16- Calabouço dos Demônios

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Lentamente Oris começa a despertar, o jovem repara que estava vendado, algemado e sem algumas partes da armadura que utilizava anteriormente, como a máscara e o equipamento de coleta. Embora não conseguisse usar sua visão, o receptáculo podia sentir que havia mais pessoas naquele local. Era impossível negar a angústia que assolava sua mente.

Repentinamente alguém puxa a venda do receptáculo. Seus olhos se fecham após se encontrarem com a luz do exterior, porém logo consegue enxergar tudo, uma sala pequena, as paredes e o chão são revestidos com chapas metálicas, incluindo a silhueta de três pessoas, sendo duas delas familiares.

Mako e Adam, ao lado deles há uma mulher de 1,69 com a pele branca, olhos verdes, cabelos tingidos em roxo que vão até seus ombros; ela usa uma regata branca, calça larga preta, óculos de solda em sua cabeça e uma espécie de exoesqueleto que cobria todo seu braço direito.

- Eu lembro de vocês, são os membros dos Demônios Solares...

- E você deve ser o arrombado que matou o Maxwell...

- Adam, agora não. - Responde Mako, repreendendo o jovem.

Fulgurvitas repara Gaby ao lado dele e nas mesmas condições que ele, no entanto a jovem continua inconsciente.

- É minha chance. - Pensa Oris.

O homem mascarado põe a mão no bolso. - A propósito... - Ele ergue um pequeno frasco com uma substância negra que possuí o que parecem pequenos olhos vermelhos dentro. - Tiramos o rastreador da sua amiga. Iríamos tirar o seu, mas o Maxwell já fez isso.

- Que merda é essa aí? - Questiona o Jovem receptáculo.

- Isso aqui é a parada que Marcus usa pra controlar você, sua turminha do barulho e quase que a cidade toda, se duvidar o país. Naturalmente isso seria perigoso mesmo confinado, só que a Liz aqui, consegue desativar isso pra sempre, tá totalmente inofensivo, dá até pra beber, mas só uma vez. - Diz o homem em um tom sarcástico.

- "Controlar"?

- Você é burro? - Pergunta Adam.

- Cala a boca, tampinha do bração!

Essas palavras fazem o sangue do combatente se esquentar, ele dá alguns passos antes de ser parado pela mulher.

- Não dá pra você ficar aqui, vai pro saguão junto com o resto do pessoal!

- Mas...

- Vai logo! - Diz a moça batendo com o pé no chão.

O jovem sai da sala bufando em raiva.

- Me desculpa por isso, na maioria das vezes ele é mais legal. É que, bom, acho que você consegue interpretar como todo mundo se sente com os eventos recentes...

- Não, eu que devia me desculpar... Eu matei o líder de vocês, eu juro que eu não fiz de propósito, mas o corpo usado foi o meu. - Diz Oris, ainda se culpando pela morte de Maxwell.

- Não vou mentir, em outras situações eu te amassaria de porrada, mas ele me pediu pra te achar e convencer antes de morrer.

- Quem?

- O ex-líder, Maxwell.

- Mas ele morreu na minha frente, eu lembro da sensação do meu braço atravessando a barriga dele.

- Você perdeu a consciência um pouco antes, mas eu cheguei no local depois de alguns minutos. Eu encontrei você e ele jogados na rua, rodeado pelo fogo que se iniciou da queda de um avião pelo que parece. Enfim, eu fiquei com raiva e queria te matar, mas eu ouvi ele me chamar, eu encostei ele na parede de uma das casas próximas, eu tava com medo, então ainda tentei parar o sangramento. Antes de morrer ele me disse algumas coisas...

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⏰ Última atualização: 3 days ago ⏰

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