𝟢𝟢𝟩. 𝖢𝗈𝗌𝗆𝗈 & 𝖶𝖺𝗇𝖽𝖺

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Ela sabia exatamente como ser uma verdadeira ardilosa

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Ela sabia exatamente como ser uma verdadeira ardilosa. Passei a noite em claro rebobinando suas palavras e ações, eu me senti um tolo envergonhado quando ela simplesmente me acusou, mas obviamente ela tinha um plano por trás de sua linda mente maléfica. Já se passaram horas desde minha chegada em uma nova "hospedagem" e eu ainda não tinha ideia de como faria para me livrar desse bando de palhaços ridículos e persistentes.

Estava me matando por dentro não saber onde os outros estavam. Passei por um tratamento especial, justamente por estar machucado, mas prefiro a morte do que ficar o resto de meus dias sem sinal algum de meu bando. Aquela maldita garota deve os ter torturado até que lhes arrancasse uma mísera informação, e suportar isso parece fora de meu alcance. Preciso dar um jeito de fugir dessa cabana.

Eu olhei em volta, encima da cama em que estava amarrado e comecei a analisar as possibilidades. Não estou em muitas condições de chegar longe, mas acredito que tenho força o suficiente para me arrastar até a saída. Não vi a desordeira desde que abri os olhos, então presumo que não esteja tão preocupada comigo, por agora. E com isso, comecei a forçar meu corpo para o lado, até que a cama virou, batendo com força no chão, me tirando um gemido dolorido. Eu forcei minhas mãos contras as amarras, vendo o quanto esse esforço parecia em vão. Um grunhido irritado esvaiu de meus pulmões e tentei ao máximo me levantar, mas agora estava jogado no chão, com a cara colada no piso frio, e as mãos atadas. Puta merda.

Parece com problemas, cosmo — Ouvi a voz baixa e sarcástica de Scarlett ressoando, o que me fez suspirar em frustração, mas não ousei levantar o olhar. Estava envergonhado. — Tentando fugir?

Finalmente minhas orbes se direcionaram até seu rosto. Mordi o lábio inferior, deixando outro suspiro escapar. Ela se agachou em minha direção, e um sorriso ridiculamente irritante estava presente em suas feições. Eu adoraria socá-la, se não estivesse completamente preso. No entanto, para minha surpresa, ela começou a desfazer as amarras, e apesar de seu pulso firme vez ou outra machucar-me, ela me soltou e se afastou. Franzi o cenho em completa confusão e forcei-me a levantar, agora finalmente obtendo algum sucesso. Ela me encarava seriamente, seus braços cruzados revelavam alguns músculos traçados perfeitamente, e seu olhar  parecia intimidador, mas eu tampouco ousaria admitir ou seu ego acabaria inflando até explodir.

— Está de bom humor, Wanda? — Rebati, uma risada fraca escapando, enquanto eu batia as mãos nas roupas, então fora minha vez de cruzar os braços — Também sei sobre elfos, e você se parece muito com um deles. A elfa rosa e intrometida, que vive pelos cantos importunando pobres almas.

— Eu adoraria ter tempo para retrucar suas piadinhas sem graça — Ela suspirou, dando passos em minha direção. Sua postura era confiante, apesar de ser notória a insegurança em sua voz —, mas isso é algo que não temos. Você vai comigo à uma missão.

— Eu vou? — Perguntei indignadamente e balancei a cabeça negativamente — E por que exatamente eu iria a algum lugar com você, famigerada matadora de homens?

— Porque não tem escolha — Respondeu amargamente — Se decidir fazer cena, mato você e seus amigos. Encontramos o mapa, mas ele fora roubado. Buggy quer manter sua equipe como refém e pediu que eu escolhesse um de seu patético bando como aliado. Você me deve por eu ter salvo sua vida, então você terá que se unir a mim sem contestar, ou vai acabar presenciando a morte de seus amiguinhos.

Um sorriso cínico se formou no canto de seus lábios e ela seguiu até o canto da tenda, pegando um punhado de flechas e seu arco, voltando a ficar prontamente em minha frente, mantendo sua expressão ainda séria. Como poderiam ter roubado o mapa tão facilmente? Eu pensei que Luffy tivesse nos assegurado de como ele estava bem escondido. Agora eu seria obrigado a percorrer pelos mares com uma maldita masoquista sádica, sem opção de escapatória, provavelmente morrendo em missão, ao que depender dos inimigos que enfrentaremos.

— Eu não estou em minha melhor forma — Ponderei, percorrendo os olhos pelo local e procurando por minhas espadas —, acha mesmo que serei útil?

— Se não útil, uma boa isca — Retrucou de imediato, e revirei os olhos em sequência. Claro, ela escolheu o mais descartável para a situação atual, mas talvez esteja me subestimando — Suas espadas estão naquele armário.

Eu bufei em resposta e segui na direção em que ela apontou. Abri o enorme armário de metal e senti um grande alívio percorrer-me. Minhas espadas são como parte de mim, sem elas, acho que eu não poderia simplesmente manter a mesma essência, precisava a todo custo dar um jeito de fugir, agora que estaria praticamente solto. Eu teria de orquestrar um plano decente para fugir e ainda conseguir voltar e salvar meu bando. Com essa garota na minha cola, sinto que estou preso à uma grande magnata do crime, se eu for pego, vou acabar morrendo por suas mãos.

— Pronto, Cosmo? — Estreitei os olhos de relance e a vi plantada ao meu lado, o que me tirou um susto repentino, e ela logo respondeu com um sorriso — Vamos fazer um passeio.

Pronto é uma palavra forte, mas estou disposto a matá-la se for preciso para fugir. Não tolerarei mais ser usado como um capacho.

𝐂𝐈𝐑𝐂𝐔𝐒 𝐋𝐎𝐓𝐓𝐄𝐑 | Ronronoa ZoroOnde histórias criam vida. Descubra agora