Capítulo 7: O Medo que Não Passa

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Taehyung manteve Jungkook em seus braços por mais alguns minutos, até que o choro começou a diminuir, e os soluços se tornaram mais espaçados. Mas o medo ainda estava ali, evidente nos olhos de Jungkook, que não conseguia se livrar da sensação de estar sendo observado.

O silêncio entre eles era denso, pesado com perguntas não respondidas. Taehyung sentia que precisava fazer algo, precisava entender o que estava acontecendo para poder ajudar. Ele se afastou ligeiramente, mas manteve a mão de Jungkook em sua.

— Jungkook... quem era essa pessoa que você viu? — Taehyung perguntou suavemente, mas com uma preocupação palpável em sua voz.

Jungkook olhou para ele, mas não respondeu de imediato. Seus olhos estavam vazios, como se estivesse tentando reunir forças para se expressar, mas a palavra parecia fugir. O medo ainda o paralisava, e ele não conseguia dizer o que realmente o assombrava. Ele balançou a cabeça, a respiração acelerada, como se as palavras lhe escapassem.

— Eu... eu não sei... — Jungkook murmurou, a voz trêmula. — Só... só sei que estava tão perto. Ele parecia... tão real.

Taehyung franziu o cenho, sentindo um aperto no peito. Ele sabia que não poderia simplesmente deixar isso passar; precisava fazer algo para ajudar Jungkook a se sentir seguro. Ele suspirou, mais para si mesmo do que para Jungkook.

— Eu vou investigar, Jungkook. Vou descobrir se alguém entrou aqui. Vou garantir que você não fique mais com medo.

Jungkook olhou para ele, os olhos cheios de insegurança, e sua voz saiu num sussurro desesperado.

— Não... não quero ficar sozinho, Taehyung. Eu... eu tenho muito medo. Não sei o que fazer se ficar sozinho.

Taehyung hesitou por um momento, antes de responder com firmeza.

— Eu não vou deixar você sozinho. Só preciso verificar algumas coisas. Vou pedir para Yoongi ficar com você. Ele pode te fazer companhia até que eu volte.

Jungkook pareceu relutante, mas acenou lentamente com a cabeça. Ele não queria parecer fraco, mas o medo era maior do que ele podia controlar. Ele engoliu em seco e, com um suspiro pesado, respondeu:

— Está bem... só... por favor, não demore.

Taehyung assentiu, apertando a mão dele uma última vez antes de sair do quarto. Dirigiu-se diretamente à enfermaria, onde encontrou Yoongi revisando fichas. Sem rodeios, ele foi direto ao assunto.

— Yoongi, você viu alguém entrando ou saindo do quarto de Jungkook hoje? — A expressão de Taehyung era séria e determinada.

Yoongi franziu o cenho, surpreso com a pergunta.

— Não vi ninguém suspeito, só os enfermeiros de plantão. Aconteceu alguma coisa? — Ele perguntou, intrigado.

Taehyung fez uma breve pausa, antes de explicar o que tinha acontecido com Jungkook.

— Ele acha que viu alguém estranho no quarto. Está apavorado. Preciso que você fique com ele enquanto eu vou investigar.

Yoongi assentiu, compreendendo a seriedade da situação.

— Tudo bem. Vou cuidar dele.

Antes de sair da enfermaria, Taehyung se aproximou de uma enfermeira que estava de plantão e a questionou diretamente:

— Você viu alguém estranho perto do quarto 502 essa madrugada?

A enfermeira suspirou, parecendo cansada.

— Não, doutor. Estive ocupada com outros pacientes a maior parte da noite. Hoje estamos com falta de pessoal, então só eu estou por aqui.

A resposta dela fez Taehyung parar. Yoongi mencionara “os enfermeiros” no plural, mas, ao que parecia, havia apenas uma enfermeira no turno. A contradição entre as informações parecia suspeita, aumentando sua inquietação.

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