a história de passa na época de 1890, no interior da Escócia, Thimotée é um duque que está sendo pressionado pela família para que providencie um herdeiro, mas para isso precisa se casar, e viu a oportunidade perfeita quando Conheceu Sn Russell, fil...
O clima estava realmente agradável, o sol iluminava as árvores ainda com gotas do orvalho daquela manhã, outras pessoas também passeavam pelo parque, algumas até cochichavam ao perceber eu e o duque. Confesso que fiquei meio incomodada, mas nada que a boa e velha ignorância não resolva.
— o dia está agradável, não acha senhorita?— Thimotée olha para mim sorrindo na espera de minha resposta
— sim, vossa graça, deveras agradável— sorrio em concordância
Andamos mais um pouco e paramos a beira de um lago que havia ali, algumas pessoas alugavam barcos para passear em meio a água cristalina. Os observei por um tempo, até que percebo Thimotée me encarando pensativo
— Já sei, quer dá uma volta de barco? É um jeito de escaparmos dessas "monitoras" malucas— a última parte e sussurrada em meu ouvido
— acho que não é uma má ideia, vamos então
Thimotée afirma e logo solta meu braço delicadamente e vai conversa com um homem que estava ali, acho que era ele que resolvia os alugueis dos pequenos botes. Fiquei parada apenas a espera de vossa graça, que não demorou para voltar com um belo sorriso
— conseguir, vamos senhorita? Lady Russell, irei roubar sua filha para um passeio, apenas por alguns minutos — me puxa pelas mãos gentilmente
— claro, eu e Lady Gallotti iremos esperar aqui, tomem cuidado — minha mãe sorrir e se senta em um pequeno e velho banco de madeira que havia ali
— vamos senhorita?— apenas afirmo e nós dirigimos até o pequeno barco
Com a ajuda do duque embarco, com uma certa dificuldade por conta do vestido, mas consegui depois de um pequeno esforço. Thimotée logo embarca em seguida e se senta a minha frente pegando os remos, o mesmo retira o palito ficando apenas de camisa social, confesso que meus olhos desceram involuntariamente para o abdômen marcado na camisa....e que abdômen...Foca Sn!!
— tem certeza que vossa graça consegue remar? Podemos pedir ajudar para alguma pessoa
— está duvidando de minhas capacidades senhorita? Garanto que sei remar, e sei fazer muitas coisas além disso— um sorriso galante surgiu em seu rosto me fazendo revirar os olhos
— só não quero cair nesta água fria, caso isso aconteça, vossa graça ficará me devendo 50 libras
— não sabia deste seu lado capitalista Senhorita Russell— uma baixa risada é escutada do duque
— existe diversos lados meus que vossa graça não conhece, e lhe garanto que não sentirá vontade de conhecê-los
— sério? Agora fiquei curioso, por quê não me mostra esses lados senhorita? Adoraria conhecer todos, vai ser divertido.
Percebo que o barco já havia se afastado a um tempo da margem, estava apenas eu e o duque em um bote em meio ao lago do parque. Me apoio na borda para passar a mão pela água gélida, porém um peixe acaba pulando me assustando e me fazendo recuar rapidamente para trás
— está com medo de um peixinho inofensivo?
— achei que fosse uma cobra, e não estou com medo de um peixe!— digo um pouco alterada, então apenas viro o rosto para o lado
— acho que está sim— continua a remar, apenas olho para ele e reviro os olhos, o duque conseguia ser irritante as vezes
— já disse que não, Vossa graça está mesmo disposto a ser jogado de dentro deste barco?— desta vez o ameaço enquanto sorrio
— a senhorita não teria coragem, é um ser inofensivo, que nem o pobre peixe de agora a pouco — me levanto e vou até ele, Thimotée arqueia as sobrancelhas e logo se assusta quando seguro em seu braço e o puxo
— sim Vossa graça, eu tenho coragem— o mesmo acaba ficando em pé e se desequilibra caindo rumo a água, achei que tivesse vencido, porém sinto minha cintura ser agarrada e logo caio com o duque rumo a água
Afundo na água gelada e não demoro para retornar do fundo, vejo Thimotée rindo enquanto meus cabelos estão completamente caídos em frente ao meu rosto. No fundo meus pés mexiam lentamente para me permitir boiar, olho para ele e jogo um pouco de água em seu rosto
— estamos quites agora— sorrir enquanto passa as mãos pelos cabelos castanhos
— já disse que o odeio vossa graça?
— não, mas acho que percebi, aliás, os peixes vão amar seus pés— olho para ele e logo saio nadando rumo a margem
Não demorei para chegar e logo me senta a grama completamente ensopada, O duque logo saiu do lago e se largou ao meu lado
— amei o novo estilo senhorita, bem exótico, devo dizer— o mesmo retira uma folha de meus cabelos e começa a rir
— já me arrependi deste passeio — não aguento e começo a rir, Thimotée e eu nós olhamos por um tempo e logo e estávamos imersos em gargalhadas
— Vossa graça!! minha filha!! Estão bem?— minha mãe chega correndo com um pano que eu não fazia ideia de onde a mulher havia o tirado
Meu corpo logo foi envolto pelo cobertor e eu apenas sorrir enquanto me levantava do chão
— problemas técnicos, mas estamos bem, serviu para refrescar um pouco neste dia quente — Thimotée se levanta logo em seguida enquanto parece está se divertindo com toda aquela situação.
Meu dia não estava sendo um dos piores, dava para o gasto. Thimotée era...um ponto de alegria em meio a um mar de tédio constante.
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