𝟢𝟢𝟧. 𝖨𝗇𝗌𝖾𝗋𝗍𝗌 𝗐𝗁𝖾𝗋𝖾?

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❛❛ And this type of love isn't rational,
it's physical. ❜❜

Uma garota arrogante

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Uma garota arrogante. Totalmente arrogante. E como se não bastasse o fato de eu ter acordado entre suas pernas, ainda se achava no direito de impor alguma coisa a meu respeito. Maldita pervertida. Talvez isso possa funcionar com Sanji, mas não comigo. E ainda que eu saiba que não tenho forças suficientes para reagir ou simplesmente sair daqui, não cederei tão facilmente aos seus desejos, como se fosse um escravo.

— Vai mesmo se fazer de difícil? — Um tom debochado escapara enquanto ela passava a mão no rosto, inclinando a cabeça e analisando-me profundamente, o que obviamente foi o suficiente para causar desconforto, afinal, as circunstâncias anteriores pareceram bastante desconcertantes — Garoto, eu só quero tratar do seu ferimento. Soube que a região do seu peitoral também está machucado. Vai morrer em dois dias se não me deixar tratar disso. E eu farei questão de te atormentar mesmo no pós-vida, porque Buggy vai arrancar minha cabeça se eu deixar que morra.

Ótimo, então ela morreria se me deixasse penar. Acho que me parece mais digno escolher a morte a aceitar qualquer ordem que seja de uma desertora. É completamente frustrante ter todos seus sonhos e ideias acorrentados, ou simplesmente jogados atrás de uma grade em um porão velho de um circo repleto de maníacos. Eu nunca quis ser um pirata, mas agora estava começando a gostar de ter me tornado um, e esse, seria um bom caminho para que eu pudesse me tornar o maior espadachim do mundo. No entanto, se eu escolher a morte, não só prejudicarei a mim como também aos meus companheiros, e mesmo odiando admitir, eles são a família que tenho.

Apenas funguei em resposta ao seu tom medíocre e me forcei a colocar-me de pé, guiando-me na direção da maca, com um certo esforço, finalmente estava deitado, já sem a camisa, praguejando-me por aquelas lâminas não terem me matado. Fora tão desonroso perder e nem mesmo ter morrido em batalha. Esse era o trato.

— Gracinha — Ironizou a garota dos olhos penetrantemente azuis, dando uma risadinha sarcástica e seguindo até um armário no fundo do cômodo, ou melhor, da tenda. Parecia um armário de hospital, era metálico e as portas fizeram um estrondoso som quando se abriram, revelando diversas ferramentas de cirurgia e muitos medicamentos. Por algum acaso ela como uma médica? Como aquelas que são o auxílio nas guerras para seu exército —, consegue tirar as faixas para mim?

— Era enfermeira? — Comecei a tirar lentamente o pano ensanguentado, tentando ser suficientemente delicado para não conseguir sentir o gosto metálico do sangue ao desgrudar o tecido de minha pele com um sangue que tornara-se viscoso em meu corpo. A única maneira de distrair minha cabeça era a enchendo com baboseiras que a garota teria a me dizer — Parece ter experiência.

— Digamos que eu não me tornei exatamente enfermeira por opção. —Ela estala a língua e então empilha diversas coisas, uma encima da outra, seguindo na direção de uma pequena mesa com rodas, que se assemelhava muito a de médicos em salas de cirurgia — Buggy não queria rostos novos no bando, então os originários tiveram de aprender até mesmo o que não possuíam experiência alguma. Eu nunca fui uma excelente chefe de cozinha, mas tive de me tornar para satisfazer o gosto desses palhaços reclamões.

— E qual é sua especialidade?

De fato, isso me levantava certa curiosidade. Ela pareceu habilidosa em me golpear com velocidade, mas ela não parece ser tão boa em brigas corporais quanto Sanji demonstrara ser, por mais que eu odeie admitir. Então provavelmente, esse seja apenas um ponto o qual ela domina em partes, mas todos possuem uma especialidade única. E se ela me disser que é habilidosa com espadas, nem que seja a última coisa que farei, mas irei testá-la até a morte de um de nós.

— Sou a artilheira do bando, oficialmente — Ela colocou cada coisa sobre a mesa e a direcionou até a maca a qual eu estava deitado. Seus olhos penetraram os meus novamente, e profundamente senti uma pontada em meu interior. Talvez seja difícil de acreditar, mas ela tem olhos incrivelmente lindos e amedrontadores —, nunca errei uma flecha ou uma bala. E você... Deve ser espadachim, eu presumo — Ela riu — Tive a chance de brincar um pouco com suas espadas, ainda espero duelar com você.

— Tocou nas minhas espadas? — Isso soou menos presunçoso quando pensei, mas agora não havia uma fita a qual eu pudesse apenas dar o replay e apagar o que tinha dito, e o sorrisinho em seu rosto estampava meu descontentamento. Essa pervertida — Não acho que seria justo duelar com alguém que não domina a arma.

— Quem foi que te disse que não tenho esse domínio? — Ela me perguntou enquanto forçava os dedos em meu ombro para que eu me deitasse, o que me fez soltar um grunhido baixo e doloroso, mesmo que eu não a tenha questionado — Nunca me viu lutar, cosmo. Você pode ser o melhor da ilhazinha onde morava, mas aqui não se trata mais de suas terras, aqui é o meu território, e sobre ele, nós, os palhaços que tanto despreza, temos o domínio.

Eu sabia. Sabia muito bem que eram terras desconhecidas, estávamos longe do que um dia eu já chamei de casa, e mesmo que eu tivesse a noção de que largaria tudo para isso, agora não há mais volta, já que sou tão corrupto quanto ela. Procurado pela marinha. Uma cabeça que vale uma recompensa alta. Eu matei pessoas, não posso me dar ao mérito de linchá-la, quando já agi exatamente igual e ainda ajo. Mas nada disso, nenhuma de suas palavras, podem provar que de fato possui tais habilidades das quais tanto se gaba.

— Quer uma prova viva? — Pontuou enquanto colocava álcool em um algodão. Eu sabia que o que estava por vir doeria mais que o próprio corte no momento em que fora feito. Ela molhou os lábios, com o olhar fixo no que fazia, parecia muito concentrada — Quando estiver bom, iremos duelar, até a morte, o que acha?

— Acho que você se superestima — Zombei dando uma risadinha entrecortada quando ela aplicou sem aviso prévio o álcool sobre minha pele. Sabia que estava se vingando pelas ofensas anteriores. Ela estava descontando cada um dos insultos com sua mão firme em regiões sensíveis em meu corpo —, mas eu aceito. Até a morte, garotinha. Não pode mais voltar atrás.

— Acredite, garotinho, eu não pretendia — Ela força novamente a mão sobre meu ombro quando tento levantar, em agonia pela ardência do álcool aplicado em minha pele — Pare quieto, caralho, eu preciso inserir em você...

— Inserir em mim? — Franzo as sobrancelhas, fechando o semblante em uma nuvem turva de confusão. Do que caralhos essa garota poderia estar falando? Talvez eu descobriria se tivesse deixado ela terminar antes — Inserir o que em mim?

 Do que caralhos essa garota poderia estar falando? Talvez eu descobriria se tivesse deixado ela terminar antes — Inserir o que em mim?

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𝐂𝐈𝐑𝐂𝐔𝐒 𝐋𝐎𝐓𝐓𝐄𝐑 | Ronronoa ZoroOnde histórias criam vida. Descubra agora