Sentimentos cruzados - Bbangsaz

Kim potter

VOLTEI GALERINHA!
Aff, tá mto fofinho esse cap (obv, 10% de parte tensa, mas 90% de parte fofa)
Se tiver algum erro me marquem!

★«★»

Hanni P.O.V

Deus me perdoe, mas que carambolas de ressaca! Sério, por que eu fui para aquela festa mesmo?! "Ah, você precisa sair um pouco da zona de conforto", Yunjin disse. Eu inicialmente tinha recusado a oferta, mas quando vi a mensagem de Minji, realmente fiquei pensativa e topei.

Enquanto me esforçava para manter os olhos abertos, flashes da noite passada passavam pela minha mente. Os risos, as luzes piscando, e... Minji. Meu coração acelerou um pouco ao pensar nela. Ela estava lá também. Mesmo em meio à música alta e às conversas rasas, sua presença era inegável, como se tivesse um brilho próprio. Eu sabia que não deveria ter ido. Uma festa cheia de bebidas e tentações pecadoras, tudo que o pastor - meu pai - condenaria. Mas lá estava eu, contra tudo que me ensinaram, com um copo na mão, sorrindo como se fosse a pessoa mais livre do mundo.

Livre. Ha! Que piada.

Me levantei da cama com dificuldade, sentindo minha cabeça latejar. Precisava de um banho, de um café forte e, acima de tudo, de me confessar. "Como fui cair nisso?" Pensei, minha garganta seca. Minji... Ela provavelmente me viu podre de bêbada, cambaleando e falando tudo embolado. Será que eu falei algo estranho? Pessoas quando estão bêbadas falam um monte de baboseiras.

Ok, me lembro de cantar a beça e falando que tava com medo de levar um arrastão, mas de resto, não lembro de ter falado nada de besteira. Ela também me levou pra casa e acabei dormindo em seu carro.

Mas tem uma coisa que não sai da minha cabeça... Uma hora, eu acordei de repente, mas estava tão bêbada que não conseguia abrir os olhos. Minji tinha parado o carro, pois recebeu uma ligação.

- Mãe, Pai... - A mais velha atende o celular. Sua voz se torna mais séria e grave, porém percebo que há um pouco de nervosismo.

- Não, eu já disse... - Minji suspirou profundamente, uma tensão evidente em sua voz. Eu ainda estava ali, fingindo estar dormindo no banco de trás do carro, mas cada palavra dela me prendia. - Não, mãe, não vou para a missa amanhã.

Ela fez uma pausa longa, como se estivesse ouvindo um sermão do outro lado da linha. Eu sabia bem como era. A maneira como ela falava, o tom firme, mas ao mesmo tempo hesitante, revelava muito mais do que ela queria mostrar.

- Porque eu estou ocupada. Não, não estou inventando desculpas! - A voz dela ficou mais dura, e eu pude sentir sua frustração aumentando. - Eu tenho outras coisas para fazer, mãe! Eu tenho a minha vida... - Sua voz quase quebrou, mas Minji a segurou antes que soasse como fraqueza.

Eu abri meus olhos, espiando através dos cílios. Minji estava sentada no banco da frente, uma das mãos apertando o volante com tanta força que os nós de seus dedos estavam brancos. A outra segurava o telefone, e pude ver pelo retrovisor que sua expressão era séria, porém... Frágil.

- Pai, por favor... Eu já sou adulta. Vocês precisam parar de me controlar. - Dessa vez, havia raiva na voz dela, algo profundo, como uma ferida aberta. Eu nunca a tinha ouvido assim. - Não! Eu não vou voltar pra casa, e vocês sabem por quê.

Aquela última frase me fez despertar completamente. Havia algo ali, algo que eu não entendia totalmente, mas parecia ser uma briga antiga. Minji abaixou o volume da voz, quase sussurrando, como se estivesse tentando conter as emoções que transbordavam.