Aqui escrevemos pequenas e incontinuas histórias envolvendo o adolescente pobre JJ Maybank, morador de uma ilha, que põe sua vida em risco junto ao seu grupo de amigos em busca de ouro. Há aqui somente um pequeno diferencial: você existe.
(Pedidos f...
PLOT: S/n tem pavor do mar aberto e nunca foi uma boa nadadora, mas em um momento de culpa entra na água pra tentar resgatar o colar do namorado, e isso não dá nada certo.
GÊNERO: Angústia, conforto, leitor meio burro.
CONTEXTO: Namorado!JJmaybank × Leitora
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Você e JJ marcaram de se encontrar no pier pra fazer um piquenique casual de terça-feira e fofocar sobre a vida alheia.
No caso JJ ia comer enquanto te ouvia falar sobre tudo que você quisesse, como sempre. Vocês começaram isso muito tempo atrás, quando você cuidava de duas crianças no seu trabalho de babá e a sua patroa pedia para sair com elas na terça para ter a casa livre. JJ trabalhava ali perto nas terças e depois de um convite ou outro ele passou a sempre fazer parte desse momento.
Muito tempo depois, quando JJ e você começaram a namorar, ele já tinha mudado de emprego e você não cuidava mais daquelas criança mas vocês continuaram fazendo o piquenique. Era um momento de conforto para os dois.
Mas não tão confortável agora, que você acidentalmente enquanto tagarelava perguntou para JJ sobre a origem do colar que estava jogado encima da toalha listrada, o mesmo colar que via Luke usando nas raras vezes que vocês davam o azar de se encontrar, que eram as vezes em que você ia até a porta da casa de JJ para o convidar pra uma volta.
— Não é nada. — JJ ficou tenso — Minha mãe antes de falecer deu um colar para cada. As vezes ele esquece onde colocou o dele e acaba pegando o meu.
— Posso ver? — você apontou para o colar e JJ colocou na sua mão. — É realmente bonito.
O clima ficou ruim depois disso, você não fazia ideia de como desviar do assunto e após minutos de silêncio acabou por pegar uma fatia gigante de bolo e colocar na boca. Era melhor do que se sentir uma panaca por falar mais que a boca.
Como se o céu sentisse o peso que ficou no ar, ele também começou a fechar e escurecer, dando indícios de que viria uma chuva forte em alguns minutos.
— Acho melhor nós irmos, vou levando algumas coisas pro carro e já volto. — ele pegou as cestas maiores e deixou algumas sacolas plásticas para você jogar fora o lixo que ficou.
Você sabia que ele não estava bravo com você mas não pode evitar de se sentir péssima. Como você poderia saber? Mas ao mesmo tempo, por que você é tão curiosa?
Continuou mexendo no colar do garoto enquanto ouvia os passos dele indo para longe do pier, rodando o dedo pela madeira do pingente. Era um sol talhado na madeira preso por um cordão preto.
Antes que pudesse perceber qualquer deslize, qualquer mínimo sinal, o colar foi direto da sua mão para a água. Pluft! Caiu. Fudeo, já era. Pai amado, como você pode ser tão burra? Não foi você, na realidade foi a força da gravidade mas ainda assim, como você explicaria isso pra JJ?
