𝒟ℯ ℴ 𝓅𝓁𝒶𝓎 𝓃𝒶 𝓂𝓊́𝓈𝒾𝒸𝒶 𝒶𝒸𝒾𝓂𝒶⬆️
A noite seguinte chegou com o mesmo glamour e agitação de sempre, mas para Lilith, a atmosfera parecia ainda mais densa. Depois do encontro com Ruby no escritório, ela se sentia mais vulnerável do que nunca. A lembrança daquele olhar ainda a assombrava, como se tivesse marcado algo dentro dela. Mas, determinada a não se distrair, Lilith se manteve firme em seu papel.
Ela se postou na entrada da boate, analisando cada rosto que passava. A segurança da boate era rigorosa, e Lilith gostava do controle que isso lhe dava. Ali, podia ditar as regras, podia impor respeito e proteger o espaço — e, de alguma forma, isso a fazia sentir que estava protegendo a si mesma.
Mas, do lado de dentro, Ruby também estava agindo. Ela passara o dia organizando um evento exclusivo, um jogo sutil que planejara meticulosamente para testar os limites de Lilith. Na boate, Ruby mantinha uma máscara de elegância e autoridade, uma presença magnética que todos respeitavam. Mas aquela noite era especial. Ela queria que Lilith entendesse que, a partir daquele momento, o controle era dela, e apenas dela.
Com o salão lotado, Ruby observava cada movimento de Lilith à distância, esperando pelo momento perfeito para agir. A certa altura, sinalizou para um de seus seguranças, que rapidamente foi até Lilith e lhe entregou um bilhete. Ela olhou para o papel com as sobrancelhas arqueadas. As palavras escritas à mão eram diretas:
"Quero você no meu camarote. Agora."
Lilith sentiu o estômago apertar. Ela sabia que não podia recusar uma ordem da chefe, mas a última coisa que queria era se ver novamente diante de Ruby, especialmente depois da conversa do dia anterior. Ainda assim, respirou fundo, guardou o bilhete no bolso e subiu até o camarote privativo.
Ruby estava sentada em um sofá de couro preto, cercada de algumas figuras da alta sociedade que claramente respeitavam — ou temiam — sua presença. Assim que Lilith entrou, Ruby dispensou todos os outros com um aceno sutil, deixando o ambiente completamente vazio e silencioso.
— Que bom que veio — disse Ruby, com aquele sorriso misterioso.
Lilith parou de pé, tentando manter a compostura.
— Qualquer coisa que precisar, estou à disposição, senhora Ruby.
Ruby inclinou a cabeça, como se analisasse Lilith mais uma vez. O brilho em seus olhos estava mais intenso, mais afiado, e Lilith sabia que não estava ali por um motivo trivial.
— Eu preciso, sim — Ruby respondeu, levantando-se do sofá e caminhando até ela. — Preciso que você entenda que é mais do que apenas minha segurança, Lilith.
Lilith engoliu em seco, sentindo o ar pesado ao redor delas.
— Não estou certa do que quer dizer com isso — murmurou, desviando o olhar.
Ruby ergueu uma das mãos e tocou o queixo de Lilith, forçando-a a olhar diretamente em seus olhos.
— Estou dizendo que quero você para mim, Lilith. E não vou aceitar "não" como resposta.
Aquelas palavras atingiram Lilith como um soco. Ela se afastou um passo, surpresa pela ousadia e intensidade de Ruby. Havia um desejo perigoso naquela declaração, algo que fazia seu coração bater mais rápido, mesmo contra sua vontade.
— Com todo o respeito, senhora Ruby, isso... isso não é apropriado — protestou Lilith, mantendo a voz firme, embora seu autocontrole estivesse começando a vacilar.
Ruby deu um sorriso satisfeito, como se tivesse esperado exatamente aquela reação.
— Eu não sigo as regras, Lilith. Sigo apenas os meus desejos. E, no momento, você é o meu desejo.
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365 𝔇𝔞𝔶𝔰, 𝔅𝔞𝔟𝔶
FanficRuby é uma chefe da máfia implacável, acostumada a dominar tudo ao seu redor. Mas, ao ver Lilith, uma segurança destemida de uma de suas boates, algo nela desperta. Cega pela obsessão, Ruby toma uma decisão arriscada: sequestra Lilith e lhe dá 365 d...