The Day, The Music, Died. - Starchaser

Todo Mundo Menos Você

Take me to the edge of heaven.
Tell me that my soul's forgiven.
Hide your baby's eyes and we can.
Take me to the edge of heaven.
One last time might be forever.
When the passion dies.
It's just a matter of time before my heart is looking for a home.

Um domingo chuvoso e úmido, o castelo estava silencioso, os estudantes ainda dormiam, eram os dias favoritos de Regulus, quando o vento se chocava contra a pedra fria de Hogwarts e os pássaros cantavam, suas asas cortando a chuva.

Era no mínimo, lindo.

Quando a natureza estava em paz, e o silêncio inundava os corredores vazios, enquanto o tempo parecia parar e o ar ficava pesado.

Os trovões faziam Regulus estremecer das cabeça aos seus pés, ele adorava essa sensação, adorava saber que a natureza estava à frente dele, que era mais poderosa do que qualquer feiticeiro... até mesmo de Voldemort.

O simples nome dele o fazia tremer, que covardia.

De repente, passos leves mas barulhentos fizeram ele levantar a cabeça do trabalho, James entrou no quarto com respirações pesadas, os olhos ainda sonolentos.

Como ele, junto com outros estudantes de Corvinal, eram os únicos acordados, James se juntou a ele sem ser convidado.

"Bom dia, Reggie", ele sorriu, sua voz rouca o fazendo estremecer.

Ele acenou em resposta, vendo James quase desmoronar sobre a mesa, enterrando a cabeça nos braços. Uma sensação fria invadiu as costas de Regulus, logo ele descobriu por quê.

"Topo da manhã para vocês dois!" Nicholas, quase sem cabeça, anunciou, flutuando casualmente atrás deles, "como vocês estão se sentindo nesta fina, fina manhã?"

"Cansado", James murmurou, sem se dar ao trabalho de levantar a cabeça.

"Ah, posso ver isso. E você, jovem Regulus?"

"Renovado, dias chuvosos parecem um sopro de ar fresco, não é, Nicholas?"

"Eu concordo plenamente, Sr. Black. Prazer em conversar com você, até mais!"

Regulus sorriu, e então Nicholas foi saudar outros estudantes.

"Meu Deus, ouvir vocês dois falar me faz sentir como se estivesse de volta ao século XIX", James disse, com um toque de comédia em suas palavras, o suficiente para fazer Regulus sorrir.

"Cai fora."

James riu com rouquidão, ah, se ele soubesse o que isso disparava dentro de Regulus. Se ele soubesse o que suas pequenas, estúpidas conversas significavam para ele.

"Você é realmente um dos únicos, sabe, Reggie?"

O garoto da Grifinória disse, prendendo a respiração, virando a cabeça em direção a Regulus com os olhos ainda fechados, o confundindo como estava a fazer nos últimos dias, já havia virado um hábito.

"O que você quer dizer?" Ele perguntou, suas palavras abafadas pelo som da tempestade, ganhando força a cada minuto que passava. Ele abriu os olhos, seus grandes olhos castanhos, enquadrados por cílios longos, e sorriu.

"O que há de errado com você, Reggie?" James perguntou, colocando um braço sobre seu ombro. "Você tem agido de forma estranha há algum tempo."

"Você não entenderia, James, apenas... me deixe sozinho, está bem?" Ele disse, arrancando a mão dele.

"Não, não vou. Por favor, me diga, farei o meu melhor para entender, tudo bem? Se não entender, então te deixarei sozinho, como você quer."

Deus, por que ele sempre tinha que ser tão gentil? Regulus era considerado o que tinha o coração de um leão, não James. Mas, enfrentando a verdade, não havia sentido em esconder o fato de que ele estava louco por ele, e se estava destinado a sofrer, melhor acabar logo com isso.

"Está bem, você realmente quer saber o que está errado comigo?" James concordou, suas sobrancelhas levantadas em preocupação. "Desde que eu te conheci, ninguém mais vale a pena pensar, estou completamente, real e irremediavelmente apaixonado por você, e estou condenado a te ver todos os dias com aquela Evans, beijando como se não houvesse amanhã, bem na minha frente. Estou vivendo meu pior pesadelo todos os dias desde que voltamos para Hogwarts."

Sua expressão não mudou, mas não havia sentido em tentar descobrir se era bom ou ruim, Regulus simplesmente não podia parar.

"Você me trata como se eu fosse um príncipe, não sei por que você decidiu falar comigo pela primeira vez, e isso está me deixando louco, não sei o motivo de nada do que você faz, sua imprevisibilidade me deixa perplexo. Você sabe o que é o pior?" Ele disse, irritado. "Eu tenho fantasiado sobre você desde que você sentou comigo na biblioteca, e tenho tentado ignorar isso por um ano, está ficando impossível, insuportável, não posso lidar com meus sentimentos mais, o que é irônico porque você é a única pessoa que pode me ajudar a entender... você é tudo para mim e eu odeio por isso, e Deus, eu te amo por isso mais do que você pode imaginar."

"Você terminou?" James disse, sua expressão indecifrável.

Regulus prendeu a respiração.

"Sim."