Capítulo 98: Reino dos Mortais (1)

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Capítulo 98: Reino dos Mortais (1)

O Carcereiro da Cidade Yong Ye estava impecavelmente vestido em um uniforme militar preto, com chapéu militar e botas, sua figura esguia chamando a atenção.

A sombra projetada pela aba do chapéu cobria seus olhos. Ele caminhava em um ritmo que não era nem muito rápido nem muito lento, e o bastão em sua mão balançava a cada passo. Quando ele estendia o bastão, este batia com força contra a estrutura de aço e se retraía novamente.

"Bang!"

A cada batida, as figuras amontoadas na parede tremiam.

"Bang!"

Isso talvez fosse um aviso da Morte, mas também parecia uma espécie de insistência. Em meio ao som, Tang Cuo também captou um eco claro e nítido de sinos. Era o tilintar de vários pequenos sinos se chocando uns contra os outros, soando muito, muito suave.

Quando Xiao Tong se aproximou, Tang Cuo viu uma série de sinos dourados do tamanho de pérolas pendurados em seu pulso direito, que segurava o bastão.

Os sinos tocavam toda vez que ele balançava o pulso. Quando o Carcereiro saiu lentamente da escuridão, ele levantou ligeiramente a cabeça para revelar seus olhos curvados escondidos sob a aba do chapéu, e os cantos de sua boca erguidos transmitiam perfeitamente o significado de três palavras — um canalha cavalheiresco.

"Que convidado raro." Ele olhou para Jin Cheng.

"O grande carcereiro não veio me buscar lá fora, então eu entrei por conta própria." Jin Cheng deu um passo à frente, colocou a mão no peito e saudou: "Há quanto tempo."

Xiao Tong: "Achei que você não teria coragem de vir novamente."

Jin Cheng sorriu: "Obrigado pelo elogio."

Xiao Tong sentiu sua mão coçando e balançou o bastão novamente, mas desta vez não bateu contra a estrutura de aço. Ele o balançou de forma mais gentil, e seu tom ficou mais leve: "Eu disse que, desde que você se atreva a pisar aqui de novo, deve estar preparado para nunca mais sair."

Quando esta frase foi dita, não só Tang Cuo, mas até mesmo Leng Miao mostrava uma expressão de surpresa. Após três anos lidando com Jin Cheng, ele nunca soube que Jin Cheng também tinha problemas com Xiao Tong.

Como essa pessoa consegue irritar pessoas em todo lugar?

"Antes que você ataque, deixe-me fazer uma pergunta ao grande carcereiro."

"Chong Yanzhang?"

"Não, uma garota careca."

"Você tem algo a ver com ela?"

"Bem." Jin Cheng sorriu: "Ela deve uma vida ao meu homem, e eu quero cobrá-la."

"Seu homem?" Xiao Tong lançou um olhar para o rosto de Leng Miao, balançou a cabeça e finalmente parou no rosto de Tang Cuo. Só então mostrou um olhar de avaliação, mas era impossível saber se estava satisfeito ou insatisfeito.

Tang Cuo estava sem expressão. Não era como se ele estivesse conhecendo os pais de Jin Cheng.

"Vamos fazer o seguinte." Xiao Tong balançou o bastão e apontou para Tang Cuo: "Deixe-o comigo por três dias, e eu te direi."

Sem hesitar nem um pouco, Jin Cheng recusou: "Certamente não. Estamos em uma relação de 'vivemos e morremos juntos'. Não nascemos no mesmo ano, mês e dia, mas devemos morrer no mesmo ano, mês e dia. Meu grande carcereiro, nem você poderá nos separar."

O JOGO TESTE DA VIDA/JOGO DE EXPERIMENTO DE VIDA [BL]Onde histórias criam vida. Descubra agora