Miðgarðsormr

The Snake

O jogo do guerreiro derramou o sangue do meu.

Agora uma luz diferente alimenta o fogo em meu peito.

Lenta e firmemente, Abraxas abriu a porta.

O quarto do Lorde das Trevas havia retornado ao seu antigo estado impecável após sua reação nada saborosa . Abraxas não tinha dúvidas de que tinha algo a ver com o garoto . Silenciosas suas conversas, ele e seus companheiros Comensais da Morte expressaram sua perplexidade com a situação. Eles sabiam que Tom estava longe de ser imprudente. Se houvesse alguém que personificasse a Casa Sonserina, seria ele; autopreservação era uma característica equivalente à astúcia e ambição. E com base na reação de Tom à situação, certamente não era algo que ele havia considerado. É extremamente raro incitar uma reação daquele homem hoje em dia.

Francamente, uma pequena parte de Abraxas pensou que Tom consideraria encontrar uma esposa como o resto deles. Ele era o único que restava que não havia se casado em seu círculo. Não como um meio de se estabelecer, mas porque a Sociedade Puro-Sangue praticamente ordenava o casamento com qualquer bruxo respeitável com o propósito principal de ter um herdeiro.

Há também aquela parte dele que queria que Tom tivesse um pouco de felicidade. Embora o próprio casamento de Abraxas tivesse sido arranjado, ele eventualmente se afeiçoou à esposa mais do que o esperado de sua parceria contratual, e esse carinho também se estendeu ao filho.

Mas então, até ele admitiria que isso era uma ilusão. Tom era muito focado em objetivos para isso e duvidava muito que casamento e herdeiros fizessem parte de seus planos.

Mas o destino adorava provar que era uma amante cruel, e essa pequena parte do desejo de Abraxas se tornou realidade da maneira mais irônica.

A verdadeira questão que o prendia a respiração agora, no entanto, era o que Tom escolheria fazer dali em diante.

Abraxas umedeceu os lábios antes de abaixar a cabeça em direção às costas rígidas de seu senhor, parado diante de uma janela: "Meu senhor, você me convocou?"

Tom não se virou e, em vez disso, respondeu: "Eu tenho um filho. O nome dele é Alduin Granger."

Ele empalideceu e ousou dar alguns passos para a frente em direção à pequena mesa fornecida com a suíte. Seus olhos cinzentos espiaram por cima da tigela de porcelana e observaram as cores misturadas de azul marinho e preto vazio lentamente se transformando harmoniosamente juntas como um redemoinho inofensivo.

Então estava confirmado.

Tom teve um filho com uma bruxa sem nome.

Deixando de lado o mistério de como tal coisa poderia ter passado despercebida por ele, essa revelação poderia facilmente prejudicar a reputação cuidadosamente construída de Tom. Ao contrário, filhos ilegítimos eram considerados incomuns, até mesmo raros, na Pureblood Society por causa da autopreservação dentro das famílias. Ninguém queria arriscar feudos em futuras sucessões e heranças, e quebrar anos de aliança com outras casas.

Mesmo que Tom não fosse casado, a existência de um bastardo não o tornaria querido por aqueles que não se aliaram a ele.

A menos, é claro, que Tom já tivesse um plano para resolver essa situação.

"O que deve ser feito com ele, meu senhor?" ele perguntou.

"O que mais deve ser feito com ele?" Tom disse como se fosse a coisa mais natural do mundo, "Mate-o."

A cabeça de Malfoy sentiu-se pálida com a resposta desapaixonada do homem. Vazia era sua voz de qualquer coisa que pudesse lhe dizer ao menos uma vaga ideia do que ele realmente sentia sobre a decisão.