Capítulo 7

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—Quando disseram que seus aposentos ficavam numa masmorra, eu pensei que fosse uma piada.—Afirma o Búlgaro olhando ao redor com um brilho impressionado no olhar.

—Bem, não é o lugar mais acolhedor do mundo, mas é melhor que os dormitórios daqueles leões indisciplinados.—Draco comenta, se dirigindo até o sofá e sentando-se.

—Ei!—Ron o repreende irritado, fazendo-o olhar para si. O loiro tinha um pedido de desculpas no olhar e aquela cena fez os presentes rirem.

Após o jantar, do qual foi estranhamente calmo, Hadrian convidou os Búlgaros para uma pequena confraternização nas masmorras. Apenas Viktor e seus amigos foram, já que os outros estavam cansados da viajem e preferiram descansar em seu navio.

Logo todos estavam acomodados, sentados em um sofá ou, quando não sobrou mais espaços, no chão.

Eles conversaram por um tempo, bastante, na verdade, mas logo, quando se cansaram daquilo, se separaram.

Draco havia ido até seu quarto, pois queria conversar com seu amante. Estava enlouquecendo de saudades e, conhecendo o outro, acreditava que ele estava na mesma situação, talvez até pior. Ele dera, de presente, um Espelho de Dois Lados, para que conversassem, e explicou como funcionava. Então, agora, ele estava louco para experimentar.

Hadrian conversava com seus visitantes, conhecendo-os e fazendo amizades, já que foi ele quem os convidara. Ele estava deveras interessado na vida cotidiana búlgara e seus costumes.

Os gêmeos jogavam um jogo muggle, chamado "Quem sou eu?", que eles descobriram existir a poucos dias, junto com um outro Búlgaro, que estava cativado pelo jogo.

Ron estava mais afastado de todos, sentando no banco da janela (Window seat), enquanto olhava para o jardim.

Ele cantarolava uma melodia muggle, da qual ele não sabia o nome, mas a adorava. Estava tão distraído, pensando em coisas banais e olhando a paisagem,  que não percebeu uma locomoção vinda em sua direção.

Sentiu o sofá se afundar ao seu lado e se assustou pelo acontecimento repentino. Olhou para a pessoa e, sentindo-se nervoso, engoliu em seco.

—Oi...—Cumprimenta com a voz baixa, sentindo seu rosto esquentar.

— Oi.—Cumprimenta de volta, sorrindo suavemente, enquanto o olhava de forma boba, apreciando o tamanho da beleza que o outro possuía.

Ficaram num silêncio ensurdecedor por longos segundos, dos quais pareceram horas. Para Ron, aquilo era extremamente desconfortável, mas a ideia de estar naquela situação com o seu ídolo o fazia ficar menos tenso.

Para Krum, aquilo era indescritível. Ele olhava cada detalhe aquele rosto que ele julgou ser o mais lindo que já vira. Suas sardas, suas bochechas avermelhadas, seus olhos azuis e seus lábios, vermelhos e de aparência suculenta.

Ele mal podia acreditar que havia sido cativado com tanta facilidade por um garoto. Isso nunca havia acontecido antes, nem mesmo por uma menina, então ele está surpreso por ter acontecido com um garoto.

Ele não tinha nenhum tipo de preconceito e não se importava nem um pouco em cortejar um homem, mas aquilo realmente o surpreendia.

Cortejar...era aquilo, então, que ele queria. Sim, queria cortejar aquele garoto de aparência marcante e bela.

—Acha que vai ser o campeão da sua escola?—O ruivo pergunta olhando para o jardim novamente e quebra o silêncio e trazendo o outro de volta a realidade.

— Não sei. O diretor Karkaroff quer que sim. —Responde se recostando na janela.

—E você? Também quer?—Volta a olhar para Krum.

𝕷𝖆𝖉𝖞 𝕯𝖆𝖘 𝕿𝖗𝖊𝖛𝖆𝖘 (2ª Temp.)Onde histórias criam vida. Descubra agora