Os pássaros cantarolavam suas músicas em cima dos galhos das árvores altas, enchendo a atmosfera de uma paz indescritível. Raios de sol penetravam a copa verde, iluminando os arbustos e pequenos animais. Entre eles, havia uma menina distraída por seu objeto de admiração.
“Lily! Vamos!”
Uma voz tirou Lily de seu estado de estupor. Com pesar, ela olhou para a flor que estava admirando, a qual tinha finas pétalas vermelho-sangue. Intercalando sua visão entre seu desenho e a flor, conseguiu confirmar que era um lírio aranha vermelho.
Por um momento, ela estranhou sua aparição, visto que tal espécie não costuma aparecer por essa área. Quando estava prestes a refletir mais sobre o motivo, sentiu um puxão de orelha.
“Garotinha desobediente, nós temos que voltar a viajar!” A mulher falou em um tom de repreensão e brincadeira, já esperando a distração costumeira de sua filha.
“Tá bom, mãe. Só estava terminando de desenhar.” Lily resmungou, acariciando a orelha machucada. Ao fundo, ouviu uma risada, vendo que seu pai estava aproveitando o show enquanto comia um petisco.
Percebendo que foi pego, Erick limpou a garganta e falou: “Sua mãe está certa, temos que encontrar uma clareira para acampar, isso até o anoitecer.”
Lily colocou a mochila com uma expressão cansada, acompanhando seus pais atrás.
Assim, a família de três seguiu viagem.
Lily observou as sombras das árvores ficarem maiores e nenhuma clareira mostrava sinal de aparecer. Ela mordeu os lábios. Se eles não encontrassem uma logo, todos os perigos da floresta se intensificariam ainda mais. Pensando no último incidente, ela estremeceu, com medo.
Como estava distraída, nem percebeu a raiz protuberante da árvore à sua frente.
Em um baque, caiu de cara no chão. Mas antes de se afundar em dor, notou que, à sua direita, havia… uma clareira?
Seus pais já haviam percebido a comoção e voltaram para ajudá-la.
“Mãinn…” Ela gritou, ainda com o rosto no chão.
Erick ajudou a menina a levantar, limpando a sujeira em seu corpo e rosto. Elisa já estava procurando alguma erva medicinal para passar nos arranhados.
“Não, não, espere. Eu achei um lugar pra gente ficar!” Lily falou, agitada.
“Sério?” Elisa e Erick pararam suas ações, surpresos.
“Sim, ali.” Lily apontou em direção à clareira.
“Que bom! Vamos, querido, temos que armar o acampamento.” Elisa bateu o cotovelo no braço de Erick animadamente.
“Ah, filha, passe isso aqui em todos os seus machucados.” Ela entregou uma pasta verde-escura, ainda preocupada com a menina.
Lily concordou superficialmente, mas estava decidida que nunca iria passar essa gosma estranha no corpo.
A clareira era pequena, mas suficiente para montar um acampamento. Assim, eles ficariam longe das ervas venenosas, pequenas criaturas. Quanto às criaturas maiores, um mero fogo não seria capaz de espantá-las. Pelo contrário, chamaria sua atenção.
Quando chegaram lá, Erick tirou várias armações de sua mochila, esvaziando-a de pouco a pouco. Por fim, pegou um frasco que tinha um líquido gelatinoso e passou por toda a limitação do acampamento.
Orgulhoso de seu trabalho, ele enxugou o suor e avisou para as duas que havia terminado.
“Eu estou com fome.” Lily falou o que todos estavam sentindo. ‘Fome de churrasco.’ Esta parte manteve para ela mesma.
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A Beleza da Vida e da Morte
General Fiction"Você não pode mudar. Você sempre será um monstro." Lily, dona do coração de um dragão ancestral. O que muito teriam considerado uma benção, ela considerou uma maldição. Por causa disso, ela foi obrigada a se envolver em uma espiral política de esq...