Aqui escrevemos pequenas e incontinuas histórias envolvendo o adolescente pobre JJ Maybank, morador de uma ilha, que põe sua vida em risco junto ao seu grupo de amigos em busca de ouro. Há aqui somente um pequeno diferencial: você existe.
(Pedidos a...
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E hoje eu caminhei a praia inteira, Com os pés na areia, Coração em alto mar.
Você não podia evitar suas mãos tremendo e o terror que percorria suas veias. Era quase impossível respirar. Você encarava em choque o teste de gravidez nas suas mãos. Não só um, pra ser sincera, todos os outros três estavam jogados dentro da pia, todos apontando para uma só resposta: você está gravida.
Se qualquer um estivesse lá com você, essa pessoa teria dó da expressão de medo que foi se construindo no seu rosto. As lágrimas que começaram a descer subitamente, e o pior, seus pensamentos.
O que vem agora? Como eu conto isso pra ele? Ele vai querer ser pai? Independente de querer ou não, agora ele meio que já é.
Um pensamento do que ele poderia fazer surgiu. De repende outro. De repente um milhão deles e nessa altura do campeonato era sinceramente difícil prever a reação dele.
Você passou o dia mais cedo na praia, caminhando descalça com os testes na sua bolsa, muito assustada do que poderia vir a seguir, assustada que seu medo fosse real, e agora você descobriu que sim.
Você só queria se encolher até desaparecer. Ficar minúscula. Você queria sumir no abraço de alguém, mais especificamente no abraço do JJ. Vocês já tinham conversado que eventualmente isso iria acontecer. Mas vocês ainda são tão novos e é aterrorizante encarar a realidade desse jeito.
Dava pra ouvir a TV ligada do lado de fora do banheiro, JJ estava deitado na cama se perguntando por quê você demorava tanto pra se deitar com ele. Seu marido estava esperando para vocês assistirem seu filme favorito, e isso é desde umas boas horas atrás, quando você entrou por aquela porta e não saiu até então.
Você escutou três batidas firmes na porta e tão rápido quanto um suspiro o teste caiu das suas mãos. Encarando a porta sem saber o que fazer, sem saber como encarar quem estava do outro lado, e sabendo que sua voz estava muito quebrada pra tentar mentir agora.
— Amor, precisa de ajuda com alguma coisa? — ele bateu na porta de novo, dessa vez mais preocupado quando escutou o que parecia ser você chorando baixo — Querida, abre a porta.
