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Sei que demorei muito para atualizar! Me perdoem por isso. Mas aqui está um capítulo novinho para vocês.

Deixem uma estrelinha, comentem e divulguem se gostarem.

Podem me avisar caso minha escrita não estiver muito boa, ou caso tenha algum erro de escrita.

Aproveitem o capítulo.

🖤

 O que é o amor? Segundo o dicionário, é uma forte afeição por outra pessoa, surgida de laços de sangue ou de relações sociais. Na psicologia, é descrito como um conjunto complexo de emoções, comportamentos e crenças, envolvendo intimidade, paixão e compromisso — tudo sob teorias frias, como a teoria triangular do amor e a teoria do apego. Mas essas explicações... elas não fazem sentido para mim. São palavras vazias, secas, que não tocam na essência do que o amor realmente é, do que ele significa dentro de mim.

Amor não se define assim. Não quando ele invade e domina. O amor é mais do que qualquer definição racional. Ele é ingênuo, sim, mas também é fogo que queima sem piedade. Ele me consome, me devora de dentro para fora, uma chama que me machuca tanto quanto me cura. É dor, mas também é redenção. É uma loucura incontrolável que não obedece a nenhuma lógica.

[2017]

— Filho, pare de chorar! Não acha que já está grandinho para ficar fazendo drama por besteira? — A voz da minha mãe era cortante, dura como gelo. O cigarro pendia dos seus lábios, soltando uma nuvem de fumaça que parecia combinar com a frieza de suas palavras.

— Mãe! Ele morreu... ele era meu amigo! — Minha voz estava sufocada pelas lágrimas. Yaki, meu gatinho, havia sido envenenado. Eu o encontrei no quintal, espumando pela boca. Era o pior momento da minha vida até então, e tudo o que eu queria era um pouco de empatia. Só um gesto de compreensão.

— Por Deus, garoto! Ele já morreu, não adianta ficar chorando por isso. Era um gato! — Ela se abaixou e pegou Yaki, o corpo frio, tirando-o da caixa de sapatos que eu tinha arranjado como caixão improvisado. Sacudiu diante de mim, como se precisasse me lembrar que ele não respirava mais, que estava morto.

— Para! Mamãe, não faz isso! Vai machucar ele... — Supliquei, mas ela apenas jogou o gato de volta na caixa como se fosse lixo.

— Taewoo! Jogue esse gato fora. — Gritou para meu pai, que logo apareceu com uma sacola plástica na mão, como se fosse a solução mais prática.

Não teve despedida, não teve palavras bonitas, teve apenas um choro silencioso enquanto via ele ser jogado de qualquer forma em uma lixeira. Yaki não era insignificante para ter partido dessa forma, ele não era um gatinho ruim, ele era pequeno como eu! Espero que ele tenha recebido bastante do meu amor, pois ele foi o único que pareceu querer receber da mesma forma que recebi muito amor vindo dele.

Algumas horas depois, já no final do dia enquanto a gente jantava, minha mãe resolveu falar sobre o Yaki.

— Jimin, querido... Não fique assim, ok? Perdoe a mamãe por ter agido daquele jeito com o seu amigo. Mamãe estava muito estressada, não quis fazer aquilo. Perdoa a mamãe... — disse ela, colocando sua mão sobre a minha em um gesto de carinho ensaiado, tentando demonstrar empatia pela minha perda.

— Sem problemas, seres vivos morrem de qualquer forma. — falo e afastei minha mão da sua forçando um sorriso curto.

Meu pai não falava nada... Quando eu estava por perto a gente raramente se falava, às vezes trocamos palavras em datas comemorativas, por exemplo o Dia dos Pais, entregava para ele um desenho e então um abraço rápido, mas de alguma forma eu sempre encontrava os nossos desenhos juntos, que fazia na escola, no lixo.

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⏰ Última atualização: Nov 18 ⏰

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