Capítulo 11

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"Às vezes só precisamos de uma palavra amiga para tudo se acertar..."

Sofia

Me levantei mais cedo que de costume. Já que Ayla iria comigo, precisei acordar a minha pequena e organizar algumas coisas para levarmos à mansão.

Depois de tudo organizado e nos conformes, fomos em direção à porta, e quando a abri...

Percebi um Audy preto estacionado na porta da minha casa. Não havia notado a placa ainda, mas ele se parecia com um dos carros que os motoristas de Natália usam quando é necessário.

Ao chegar perto do automóvel, o vidro se abriu, e logo avistei João, que abriu um largo sorriso ao me ver.

– Olá, Sofia. Natália pediu para buscá-las.

– Ah, claro.

– Cá entre nós, acho que isso irá acontecer todos os dias. – me deu uma piscadinha e sorri logo em seguida.

– Tudo bem.

Fiquei repensando sobre essa boa vontade. A mulher não é assim, e está muito estranha ultimamente.

Quer dizer... Comigo ainda continua a mesma bruta de sempre, mas algo parece estar mudando.

Chegamos na mansão e Natália estava no sofá, lendo uma revista.

Isso não é usual. Relevei.

– Oi, tia Natália.

Ayla foi a primeira a falar, e achei ótimo isso ter acontecido, já que pude reparar melhor no rosto da morena. É estranho... Como vou explicar?

Natália parece travar, e alguns segundos depois ela "volta" ao mundo.

– Oi, pequena. Tenho uma surpresa para você!

– O que é? – Ayla se animou.

– Está lá na cozinha. Helen irá te mostrar.

Rapidamente, Helen pegou na mão de Ayla e as duas foram para a cozinha.

– Não esqueceu de nada, filha? – chamei sua atenção.

– Ah, obrigada, tia Natália.

– De nada.

Natália e eu permanecemos na sala. Ela me observou por alguns segundos, só que preferiu ficar quieta.

– Eu não sabia que João traria nós duas.

– Isso é uma forma de evitar seus atrasos. Resolvi de última hora.

Sei...

– Hoje tenho muito trabalho. Espero que não me interrompa. – ela disse.

Diga isso para Ayla, sua mais nova amiguinha...

– Certo.

Seria possível eu estar com ciúmes? Acho que não. Meu problema é não entender o porquê ela é assim com minha filha, já que nem com Miguel, seu próprio filho, vi demonstração alguma de afeto.

– Posso te fazer uma pergunta?

– Não. Mas se bem lhe conheço, você a fará em outra oportunidade, e eu não saberei que é a mesma pergunta de hoje.

– Ayla se parece com a sua falecida filha?

Esperei o pior após questioná-la. Se Natália é grossa e insensível com perguntas normais, que não necessariamente tem algo a ver com ela, imagina quando faço uma pergunta íntima?

– Na verdade, não. A Laura era um pouco mais reservada, e era grudada com a outra mãe dela. Apesar disso, quando ela estava comigo, nos divertíamos muito.

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⏰ Última atualização: 15 hours ago ⏰

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