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Era uma tarde ensolarada quando Rosamaria chegou à clínica de S/n. O local estava calmo, as paredes em tons claros exalando uma sensação de paz que combinava com o ambiente acolhedor criado por S/n. Ela havia conhecido a fisioterapeuta anos atrás, quando se machucou jogando pela seleção brasileira, e desde então, suas vidas haviam se entrelaçado de forma irremediável. Não demorou muito para que o profissionalismo desse lugar ao carinho e, depois, ao amor intenso que elas compartilhavam até hoje.
Enquanto esperava na recepção, Rosamaria espiava pelo vidro da porta da sala de atendimento. Lá estava S/n, delicada e atenta, tratando uma senhora de idade que parecia relaxada e sorridente. A forma como S/n conversava com a cliente, ouvindo atentamente e mantendo uma expressão de serenidade, fez o coração de Rosamaria acelerar. Era nos pequenos gestos que ela percebia o quão apaixonada estava. Tudo que S/n fazia era cercado de uma dedicação sincera, algo que Rosamaria admirava profundamente.
Perdida em seus pensamentos, nem percebeu que a assistente de S/n, Camila, estava ao seu lado, observando-a com um sorriso no rosto.
— Rosamaria, você é completamente apaixonada por ela, não é? — comentou Camila, num tom baixo, como se compartilhasse um segredo.
Rosamaria riu, sem negar. Sentiu as bochechas esquentarem ao se dar conta de que estava sendo tão transparente.
— Mais do que você imagina. — sussurrou Rosamaria, sorrindo para a assistente. Então, baixou a voz ainda mais e, olhando para ver se ninguém prestava atenção, enfiou a mão no bolso da jaqueta e tirou uma pequena caixinha de veludo. Ao abri-la discretamente, revelou uma aliança simples, mas que brilhava intensamente sob a luz. — Vou pedir ela em casamento hoje à noite.
Camila arregalou os olhos, a expressão de surpresa e entusiasmo estampada em seu rosto.
— Nossa, que lindo! Ela vai ficar tão feliz, Rosa. — disse, segurando as mãos com animação contida.
Rosamaria guardou a aliança novamente, tentando disfarçar a emoção que subia em seu peito. Era um misto de ansiedade e felicidade. Ela sempre imaginou que o momento chegaria, mas agora, vendo S/n do outro lado daquela sala, o amor que sentia por ela parecia ainda maior do que antes. Era como se cada dia ao lado dela trouxesse uma nova camada de significado, uma nova certeza de que havia feito a escolha certa.
Enquanto continuava observando S/n atender a cliente, Rosamaria suspirou fundo.
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A senhora idosa saiu da sala, S/n ajeitou o jaleco e se preparou para chamar o próximo paciente. Ao erguer o olhar para a recepção, uma cena doce e divertida se revelou: Rosamaria, sentada ao lado de um senhor idoso que esperava por sua consulta, conversava animadamente com ele, rindo e gesticulando com naturalidade.
