Seu irmão nunca diz, mas ele te ama (One-shots)

O jogo da culpa

Autor: DawnsEternalLight

Resumo:

Enquanto trabalham juntos em um caso, Jason se machuca, e Dick percebe que ele está mais doente do que pensava.

Notas:

Isso se passa em Batman Rebirth, após o arco em que Bane ataca Gotham.

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Às vezes a vida era uma droga. Um exemplo disso foi o homem tentando estrangular Jason, e os dedos nada úteis de Jason lutando para passar por baixo da corda. Se não era óbvio que ser estrangulado era uma droga, não poder fazer muito a respeito disso dobrava isso. Entre agarrar-se inutilmente à corda que o apertava, ele foi meio empurrado para o corrimão de uma passarela de metal tão enferrujada que Jason tinha certeza de que ela iria quebrar sob a pressão a qualquer momento.

Ele ficaria feliz em poder empurrar corretamente, enfiar a parte de trás da cabeça no maxilar do homem e consertar tudo, mas o ângulo era uma porcaria. Um movimento errado e ele estaria no limite, pendurado como um fantoche de meia. A caixa de "ser enforcado" de Jason já estava marcada para o ano, então, em vez de chutar para se movimentar, ele deslizou o pé apenas o suficiente para que a ranhura inferior do sapato prendesse em um dos postes do corrimão, ancorando-o melhor no lugar.

Estava tudo bem. Não era como se ele não conseguisse respirar, ele ainda tinha tempo para descobrir alguma coisa. E Asa Noturna estava em algum lugar no prédio. Ele deveria estar logo atrás de Jason, mas quando ele saiu para o patamar acima das máquinas e pilhas de caixas, ele estava sozinho. Bem, ele pensou que estava sozinho, então a corda, e as mãos que a seguravam, se juntaram a ele. Logo seguido por lutas para respirar e grunhidos para palavras.

Preto e azul apareceram abaixo dele e Jason teve a vontade idiota de acenar. Como se fossem turistas, meio perdidos em algum lugar, e ele estivesse tentando chamar a atenção do irmão. Jason culpou os pontos pretos que começavam a manchar sua visão, aparecendo de fora.

Dick ainda não os tinha visto, ele estava se aprofundando mais na sala, em direção a uma das máquinas usadas para soldar pedaços de metal. Jason se perguntou se Dick estava mesmo procurando por ele, ou estava tão distraído com sua própria investigação que tinha esquecido que eles tinham entrado juntos.

Um baque, metálico e pesado, foi o único aviso que a passarela deu a ambos meio segundo antes do corrimão de segurança ceder, o metal enferrujado se estilhaçando e pulverizando contra o peito de Jason como se ele tivesse derrubado pedaços de um donut de framboesa em si mesmo durante o café da manhã. Ele nem sequer virou o metal, ele não poderia ter feito isso com a forma como o corrimão tinha estourado para a frente. Foi mais um tropeço surpreso causado pela falta de pressão em seu meio, e o corrimão inteiro tremendo enquanto mais pedaços começaram a estalar e gritar.

A corda o pegou. Jason pensou por um momento que seu pescoço iria quebrar, mas ele não tinha caído daquele jeito, suas costas machucando contra a lateral da passarela empenada. Ele viu Dick congelado, e olhando para eles. Se Jason tivesse algum ar sobrando, ele teria xingado, pois a corda começou a escorregar quando seu agressor se moveu acima dele.

Jason sabia que tinha cerca de um segundo antes de ser derrubado. Ou do homem ter soltado para sair correndo da estrutura que ainda gemia, ou dele ter perdido o próprio equilíbrio e levado a própria queda. Uma mão encontrou seu gancho, a outra disparou para o metal, os dedos se enroscando nos buracos gradeados da passarela. Não era a melhor das pegadas, mas quando a pressão da corda caiu, era o que Jason tinha para ancorá-lo. Ele engasgou em uma respiração, desejando que a escuridão de sua visão e pensamento rápido retornassem.