Aviso de Conteúdo: temas de manipulação emocional e referências a atos de natureza sexual. Recomendado para leitores maiores de 16 anos. Se você é sensível a esses temas, considere prosseguir com cautela.(Flashback on)
\\ Olimpo //
Zeus e Atena tinham finalmente conseguido o que mais desejavam: uma poção rara e mística. Esta não era uma missão comum; era parte de um plano ambicioso que Zeus havia elaborado. Após séculos de desentendimentos e conspirações, os deuses do Olimpo estavam divididos, e Zeus sabia que, por mais poderoso que fosse, não conseguiria enfrentar uma rebelião completa. Precisava de aliados leais e de um exército de seres excepcionais, dispostos a defendê-lo contra qualquer ameaça.
O palácio de Zeus, uma majestosa estrutura de mármore e ouro reluzente, erguia-se nas alturas do Olimpo, encoberto por densas nuvens que cintilavam com relâmpagos e pequenos fragmentos de estrelas. Colunas adornadas com safiras e esmeraldas brilhavam à luz suave de tochas eternas, cujo fogo não se apagava, acendendo-se com um azul gélido, como o próprio olhar do deus dos deuses. Atena, sentada ao lado de Zeus em um trono de prata e cobre, observava-o em silêncio, o rosto sereno, mas com o olhar calculista, antecipando os movimentos que teriam que fazer.
Diante deles, a vasta sala do trono se estendia, com mosaicos no chão que contavam lendas de antigas batalhas e vitórias dos deuses. Tapeçarias feitas por mãos de mortais, como oferendas aos deuses, adornavam as paredes. Em meio a tanta opulência e beleza, pairava um clima de tensão. Ambos os deuses sabiam que o destino do Olimpo estava em jogo.
Zeus, com o olhar fixo na Terra, observava o nascer do sol tocando os vales e montanhas distantes. Ele parecia impaciente, os dedos tamborilando no braço do trono de ouro e os olhos brilhando em um azul profundo, como tempestades à espreita. A alvorada terrestre significava que o momento estava próximo.
Ao lado dele, Atena, mantinha-se ereta e serena, seu olhar refletindo o brilho das estrelas. Ela era a personificação da sabedoria e da estratégia, e, mesmo em um plano arriscado como aquele, exalava uma confiança inabalável. Sabia que sua missão exigiria persuasão e cautela, mas estava determinada a fazer o necessário para garantir a segurança de Zeus e do Olimpo.
Finalmente, Zeus levantou-se, suas vestes esvoaçando como nuvens escuras prontas para uma tempestade. Ele olhou para Atena, seus olhos carregados de propósito, e disse com a voz que ressoava por todo o palácio como trovão distante:
— Vamos.
Atena assentiu e respondeu firme:
— Vamos.
Ambos se dirigiram para o centro da sala, onde um círculo de runas antigas, gravado no mármore, começava a brilhar à medida que Zeus invocava seu poder. As pedras preciosas no chão pulsavam em tons de azul e roxo, e o ar ao redor deles pareceu se tornar mais denso, como se o próprio Olimpo segurasse a respiração.
Com um movimento das mãos, Zeus abriu um portal cintilante, cujas bordas se espalhavam em brilhos dourados e prateados. Atrás dele, era possível vislumbrar um vislumbre da Terra: Magnus e Astrid, humanos transformados em seres poderosos pelo sacrifício de Pã. Zeus sabia que eles eram essenciais para seu plano.
Dando um último olhar à grandiosidade do palácio e ao Olimpo, Zeus e Atena entraram no portal, determinados a concretizar sua missão.
\\ Aldeia do monte //
Zeus e Atena chegaram à aldeia no Monte, e a grama verde sob os pés deles era macia, molhada pelo orvalho da manhã. Em volta, o vilarejo parecia uma pintura pastoral: camponeses trabalhavam no campo com passos lentos e disciplinados, e crianças corriam e brincavam, as risadas delas ecoando suavemente entre as colinas. Árvores antigas cercavam a aldeia, suas folhas formando um teto verde e denso que balançava com a brisa leve. Perto dali, um rio corria calmamente, as águas cristalinas cintilando à luz do sol, um rio onde Poseidon, uma vez, invocou monstros marinhos para arrasar o lugar.
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A ira dos deuses
FantasyDois bebês, Math e Anna, são deixados à deriva em um rio furioso em meio a uma tempestade, cada um protegido em seu próprio cesto, seguindo caminhos diferentes. Misteriosamente separados, eles são acolhidos e criados em reinos distintos, onde cresce...