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Agatha sentia vontade desaparecer da face da terra, como ela pode fazer isso? Ela estava ansiosa na hora e não sabia como reagir, mas mandar Rio embora foi uma burrice sem tamanho.
Agatha havia ficado com outras mulheres ao longo desse anos mesmo que escondida dos filhos.
A questão é que todas as vezes, os beijos e carícias sempre eram com luxúria, com intenção de fazer sexo, mas com Rio foi diferente, o beijo foi terno, apaixonado e a cima de tudo respeitoso.
Foi o melhor beija da vida de Agatha, fez com que ela se sentisse desejada e amada.

-Meu deus, oque foi que eu fiz?

Agatha, deitada em sua cama sem conseguir dormir, pensava sobre o beijo, passava a mão por cima de seus lábios relembrando o gosto de Rio, inconscientemente dando pequenis sorrisos, a morena estava feliz, eufórica, ao mesmo tempo que preocupada, ela havia empurrado Rio, e pelo barulho da cabeceira ela provavelmente tinha se machucado, pegou o celular várias vezes e pensou em mandar mensagem, mas desistiu, Agatha não sabia oque mandar, como deveria se desculpar? Sua cabeça estava um turbilhão de pensamentos que se mesclava e se confundiam com o sentimento que rondava seu coração.
Será que Rio a deixaria explicar?

~☆~

Rio só sabia chorar, abraçava seu travesseiro com toda a força possível.
As lágrimas se sentenderam até altad horas da madrugada quando Rio adormeceu.
No dia seguinte ela pediu para que Alice a cobrisse na cafeteria, seus olhos estavam inchados de tanto chorar, sua cabeça doía um pouco e no local que ela havia partido tinha se formado um galo pequeno, ela não culpava Agatha por nada disso, afinal até onde Ruro sabia, Agatha podia muito bem ser hetero e só se sentir sem graça de cortar Rio quando ela flertava com a mais velha, ou ela era quele tipo de pessoa que flertava com amigo só na brincadeira, Rio se sentia uma idiota.
Ao levantar da cama, Vidal andou até o banheiro e se olhou no espelho, estava acabada, escovou os dentes e começou a se encarar no espelho até que reparou algo no reflexo, ela ainda estava com a camiseta de Agatha, a mais nova pegou a camiseta e levou ao rosto sentindo o cheiro do perfume, ela havia estragado tudo, será que Agatha a odiava?

-Eu sou uma idiota...eu devo ter deixado ela muito sem graça dando em cima dela...Meu deus como eu fui BURRA!

Rio passou o resto do dia deitada na cama assistindo filmes no celular sem realmente prestar atenção em nenhum deles.

~☆~

No dia seguinte Rio chegou abatida no trabalho, ela estava dez minutos atrasada mas agradeceu mentalmente por Alice ter a chave.
Quando Rio entrou na cafeteria, Alice a olhou de cima a baixo.

-Você tá horrível...

Rio tentou responder mas começou a chorar oque deixou Alice preocupada.
A decoração de Hallowen da cafeteria deixava aquele momento meio ridículo, mas Rio não se importou muito com aquilo naquele momento, Alice andou até ela e deu um abraço.

-Rio oque aconteceu?

Alice preparou um café para Rio e as duas sentaram juntas na mesinha, Incrivelmente, apesar de ser domingo, a cafeteria estava vazia.

-...E basicamente foi isso...

Alice olhava para Rio de forma neutra, avaliando o ocorrido com Agatha.

-E você acha que a Agatha te odeia por isso?

Rio balançou a cabeça positivamente enquanto suspirava.

-Rio...olha...com todo respeito, mas eu acho que você tá analisando a situação da forma errada.

-Como assim?

Alice olhou para a porta pra se certificar que ninguém vinha e que a conversa não fosse interrompida.

-Olha, pensa comigo, a Agatha morou aqui a vida toda, ela tem dois filhos de um homem que abandonou ela quando ela engravidou, a cidade é pequena...você não acha que talvez, mas só talvez ela não estivesse preparada pra uma mulher que está dando em cima dela a uns dois meses beijasse ela do nada, no quarto dela? Tipo assim, não tô falando que ela é hetero, porque ao meu ver ela não parece ser, mas eu nunca vi ela com ninguém, as vezes ela só tem medo de se assumir...

The coffee shop of the flowers | agatharioOnde histórias criam vida. Descubra agora