The Day, The Music, Died. - Starchaser

A Groselha-Negra

I'm just the pieces of the man I used to be,
Too many bitter tears are raining down on me.
I'm far away from home,
And I've been facing this alone for much too long, oh.
I feel like no one ever told the truth to me,
About growing up and what a struggle it would be.
In my tangled state of mind,
I've been looking back to find,
Where I went wrong.

8 horas.

Era noite de Natal, a família dos Potter e a maioria dos amigos estavam reunidos, até alguns antigos colegas do ministério também apareceram.

O ambiente era alegre, o ar cheirava a peru e batatas frescas assadas, a sala estava decorada com uma árvore de Natal lindamente ornamentada, maior do que o convidado mais alto da sala, mas James não conseguia apreciar nada disso, sua mente estava estritamente em Regulus, ele pensava nele mais do que gostaria de admitir, até mais do que em seus melhores amigos, mas se convenceu de que a única razão era o perigo que corria, e esta noite, era a noite.

Regulus o contatou algumas vezes ao longo das semanas, conversas curtas, e então ele teve que ir embora, ele prometeu a James falar com ele depois da cerimônia, essa era a única coisa que ele ansiava o dia inteiro .

10 horas.

Ainda sem resposta, o espelho mostrava o reflexo do quarto de Reg, era verde fosco, quase nenhuma decoração foi colocada nele, parecia estar congelando lá dentro, James sentiu arrepios só de ver e uma súbita sensação de tristeza tomou conta dele, em comparação, seu quarto parecia um parque de diversões. 12 horas.

Os convidados estavam começando a sair, James tentava manter a calma, como sempre fazia em situações de risco, correu até seu pai e o levou para um canto vazio, olhando furtivamente ao redor, verificando se não havia ninguém por perto, o velho Darius tinha gosto por escutar.

"Regulus ainda não apareceu, estou com um pressentimento muito, muito ruim sobre isso", disse ele, perturbado. Fleamont tocou seu ombro.

"Conheço as festas dos Black, elas geralmente duram mais do que as nossas. Se até uma e meia da manhã ele ainda não entrar em contato, faremos algo, você tem minha palavra." James assentiu e voltou para seu quarto, seu estômago se contorcendo de ansiedade, mal piscando diante do espelho para não perder nada, mas o tempo parecia congelado, nada acontecia.

1:48

A casa dos Potter estava em completo silêncio agora, Fleamont escrevia uma carta para Dumbledore, Euphemia andava sem destino em círculos e James não conseguia parar de olhar para o espelho, brincava com suas bordas, mas elas eram muito afiadas; cortaram-no, seu dedo começou a sangrar lentamente. Ele simplesmente sentou ali, olhando para o sangue escorrer por sua mão, como se estivesse hipnotizado por sua cor escarlate penetrante.

De repente, um grito ecoou pela sala, era despedaçador, um grito de dor pura, seguido por mais gritos e soluços.

James não conseguia se mover, sabia quem eram aqueles gritos.

Fleamont correu e arrancou o espelho das mãos de seu filho, seus olhos estavam trêmulos, assim como suas mãos. James sentiu como se o mundo tivesse acabado ali, os gritos não paravam, ficavam cada vez mais altos, eram insuportáveis.

James tentou tapar os ouvidos para bloquear a dor, mas ela parecia piorar.

O mais velho Potter foi até a porta com sua varinha na mão e, justo quando estava prestes a alcançá-la, os gritos pararam. A família inteira ficou paralisada, podia ouvir soluços abafados e, em seguida, um portão sendo fechado com força.

De repente, a porta da frente dos Potter se abriu. Fleamont apontou imediatamente sua varinha para o intruso, mas era o diretor, Albus Dumbledore.

Com um aceno de mão, ele fez o pai de James baixar sua varinha e a sala ficou silenciosa novamente.

Alguns minutos se passaram e, justo quando James estava prestes a gritar com Dumbledore para fazer algo, uma pequena explosão encheu a chaminé de fumaça e um corpo sem vida caiu no chão.

James ajoelhou-se ao lado dele tão rápido quanto suas pernas permitiam e o virou de costas.

Regulus

Ele estava sangrando, machucado e pálido, se não tivesse percebido seu peito subindo e descendo lentamente sob sua camisa fina, ele teria pensado que estava morto.

Fleamont empurrou James para trás e pegou o garoto nos braços, Dumbledore conjurou um Patrono, com forma de fênix, que desapareceu pela janela batendo elegantemente suas majestosas asas, e ajudou o mais velho Potter a deixar Regulus no sofá, sua cabeça pendia fracamente sobre os ombros, James não conseguia respirar, não conseguia se forçar a ajudar, e se ele morresse?

Ele caiu no chão ao mesmo tempo em que a porta se abriu, madame Pomfrey entrou nervosamente.

"Você precisa reforçar seus feitiços de proteção, Potter, espero que vamos receber alguns convidados desagradáveis hoje à noite", James ouviu Dumbledore dizer calmamente, mas ele não conseguia respirar, não conseguia se mover, seus olhos não estavam focados, e então tudo ficou escuro.

***

James acordou em sua cama, estava relativamente calmo, mas então, de repente, recuperou a consciência como um balde de água gelada, Regulus.

Ele pulou da cama e correu para baixo, provavelmente havia desmaiado e deixado Regulus sozinho. Que amigo terrível, egoísta como sempre.

"Onde está Regulus?!" Ele gritou para ninguém em particular, seu pai respondeu, ele tinha olheiras muito visíveis sob os olhos, mesmo com a iluminação fraca, que indicava que ainda era noite. Dumbledore murmurava alguns feitiços baixinho.

"Ele está lá em cima, no quarto de hóspedes, mas espera -" James não estava ouvindo mais, ele deu passos duplos nas escadas e correu pelo corredor, ele chutou a porta e entrou, Regulus estava inconsciente na cama, mas seu rosto não estava mais sangrando, Euphemia estava sentada ao lado dele, ela não tirou os olhos dele até a irrupção de James.

"Ah, amor, você está bem?" Ela disse, parecendo exausta.

"Ele está bem?" Euphemia assentiu.

"Madame Pomfrey fez magia, como sempre. Ele tinha algumas costelas quebradas, usaram algum tipo de poção nele, se não fosse por ela... bem, o importante é que ele está bem agora", ela sorriu.

James soluçou, pela primeira vez em vários anos, as lágrimas escorriam por suas bochechas incontrolavelmente, mesmo que ele as limpasse com a manga, não paravam.

Era como reviver a situação de Sirius novamente, ele havia conseguido manter a calma naquela vez, mas algo sobre Regulus o fazia se sentir dez vezes pior.

"Ah, querido", Euphemia suspirou e deu um abraço maternal, acariciando seu cabelo escuro, sempre bagunçado, assim como o de seu pai, cada mecha apontando uma direção diferente, indomável como seu espírito.

James se separou da mãe e deu um sorriso fraco.

"Você pode ficar com Regulus por um tempo agora que você está acordado? Eu preciso ajudar seu pai com os feitiços, me avise se ele acordar", ela disse, quase em um sussurro, James assentiu e sentou-se na cadeira ao lado do garoto pálido, quando ouviu a porta fechar.