Avenger

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AVISO: DESCRIÇÃO DE VIOLÊNCIA, MENÇÃO DE ESTUPRO E MUTILAÇÃO




*




Enquanto ele puxava meu macacão com aqueles dedos pegajosos e já pressionava suas mãos ásperas na minha pele, o som de um impacto forte quebrou o silêncio da sala escura. Eu só ouvi o ruído seco, o baque de um joelho acertando o rosto de Costa, mas a visão me escapava entre a dor e o torpor. Eu senti o peso do seu corpo gordo ser arrancado de cima de mim com a força do golpe, e, ainda zonza, vi ele desabar de costas no chão com um som oco.




Alguém veio por mim? Eu posso... eu posso relaxar agora?




As vozes urgentes de Maria e Rorschach ecoavam pela lavanderia, trazendo uma onda de alívio como eu nunca tinha sentido antes. Eu vou ficar bem...




Um alívio tão grande que parecia difícil de absorver, como se meu corpo nem estivesse preparado para isso. Eu estava salva, pelo menos por agora. Eu podia sentir a dor e o cansaço diminuírem apenas o suficiente para ouvir uma frase suave, que me trouxe um pouco de paz. "Kate... você consegue me ouvir? Está tudo bem... nós estamos aqui com você..." Era Maria, sua voz misturada aos estilhaços de minha dor e à visão embaçada que me forçava a focar em um único ponto. Meus olhos estavam fixos em Rorschach.




Ela estava ali, ajoelhada, suas mãos fechadas em punhos de pura fúria, socando o rosto de Costa sem misericórdia. Golpe após golpe, ela deixava a raiva extravasar, e cada pancada parecia uma vingança por mim, um pedido de justiça sendo cumprido. Eu assisti tudo como se estivesse num pesadelo. Eu mal piscava, com a mente embotada pela dor, mas também estava atenta a cada movimento dela. Por mais que a cena fosse brutal, eu ainda sentia o alívio estranho, uma espécie de gratidão.




Ela estava me vingando...




"Você achou que ninguém ia ver, seu porco?!" rosnou Rorschach entre os golpes, que vinham com força crescente. "Espero que você nunca mais use essa porcaria e vou cuidar pessoalmente disso." Sua voz era um sussurro ameaçador, encharcada de ódio e repulsa, como se cada palavra fosse o prenúncio de uma sentença final.




Ela se levantou por um segundo, apenas o bastante para ajustar a posição, e com as duas mãos alcançou as partes íntimas dele, aplicando uma pressão cruel. Ele engoliu seu sorriso e agora quase dava para ver a linha entre a dor e o horror nos olhos dele, o rosto se distorcendo em desespero. Mas para mim, aquilo tudo parecia em câmera lenta, como se eu observasse fora do meu corpo. Costa, agora praticamente imóvel, já não reagia mais, gemendo num lamento humilhado. E, por mais que eu não quisesse olhar, não conseguia desviar os olhos da cena.

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⏰ Última atualização: 2 days ago ⏰

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