Capítulo 2

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*Nora

Depois de almoçar fui com Rafa para o quarto para fazer ele dormir e acabei cochilando um pouco, quando acordei vi que já era mais de 15:00 olhei o telefone e vi que havia recebido o e-mail do Gustavo levantei devagar para não acordar meu filho e fui para a sala.

- Minha filha você estava dormindo e eu e seu pai não queríamos te acordar nós estamos indo na cidade comprar algumas coisas, você precisa de algo? - disse a minha mãe que já estava colocando bilhete na geladeira,- Mãe se você puder trazer o colírio do Rafael, espera só um pouco que eu vou pegar a receita. - entreguei a receita para minha mãe e eles foram para a cidade.

Como estava calmo peguei o computador para olhar o e-mail que o Gustavo havia me encaminhado e para minha surpresa a dívida estava em US$ 500.000,000 ,ele havia me encaminhado todos os extratos bancários com as transações feita durante os quatro anos que o Laércio adquiriu a fazenda e não pude entender para onde ia tanto dinheiro além do que ele já tinha na conta.

Gustavo me mandou uma planilha anexada ao e-mail com todos os gastos mensais da Fazenda além dos animais que tinham no local e quanto seria a venda se conseguíssemos um valor bom pela arroba do boi ,Fiquei impressionada de como ele era organizado com a a administração da Fazenda.

Como tinha algumas coisas que eu não entendia resolvi ligar para ele para esclarecer ele foi super atencioso me explicando como funcionava a fazenda e a administração dela e eu fiquei surpresa pois ele disse que se eles vendessem o gado que tinha no pasto cobraria pelo menos 50% da dívida.

Fiquei pensando se realmente compensava manter a fazenda porém perguntei para ele quantos funcionários ainda haviam na fazenda ele disse que haviam seis famílias que mesmo não recebendo esses últimos sete meses de salário permaneceram lá pois tinha muita consideração por ele (Gustavo).

O que me impressionou foi que Gustavo disse que o Laércio foi na fazenda somente três vezes apenas quando comprou e outras duas vezes ele foi passar o final de semana com algumas pessoas na Fazenda disse também que antes do Laércio comprar ele já tomava conta da Fazenda, porém o proprietário antigo devia muito para o banco pois gastava mais do que a fazenda rendia e acabou perdendo a fazenda no leilão para o Laércio.

- Gustavo me desculpa mas nesse momento eu não sei o que pensar, pois com essa dívida e mesmo com a venda do gado o valor a ser pago é muito alto, fora os funcionários estou pensando seriamente em vender a fazenda. - Falei meio indecisa mas precisava dizer o que eu pensava.

- Senhora com todo respeito, eu ainda não tive oportunidade de administrar essa Fazenda como ela realmente deveria ser, pois nenhum dos proprietários me dava o aval de tomar as minhas próprias decisões, fora que ainda tem todas essas famílias morando aqui por mais que não estão recebendo nada permaneceram em consideração a mim e eu peço para senhora um voto de confiança, pois não posso deixar essas pessoas na mão. - disse com a voz embargada e meio desesperado.

- Gustavo eu entendo o seu lado, mas - respirei fundo e continuei - olha eu não sou de expor a minha vida para os outros porém eu tenho um filho deficiente a minha prioridade é ele no momento e eu não tenho como administrar A Fazenda, eu até conseguiria pagar a dívida mas o valor é muito alto para eu não ter nenhuma garantia de retorno. - falei receosa - eu sei que tem muitas famílias morando aí e que ficaram em consideração a você mas nesse momento eu não sei o que pensar.

- Senhora me dê dois dias para eu te mandar uma proposta de que eu posso reerguer essa Fazenda e se a minha proposta não for convincente você vende, mas eu te peço um voto de confiança, mesmo não me conhecendo é tudo que te peço nesse momento. - disse com a voz embargada porém preocupada.

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