Silêncio da Cidade

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No eco das ruas vazias,
escuto o peso do amor perdido.
Palavras não ditas se tornam
ecos na imensidão,
onde a solidão dança em silêncio.

O vento traz lembranças
de promessas que se desfizeram,
e cada passo solitário
ressoa como um grito abafado
que ninguém escuta.

A cidade, imensa e fria,
engole o tempo,
engole os amores que não voltam,
deixando apenas sombras
onde antes havia cor.

Nos meus olhos, reflete a saudade
de algo que nunca foi completo,
e nas esquinas da alma,
os fragmentos do que poderia ser
se perdem no silêncio.

O asfalto, agora vazio,
testemunha o que não se diz,
o que fica nas entrelinhas
das histórias que nunca chegamos a contar,
mas que sempre nos acompanham.

E no coração da cidade,
onde o amor se dilui na poeira,
a solidão se faz companhia,
um lembrete de que o eco do passado
nunca se apaga.

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