Mentiras feitas de promessas doces,
enredam meu corpo,
desfazem o que eu acreditava ser verdadeiro,
e, na confusão, eu me encontro perdido.As promessas se desfazem em sombras,
cobrindo meus olhos com véus sutis,
e, ao tentar enxergar a verdade,
me perco nas histórias que construí
com palavras vazias.Cada mentira foi um fio que aceitei,
como quem busca calor
num fogo que já não arde,
e, preso nessa teia,
confundo o real com o que imaginei.Me pergunto onde termina o engano
e onde começa a esperança,
se essas palavras doces eram abrigo
ou apenas ilusões
que eu queria acreditar.Na confusão, vejo meus próprios reflexos,
fragmentos de quem fui,
envolta em camadas de falsos sentidos,
e percebo que a mentira não está só no outro,
mas também naquilo que escolhi sentir.Então, busco o fio de volta ao começo,
tentando, aos poucos, soltar-me da trama,
e na dor de desatar cada nó,
talvez encontre, enfim,
a verdade que tanto escondi de mim mesmo.
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Intimidades Urbanas
PoetryA coletânea Intimidades Urbanas é uma continuação de Vida Cotidiana, explorando as complexas e sutis emoções do ser humano em meio ao cenário urbano. Com 40 poesias, o livro mergulha profundamente nos temas universais do amor, desamor, depressão, am...