Let The World Burn 《Dark Romance》

Ciúmes

- Cara, você é louca ou o quê?

- Eu não sou louca, só acho que você tá admirando demais as fotos dele.

- Sabrina, é sério mesmo que você tá com ciúmes? — começa a rir — pelo amor de Deus, faça-me o favor.

- Ciúmes é uma palavra muito forte. — neguei

- Uhum, sei. Enfim, achei o que você queria, você já brigou, babou, cadelou, agora será que a gente pode para de ficar falando do se boy psicopata?

- Af, tá bom, no que você tá pensando pra festa? — Indaguei.

— Finalmente um assunto bom pra mim. Então, eu tava vendo e tem uma boate muito legal por aqui, não é uma Lux da vida, mas como pensei que você não gostaria de estar no seu ambiente de tração, escolhi outra, será uma festa pequena, só com algumas pessoas  eu tava fazendo as contas e daria em torno de umas cem por aí.

- cem pessoas?! E você acha isso pouco?!

— Calma, nem todas marcaram presença, então tenho quase certeza que será menos. Mas eu tenho uma pergunta, essa apaixonite pelo tal Dante, não vai te impedir de ficar com alguém né? Eu sei que você ficou com o Dante depois do término com o Jaden, mas nós temos que comemorar, você se livrou de uma amiga. — disse, tentando me convencer.

— Não sei, acho que se eu não ver o rosto de ninguém e simplesmente beijar, eu consigo. Você sabe que a beleza me atrai muito.

— Isso eu posso resolver. — me deu uma piscadela.

Sexta-feira já se fez presente, e junto, a festa da Nessa, que como eu já esperava, era A Festa Das Máscaras, acho que ela realmente quer que eu beije umas bocas.
Minha roupa estava bem justa ao meu corpo deixando marcado as minhas curvas, era um vestido tomara-que-cai verde claro e com alguns babados.
O de Nessa era um vestido vermelho sustentado apenas por uma manga.

Meu pai contratou um segurança pra mim, após três longos dias de escolhas, o Alex foi contratado.

— Boa noite senhoritas, para onde devo levá-las? — perguntou Alex já ligando o carro.

Nessa passou o endereço para ele e assim ele seguiu caminho.
Alex era bonitinho, mas familiar de certa forma, não sei o que ele tinha, mas alguma coisa nele me lembrava a alguém...
Era quase impossível não saber onde seria a festa, até porque havia um som estrondoso de música e luzes piscando para todos os lado. Provavelmente o dono do lugar amanhã terá uma baita multa por violação do sono.
Nessa e eu descemos do carro não demorando muito para ter um Alex bem atrás de nós. A noite tinha uma brisa fria, mas eu não levei casaco, depois de ano trabalhando em uma boate, sei muito bem como lá dentro é quente.

Assim que entrei, vi meu nome em balões na parede, era brega, cafona, e fofo, obviamente coisa de Nessa.

— Eu vou pegar uns Drinks. — Nessas gritou por conta do som alto.

Havia várias pessoas muito bem vestidas e com máscaras, muitas delas combinando com a roupa.
Okay eu confesso, talvez eu não pensei muito bem em ir pra uma boate de máscara.
Dentre as pessoas de mascaras, percebi um me encarando, ele ou ela, estava virado na minha direção. Não posso ter certeza de que estava me olhando, mas me senti encarada.
Andei um pouco pela boate até que alguém esbarrou em mim, a pessoa colocou as mãos nas minhas costas desnudas me segurando para se certificar que eu não caia.

— Você está bem? — perguntou o homem.

— Estou sim, não se preocupe, esbarrar em alguém é a coisa mais normal em uma boate — sorri.

— É verdade — sorriu também. — você é?

— Eu sou a Sabrina Mayer, e você?

O homem tirou as mãos das minhas costas se afastando um pouco.

— Ah... Eu sou Jay, desculpa eu preciso ir. — Sai indo multidão a dentro.

Okay, aquilo foi esquisito.

Nessa finalmente apareceu com nossas bebidas. Bebemos e dançamos juntas até ela sai pra dar uns beijos por aí. Não importa o que eu fazia, qualquer homem que sabia meu nome, ia embora.

— Mas que porra tá acontecendo hein?! — murmurei furiosa.

— Vemos aqui uma gatinha brava.

Um homem se aproximou.

— Sou a Sabrina, vai em frente, e inventa uma desculpa e saia. Igual os outros. —  disse bebendo meu drink.

— Como eu posso deixar uma mulher tão linda assim? Seria tolice minha. — sorriu e bebeu do meu copo. — por que não saímos daqui já que você tá tão nervosa.

— E ir pra onde? Se é que eu posso saber.

— pra onde você quiser senhorita, você é quem manda.

— uhn.... Me diga seu nome eu penso sobre.

— A qual é, isso é realmente necessário? — perguntou.

— Sim, você sabe o meu.

— Mas eu não perguntei — retrucou.

Esse babaca infelizmente tem um ponto. Desgraçado.
No final obviamente eu topei sair dali com ele. Ah, qual é, de tudo que eu ja fiz cê acha mesmo que esse cara com a voz que ele tem não ia conseguir me tirar daquele lugar? Vocês não me conhecem o suficiente.
Eu vou te contar, não é só a voz dele que é maravilhoso. Que boca minhas amigas.
O jeito que ele beija era tão bom, tão viciante e ao mesmo tempo tão famíliar. Eu sei, vocês devem estar se perguntando "e seu segurança?" amigas, não é a primeira vez que tenho seguranças.

— Porque você não tira essa máscara hein?

— Uhn... Será que deveria? — ele disse pensativo.

— Não sei porque tanto mistério.

— se você conseguir tirar. — disse começando a se afastar de mim.

Infelizmente, o corredor que estávamos era espaçoso.
Toda vez que eu tentava tirar aquela máscara, ele se afastava de mim, indo cada vez mais trás. Aquilo era divertido, e eu estava realmente curiosa em saber quem era o misterioso homem.
Entramos em um quarto que havia aos fundos da boate, assim que ele passou pela porta, agarrei sua máscara e a puxei.

— Dante?! — exclamei

— Surpresa — ele riu.

Como, quando, onde é porque.
Eu não entendi, como ele sabia dessa festa? Como ele foi parar ali.

— Espera, espera, espera, nenhum homem falou comigo hoje e o que finalmente me deu bola depois de ouvir meu nome foi você. Pode me explicar? — cruzei os braços.

— Não é óbvio? Praticamente todos sabiam da sua festinha, eu tive que me certificar de que ninguém ia tocar na minha namorada. — seu sorriso perverso de fez presente em seu semblante.

— Então realmente você está por trás de alguma coisa? Olha só, o que eu faço com você? — indaguei brava.

— Você tem a opção mais legal que é me beijar e a gente transar nessa cama — disse se aproximando.

— A é? Quer saber de uma coisa? — me aproximei dele.

Seus olhos foram ficando cada vez mais brilhante a medida que eu me aproximava.