– Tenho uma novidade, hoje você ficará comigo no trabalho, filha. – beijei sua testa.                    

– Onde você trabalha é legal? – Ayla disse, ainda meio que dormindo.                    

– Muito.                   

– Tá bom, mamãe.

Depois de terminar meus afazeres e ajudar Ayla, fui para a mansão de Natália.

[...]              

Minha primeira providência ao chegar na mansão foi procurar Helen. Talvez ela pudesse me salvar, ou não...

– Você acha que posso esconder minha filha na casa? – falei mansamente.                 

– Esconder? – Helen riu.

– Ah, você entendeu... – relatei sem graça. – Não disse a você, mas já tomei uma advertência, e estou preocupada.                    

The Lost - StaliaOnde histórias criam vida. Descubra agora