LOVE ME, soukoku

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xuxus, indico essas três músicas para escutar com o capítulo:

"Nights Like This" – The Kid Lorai
"White Ferrari" – Frank Ocean
"RÜFÜS" – Innerbloom

não se esqueçam de comentar e favoritar!
boa leitura!

★

O caminho para o prédio de Dazai não demorou muito, levando em consideração que Chuuya podia correr muito. Seu tempo juntos na cafeteria foi um bom conforto para seu coração após a ida ao cemitério.

Foi uma boa distração para sua cabeça parar de pensar e seu coração sentir. 

— Então é aqui que você mora? 

É o que Chuuya pergunta quando para em frente ao prédio dolorosamente conhecido por Dazai. Se ele tivesse oportunidade, provavelmente se mudaria dali algum dia. 

— Sim. — Dazai acena com a cabeça, descendo lentamente da moto e parando desajeitadamente ao lado. — Se sente satisfeito por saber o lugar que sua vítima mora? 

— Vítima? — Chuuya ri, também descendo da moto após tirar o capacete e o pendurar no guidão. O ruivo encosta no banco da moto púrpura, cruzando seus braços enquanto o olha com um sorriso sarcástico. — Você realmente não tirou essa ideia da sua cabeça, ein? 

— Meu jeitinho paranoico de ser. 

Os dois se encaram em silêncio. Um trecho da conversa dos dois ainda fluindo pela cabeça de Dazai como uma memória que nunca poderia ser apagada, nem se ele quisesse. 

"— Nome bonito. O meu é Chuuya Nakahara. 

Nakahara. Combina com ele. 

— Seu nome também é bonito. 

— Não mais que Osamu Nakahara." 

Depois disso, Dazai lembra do calor que sentiu em seu rosto e da pancada dentro do coração. Chuuya riu, perguntando porque ele parecia um pimentão de repente. De repente!? Dazai quis gritar, perguntar se Chuuya tinha noção do que acabou de dizer. E ele sabia que sim, Chuuya tinha total noção do que tinha dito, estava escrito em seu olhar e na forma que seus dedos encontraram sua mão, acariciando as linhas. 

— Eu te vejo amanhã? 

O ruivo descruza os braços, olhando com aquele sorriso brilhante que poderia sem dúvidas iluminar a escuridão na vida de alguém. Dazai desvia o olhar, suas mãos se apertando na lateral de seu corpo.

Ele não queria que Chuuya fosse ainda. Mesmo que tenham passado boa parte da tarde juntos, parecia errado Chuuya voltar para casa e o deixá-lo ali. 

Parecia errado deixar Chuuya ir. 

— Você... — suspirando baixinho, Dazai volta seu olhar para Chuuya. — ...quer passar a noite comigo? 

Sua pergunta parece assustar Chuuya, que arregalou os olhos e se endireitou, não mais se encostando na moto. 

Dazai sentiu suas mãos suarem, nervoso que tivesse tido a coisa errada para Chuuya, que tivesse sido rápido demais em perguntar isso para alguém que conheceu a um dia e meio. 

Seus olhos não desviavam dos azuis brilhantes, que se aproximavam até ficar bem na sua frente. Dazai suspirou, novamente sentindo aquelas mãos subirem por sua cintura. 

— Você me quer aqui? — Chuuya sussurra, sua respiração batendo em seu rosto. Dazai acena com a cabeça, sem confiar que sua resposta sairia de forma certa.