— O que houve de tão urgente, chefe? — perguntou a ex-guarda-costas, sentada no banco do passageiro. Yanin, a líder da equipe de operações, estava dirigindo e seguia em alta velocidade rumo ao local do incidente, com o navegador do carro indicando o caminho.
— Relataram um tiroteio com armas pesadas. Parece que a equipe de negociação não conseguiu avançar porque os criminosos se recusam a conversar. A polícia pediu que assumíssemos o controle da situação
— Entendo... — respondeu Nistha com uma respiração profunda. Ela nunca havia atuado como agente antiterrorista, mas sabia que esse tipo de situação nunca era simples.
Yanin decidiu ligar a sirene para abrir caminho quando percebeu que o trânsito na entrada da cidade estava ficando congestionado. Pelo protocolo, deveriam chegar ao local do incidente em no máximo quinze minutos, desde que a distância não ultrapassasse trinta quilômetros. O SUV da equipe seguia a cerca de cinquenta metros atrás, e logo depois vinha a van de comando, dirigida por um dos programadores da unidade. Faltavam apenas oito minutos para chegarem.
Quando estavam a cerca de duzentos metros do local, Yanin desligou a sirene e estacionou o carro. Estacionaram quase duzentos metros do local do incidente, para evitar chamar atenção e também para manter distância segura dos disparos. Assim que saíram do carro, ouviram o grito de um policial ao megafone ecoando pelo local:
— Entrem e se protejam dentro dos prédios! — Ele próprio ia se abrigando sob a estrutura de um edifício enquanto gritava para que os civis ao redor fizessem o mesmo.
Bang!
O tiro fez com que Yanin, por puro instinto, se abaixasse e puxasse a arma de 9 mm que carregava no coldre, sempre escondida sob uma jaqueta. Levantou a arma, mirando o prédio alto de onde o som havia vindo. Sem que tivesse tempo de reagir, sentiu a guarda-costas, agora segurando uma pistola de 11 mm, puxá-la para trás e levar rapidamente para a proteção do estacionamento ao lado, a cerca de quinze metros dali.
O policial que havia gritado há pouco caiu no chão com o impacto do disparo, seguido por gritos de pânico ao redor. Muitos civis ainda corriam para escapar pela área aberta, ignorando o alerta anterior e se expondo ao perigo. Havia um relatório preliminar indicando que um grupo estava fazendo uma "brincadeira" perigosa, disparando do topo de um prédio de nove andares.
— Precisamos agir rápido — disse Yanin.
Ela correu para a van de comando, adaptada como um centro de operações móvel, equipada com todos os dispositivos necessários. O veículo estava estacionado a duzentos metros do local, escondido na esquina do prédio para evitar exposição. Ela entrou pela porta lateral, onde o técnico de TI da equipe já a aguardava.
Yanin rapidamente pegou seu headset com microfone e o encaixou no ouvido. Respirando fundo para se concentrar e se preparar para a situação, Yanin começou a dar ordens rapidamente.
— Big, preciso de uma imagem aérea da área em um raio de duzentos metros a partir do nosso veículo. Usa o que for necessário, mas me traga essas imagens — ordenou Yanin. Big acatou de imediato, teclando rapidamente em seu laptop, conectado a três telas internas na van. Em pouco tempo, a imagem solicitada por Yanin apareceu na maior das telas, enquanto as outras duas exibiam as imagens das câmeras de segurança ao redor da van para monitoramento.
— Essa imagem é de onde? — perguntou Yanin.
— Satélite militar, chefe. A imagem tem um atraso de três a cinco minutos em relação ao tempo real — respondeu Big.
— Quantas vezes preciso dizer pra priorizar os satélites privados? Se alguém do governo descobrir, teremos que justificar isso, e o processo é interminável — ela alertou.
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Operação 13
Mistério / SuspenseA investigadora especial Yannin, líder da equipe de operações anti-violência, está lidando com uma situação inesperada e complicada, que inclui a chegada repentina de uma novata em sua equipe. Será que Yannin conseguirá lidar com essa reviravolta em...