LOWLTIERA I: MENTE

15- 2 coelhos em uma cajadada

Poucos dias após a batalha contra os Demônios Solares, os jovens já estavam um pouco melhores em relação ao seu estado passado.

Oris e Gaby foram chamados até a sala de reuniões, onde encontraram-se com um capitão do exército. Ambos prestam continência e permanecem de pé. Ao lado do militar estão dois soldados armados, assim como os demais possuem máscaras de proteção.

— Chamei vocês dois aqui porque são os que estão em melhores condições. Soube que o resto de vocês tá só o bagaço. — Disse o homem enquanto.

— Senhor, eu tenho quase certeza que mais um de nós está apto para missões. O receptáculo da Entidade do Organismo-Vivo. — Afirma Gaby, ainda tensa com a situação.

— Sim, realmente, o Sr. Conscius me informou que ele estava bem, no entanto foi enviado em uma missão há poucas horas. Então temos 4 patinhos restantes no ninho, e dois dos quatro estão machucados, então só me resta enviar o resto.

— Senhor, do que se trata essa missão exatamente? — Questiona Oris.

— Eu já estava chegando lá. Muito bem, isso é um informação meio escondida, mas Pather Laltiorion usa um dos territórios reivindicados como uma espécie de zona de contenção pra Mutos.

Isso deixa tanto os receptáculos quanto os soldados que acompanhavam o homem surpresos.

— Tipo, aqueles bichos imensos que são feitos da união de um fragmental e matéria? Esses Mutos? — Questiona Floravitas.

O militar concorda com a cabeça.

— Cê já viu Mutos antes, Gaby?

— Bom, eu morava no campo, as vezes apareciam alguns, mas nada muito perigoso, eles eram meio pequenos na verdade, conseguíamos cuidar deles, com dificuldade, mas a gente dava um jeito.

— Justamente por você morar no campo que eles não eram tão grandes. Eles se alimentam de algum tipo de energia desconhecida, ela fica mais concentrada em locais com grande população. Por isso os maiores surgem em lugares populosos, enquanto no campo deve aparecer um com o tamanho de um Alce.

— E isso seria pequeno!? — Pensou um dos soldados, espantado, já que os alces são extremamente grandes.

— Bom, eu vou direto ao ponto. Umas 2 vezes no ano, vão até o local para extrair energia deles, porque serve pra fazer muita coisa e evita que eles cresçam demais. Só que tivemos alguns problemas e a segunda coleta foi adiada. Mas, agora vocês já estão praticamente preparados, daqui algumas semanas vocês já vão ir para o campo de batalha pela primeira vez. Então decidimos que a melhor decisão seria mandar vocês dois para extraíram a energia dos Mutos.

— Pera aí, isso não é meio perigoso não? — Questiona Gaby, meio assustada.

— Bom, tudo nesse mundo é perigoso. Nesse caso também, só que vocês facilmente devem dar conta deles, sem falar que não é pra matar. Vocês vão equipados com dispositivos que permitem a extração, por consequência eles vão ficar menores e mais fracos. É vapt-vupt.

— Beleza, eu vou, eu quero testar umas coisas mesmo. — Afirma Oris com determinação.

— Pera, cê tem certeza? — Questiona Floravitas.

— Olha, a gente não pode recusar, e outra coisa, você é forte pra cacete, nós dois devemos dar conta, cê não acha?

Gaby fica feliz com o elogio, o que a faz ficar mais motivada a ir também. — Bora acabar com aqueles bichos.

— Ela é fácil de convencer. — Pensam todos na sala.

Sem perder tempo, os jovens vão se preparar. Eles vestem uma versão variante da armadura de combate, sendo mais semelhante à roupas, porém ainda possuindo partes resistentes, suas máscaras cobrem apenas suas bocas e nerizes. É acoplado aos braços de ambos algo que lembra um bracelete robusto, cobrindo todo o antebraço, ambos os acessórios possuem tubos que se conectam à uma espécie de compartimento que fica em suas costas como uma mochila.
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Os receptáculos enfim chegam ao local, ambos ficam igualmente surpresos ao ver uma gigantesca muralha, que parece não ter fim. Toda a área do muro tem um teto feito de vidro. Todo o local foi feito dessa forma, para que os Mutos ainda se sintam integrados à natureza, o que os deixa menos agressivos. Tudo em volta do terreno é totalmente coberto por vegetações, se há construções, estão abandonadas e consumidas por plantas.