Capítulo 21 - Se Apaixonando

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No passado, eu nunca acordava para comer com alguém com quem tinha acabado de fazer sexo. Mas parece que Manmek é a primeira... e talvez a única com quem eu como depois de fazer sexo.

Ela deve ter percebido que não havia nada na minha geladeira para cozinhar, então usou um aplicativo para pedir mingau de camarão e desceu para buscá-lo, ainda vestindo as mesmas roupas que havíamos jogado na sala de estar na noite passada.

Eu não conseguia tirar os olhos da mulher sentada à minha frente na mesa de jantar. Ela não parecia indiferente, mas dava para notar que havia algo que fazia aqueles lindos olhos parecerem tão vivos. Ainda assim, talvez devêssemos falar sobre a noite passada, certo?

"Sobre a noite passada—"

Não, eu não consigo. Falar diretamente estragaria o clima. Engoli rapidamente as palavras e inventei outra coisa.

"Que tal aquela garrafa de vinho?"

Ótimo. Na noite passada, nem chegamos a abrir aquele vinho—ele ainda está no armário, intocado.

A jovem polvilhou um pouco de pimenta no mingau e sorriu. "Muito delicioso e doce."

Eu queria que ela falasse sobre isso, mas agora que mencionou, fiquei envergonhada. "E-ei, o quê? Isso é... tão estranho, mas fofo!"

Ela me provocou, sorrindo. "Estamos falando do vinho. Ou o que você achou que eu estava falando, Sra. Árvore?"

Ela estava claramente brincando comigo!

Fiz um bico e lancei um olhar brincalhão para ela. Mas não demorou muito para ela mudar de assunto.

"Vi um cartão postal com tema de mar na sua geladeira."

"Ah... é. Faz meses que estou querendo ir, mas não tive tempo. Está ali para me lembrar de relaxar."

"Podemos ir hoje, se você quiser."

O Mustang que eu sempre achei que protegeria, nunca deixando ninguém mais ao volante. Acontece que ainda sou protetora dele—só não em relação a ela. Então, num dia como este, é a vez dela ser a motorista.

Nosso destino?

A beira do mar, exatamente como o cartão postal na minha geladeira.

Talvez fosse a primeira vez que nos víamos com roupas casuais. Eu usava uma camiseta rosa de manga comprida e folgada, com shorts, enquanto Manmek, depois de tomar banho em seu condomínio, apareceu com uma regata branca, uma camisa havaiana desabotoada e shorts combinando.

Meu rosto ficou vermelho ao notar todas as marcas de mordidas. Elas cobriam a nuca, o peito, até mesmo as pernas dela.

O quão forte eu a mordi na noite passada?

Só levamos uma troca de roupa, caso decidíssemos brincar na água. Sem planos de passar a noite. Às vezes, algumas horas de brisa do mar já são suficientes para restaurar o espírito.

Manmek dirigia pelo trânsito do feriado, saindo da cidade em direção à costa. Eu nunca havia feito uma viagem longa com uma namorada antes, e, quando fazia, era sempre eu que dirigia, protetora do meu carro e cuidadosa com os outros. Então, essa foi a primeira vez que pude relaxar e observar a paisagem, anotando os nomes das lojas de souvenirs para visitar na volta.

Chegamos pouco depois do meio-dia e fomos direto a um restaurante à beira-mar recomendado pelo frentista. Claro que eu tinha que pedir frutos do mar. Estava faminta, então pedi camarões grelhados, vieiras gratinadas, frutos do mar ao curry, arroz frito e lula.

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