Esse é meu filho!

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Autor: RSeamonster

Resumo:

AU onde Jason encontra Robin precisando de ajuda, eles acabam se abraçando porque ambos precisam de afeição.
Dick adota Jason como seu irmão e Bruce tem que lidar com isso.

Obs.: Dick e Wally são melhores amigos, quase como irmãos.

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Jason pulou da traseira de um caminhão de entrega e entrou no beco que levaria ao seu esconderijo mais recente. Ele tocou o pequeno rolo de dinheiro em seu bolso enquanto se curvava e caminhava pela neve. Eram 11 horas, meio do inverno. Suas roupas estavam ficando mais finas e ele precisava daquele dinheiro para aguentar até o tempo mais quente. Com os olhos baixos, ele quase perdeu a massa vermelha, verde e preta na neve à sua esquerda.


Palavra-chave, quase. Depois de olhar duas vezes, Jason verificou os arredores. Desta vez procurando por orelhas pretas pontudas e uma capa, em vez de punks suspeitos procurando um alvo fácil para assaltar. Não encontrando nenhum Batman à vista, ele olhou para Robin. Jason sabia que isso não significava que não havia Batman, mas também pensou que Batman estaria ajudando Robin se ele estivesse na área com Robin nessas condições.

E essa condição é, por assim dizer, ruim , a julgar pelo fato de que ele estava deitado, imóvel, de bruços, na neve de uma viela suja no Beco do Crime.

Cautelosamente, Jason cutucou Robin com o dedo do pé. Ele não respondeu.

Jason poderia ir embora. Se ele fosse esperto, ele iria embora agora mesmo e não se envolveria em qualquer coisa que Batman e Robin estivessem fazendo no momento. Ele sentiu que se envolver com pessoas que saíram para combater o crime à noite enquanto usavam cuecas por fora das roupas é exatamente como se matar. Talvez Robin esteja apenas fingindo e assim que Jason tentasse ajudá-lo, ele pularia e bateria em Jason por tudo que ele já roubou e vendeu ilegalmente. Se ele fosse esperto, ele iria embora agora mesmo. Sim. Ele vai embora e fingir que nunca viu Robin ali, assim como poderia ter sido se ele andasse com os olhos nos dedos dos pés como um bom rato de rua.

...Por que ele ainda não foi embora?

Suspirando, Jason criou coragem e rolou Robin. Ele não parecia melhor de frente. Robin estava tremendo e seus olhos estavam semicerrados. Jason tentou medir sua temperatura, mas ele só sentia frio. Ele tentou se lembrar do que tinha lido sobre hipotermia quando pesquisava as coisas mortais que ele poderia encontrar depois que sua mãe morresse. Tremendo — tremer era bom. É um sinal de que seu corpo pelo menos ainda está tentando se aquecer.

Jason teve que aquecê-lo. Para a sorte de Robin, ele decidiu desabar apenas um prédio de distância daquele em que estava se escondendo. Jason agarrou seus pés para arrastá-lo pela neve, mas prontamente os deixou cair quando Robin gritou de dor. Tudo bem, não era como se Jason nunca tivesse imobilizado nenhum osso quebrado antes. Olhando ao redor em busca de uma solução, ele viu que a tampa de plástico de uma caçamba havia quebrado sob o peso da neve. Era muito pegajoso e fedia àquele cheiro específico de caçamba, mas era um trenó decente e ele não teria que puxar a perna machucada de Robin.

Jason abriu a porta do prédio vazio em que estava agachado. Era a pesada porta de metal da entrada de funcionários, mas a fechadura já estava quebrada há muito tempo. Logo lá dentro havia uma pequena sala, com a velha colcha vermelha e branca desbotada de Jason dobrada no canto. Sua mãe, Catherine, disse a ele que ganhou a colcha quando criança, e era uma das únicas coisas que ele tinha deixado de seu antigo apartamento e de sua mãe. Ele abriu a colcha e a enrolou em Robin. Ele tirou as camadas externas frias e úmidas de sua armadura e debateu tirar sua máscara também; parecia que Robin poderia ter um olho roxo por baixo, mas os rumores das máscaras eletrocutando aqueles que tentavam removê-las o fizeram hesitar. Jason decidiu que não queria arriscar.

Seu irmão nunca diz, mas ele te ama (One-shots)Onde histórias criam vida. Descubra agora