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Ao ver os médicos levando sua mãe para a sala de emergência, Finney sentiu o tempo parecer parar ao seu redor. Uma mistura de medo e confusão invadiu sua mente enquanto ele pensava no que Robin realmente queria com ele. As dúvidas o consumiam: será que poderia confiar no rapaz? E como ele cuidaria da sua irmã, Gwen, em meio a tudo isso?

As emoções ficaram intensas e, sem conseguir conter, as lágrimas começaram a escorrer pelo seu rosto. Finney se sentiu vulnerável, mas ao mesmo tempo sabia que precisava ser forte, especialmente por causa de Gwen. Ele olhou para ela, sentada no banco, com o rosto inchado de tanto chorar. O coração dele se apertou ao ver a dor refletida nos olhos da irmã.

Enquanto isso, o jovem que estava ali antes tentava acalmar Gwen com palavras suaves e gestos reconfortantes. Finney observou a cena com um misto de gratidão e ciúmes, ele queria ser o único a cuidar dela, mas também sabia que precisavam de apoio naquele momento tão difícil.

- Gwen... - murmurou Finney, tentando reunir forças para se aproximar dela. Ele se sentou mais perto, colocando um braço ao redor dos ombros dela como um gesto de proteção. - Vai ficar tudo bem, eu prometo.

Gwen olhou para ele com lágrimas nos olhos, buscando conforto na presença do irmão. A conexão entre eles era forte, mesmo em meio ao caos, havia um laço inquebrável que os unia. Finney respirou fundo, tentando conter as lágrimas e transmitir segurança.

- Precisamos ser fortes juntos - ele disse suavemente, tentando acalmar não só a irmã, mas também a si mesmo. - Nossa mãe vai sair dessa.

As palavras eram uma tentativa de esperança em meio à tempestade emocional que enfrentavam. Finney sabia que eles teriam que enfrentar muitos desafios pela frente, mas naquele momento, sua prioridade era cuidar de Gwen e garantir que ela se sentisse protegida e amada. A força deles como irmãos seria fundamental para superar aquele dia sombrio.

Eles ficaram um bom tempo ali, na sala de espera do hospital, cercados por um clima de apreensão e incerteza. Gwen dormia tranquilamente em seu ombro, alheia ao tumulto emocional que Finney enfrentava. O moço que os trouxe até ali já tinha ido embora, e a ausência dele deixou um vazio. Finney se perguntava o que iria fazer sem a ajuda do homem, a ideia de voltar para casa sozinhos parecia assustadora.

Ele pensou na possibilidade de pedir ajuda a Robin para levá-los embora, mas logo descartou essa ideia. Era arriscado demais confiar em alguém que mal conhecia, especialmente em um momento tão vulnerável. A mente dele estava uma confusão: como poderiam enfrentar tudo isso sem apoio?

Finalmente, uma médica apareceu, mas não era para dar notícias sobre sua mãe. Em vez disso, ela explicou que Robin havia reservado um quarto para eles no hospital. Finney sentiu um nó se formar em seu estômago ao ouvir as palavras da médica.

- Mas a nossa mãe já vai ficar boa e vamos embora assim que terminar - disse ele, sua voz tremendo ligeiramente por causa do medo e da incerteza.

A médica olhou nos olhos dele com compaixão e respondeu suavemente.

- Ela vai ter que ficar no hospital por uns dias, para ter certeza de que está bem.

Aquelas palavras atingiram Finney como um golpe. Ele não sabia que sua mãe estava tão mal assim. A tristeza o envolveu como uma sombra pesada, e ele sentiu as lágrimas ameaçarem voltar. Era difícil aceitar que sua mãe precisaria de cuidados prolongados.

A médica os levou até o quarto reservado, e ao entrar lá, Finney tentou se concentrar em criar um ambiente confortável para Gwen. Ela se deitou na cama e, surpreendentemente, caiu no sono quase instantaneamente. Finney ficou impressionado com a rapidez com que ela adormeceu, talvez o cansaço tivesse sido demais para ela.

The Swindler's - Rinney Onde histórias criam vida. Descubra agora