Naquela mesma noite, com Oliver nos braços, Olivia caminhava apressada e trêmula pelas ruas desertas em direção à floricultura. Os olhos dela estavam inchados de tanto chorar, mas ainda brilhavam com uma mistura de raiva e desespero. Oliver, encolhido contra o peito dela, estava enrolado em um cobertor pequeno, o rosto pálido e os olhos fechados em um sono inquieto. A cada passo, o coração de Olivia acelerava mais, o medo pelo irmão e o ódio pelo que havia acontecido não deixavam sua mente se aquietar.
Ao chegar à floricultura, ela se colocou diante da porta branca e bateu com força, quase perdendo o controle enquanto gritava, a voz cheia de urgência:
"Luke! Luke, por favor, abre! Luke!"
Ela bateu novamente, as mãos trêmulas e os soluços quase a impedindo de respirar. O pânico tomava conta de cada movimento dela; o corte na testa de Oliver parecia profundo, e ela precisava desesperadamente de ajuda para cuidar dele.
Luke abriu a porta, esfregando os olhos, ainda confuso e meio sonolento, vestindo apenas uma bermuda larga e, curiosamente, pantufas de coelho que contrastavam com sua expressão ao ver Olivia. Ao notar a presença dela ali tão tarde e as lágrimas que escorriam pelo rosto dela, seu semblante sonolento desapareceu, dando lugar a uma preocupação profunda.
"Olivia?" Ele a olhou de cima a baixo, surpreso e ansioso. "O que aconteceu?"
Olivia respirou fundo, mas sua voz estava quebrada e trêmula. Ela abaixou o olhar e, em um movimento hesitante, ergueu Oliver em seus braços para que Luke pudesse ver os machucados e o corte profundo na testa do garoto. A imagem dele tão frágil e ferido fez o coração de Luke apertar.
"Luke, por favor... ele tá machucado, eu não sei o que fazer... eu preciso de ajuda," ela sussurrou entre soluços, tentando se manter forte, mas a voz falhava a cada palavra.
Luke olhou para Oliver, seu rosto se tornando uma máscara de preocupação intensa. Sem hesitar, ele assentiu, abrindo a porta completamente.
"Entra. Eu vou cuidar dele, eu prometo."
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Algum tempo depois, Luke estava sentado ao lado de Oliver, que estava agora acomodado em uma das cadeiras na pequena sala de apoio da floricultura, onde Luke concentrava-se em dar pontos no corte profundo na testa do menino. Oliver gemia baixinho e às vezes soltava um suspiro dolorido, seus olhos um pouco úmidos.
"Tá doendo..." ele choramingou, tentando ser valente, mas o desconforto era evidente.
"Eu sei, Oliver. Já estamos quase acabando, prometo que vai ficar tudo bem," disse Luke suavemente, mantendo a mão firme e atenciosa, aplicando os pontos com o máximo cuidado. Seus gestos eram cuidadosos e gentis, enquanto ele aplicava o último ponto, tentando ser o mais rápido e preciso possível.
Olivia, sentada ao lado de Oliver, o observava com uma expressão preocupada e apreensiva, os olhos fixos em cada movimento de Luke. Ao ver o irmão mais novo tão ferido, sentia uma mistura de culpa, tristeza e raiva latente, mas naquele momento só conseguia focar em garantir que ele estivesse seguro. Os outros machucados de Oliver já haviam sido tratados, os cortes menores cobertos com curativos, e Luke havia passado uma pomada nas áreas roxas para aliviar a dor e ajudar a curar.
Quando Luke finalmente terminou, ele olhou para Oliver com um pequeno sorriso de encorajamento.
"Pronto, campeão. Agora você vai ficar bem," ele disse, e então lançou um olhar tranquilizador para Olivia, tentando, de alguma forma, mostrar que ela não estava sozinha.
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Morte pelos Injustiçados
Fantasy"Olha só para você... O grande valentão, o homem da casa, não é?" ela sussurrou, cada palavra carregada de desdém. "Olha pra sua situação agora. Nem pra se levantar sozinho você serve. Que tipo de pai você acha que é, hein? Que tipo de homem?" . Oli...