O quarto está escuro, mas não totalmente, sinto o peso do corpo de Billie por cima de mim beijando meu pescoço e indo até meu queixo e subindo para minha boca, ela me beija intensamente enquanto seus cabelos caem sobre meu rosto. Meu corpo esquenta de uma maneira como algo que nunca senti antes, nossas respirações se misturam, minhas mãos passam pelo seu corpo por cima de sua blusa e por estar com o corpo em cima do meu, ela faz movimentos e sinto algo por dentro de sua calça moletom tocando em mim. Estou ofegante, e quase perco o fôlego enquanto ela me beija intensamente. Os cabelos grudam em sua testa, o calor está cada vez maior dentro do quarto. Quando de repente minha mãe abre a porta, e ver aquela cena. Nos viramos rapidamente olhando sua presença enquanto a luz da casa por trás revelavam a sua sombra.Acordo ofegante, o coração disparado. O sonho - ou melhor, o pesadelo - foi tão real que passo a mão no rosto e sinto a pele suada. Olho para o lado e vejo Billie dormindo tranquilamente, alheia ao meu desconforto. Pego o celular e vejo as horas: 4:20 da madrugada. Me levanto devagar e abro a porta do quarto com cuidado, evitando qualquer ruído que pudesse acordá-la.
Caminho até o banheiro, onde lavo o rosto, tentando me livrar da sensação perturbadora que o sonho deixou. Aproveito para fazer xixi, e, ao sentar no vaso, percebo algo que me faz prender a respiração: minha calcinha está... úmida? Meu coração acelera um pouco, e um tipo de culpa começa a subir pelo meu corpo. Pego o papel e me limpo, tentando afastar as sensações confusas que surgem em minha mente.
Depois de lavar as mãos, volto para o quarto em silêncio. Billie agora está virada para a parede, envolta no cobertor. Me deito no colchão e fecho os olhos, tentando forçar o sono a voltar. Mas cada vez que os fecho, flashes daquele sonho retornam: eu e Billie nos beijando, a intensidade daquilo tomando conta de mim, e então, num rompante, minha mãe entrando no quarto como um trovão.
Tento afastar a lembrança, mas ela insiste em ficar.
[...]
O alarme toca, quebrando o silêncio da manhã e me arrancando dos últimos fragmentos de sono. Me viro para o lado e vejo Billie despertando com o rosto ainda amassado pelo travesseiro. Me espreguiço, tentando dissipar o resquício do sonho da madrugada, enquanto Billie se levanta e boceja.
Descemos para a cozinha e pegamos algumas frutas para comer. Billie escolhe uma maçã, e eu fico com uma banana, pensando que pelo menos assim não saímos de estômago vazio.
Vou primeiro para o banho, deixando a água escorrer pelo corpo, relaxando e tentando afastar as lembranças do sonho da noite anterior. Assim que termino, me enrolo na toalha e saio para me arrumar. Enquanto isso, Billie toma o próprio banho.
Estou quase pronta, ajustando o uniforme e penteando o cabelo, quando ela retorna ao quarto com uma toalha enrolada no corpo. Olho para ela e me viro, fazendo menção de sair, mas Billie balança a cabeça.
- Não precisa sair, tá? Estou com roupa íntima por baixo - diz, com um sorriso leve. - Vou só colocar a calça jeans, uma blusa e o casaco.
Aceno que sim com a cabeça, meio sem jeito, e continuo ajeitando o cabelo diante do espelho. Vejo pelo reflexo quando Billie tira a toalha, ficando apenas com um top e uma calcinha box branca. Meus olhos capturam, por um instante, o leve volume que a roupa íntima destaca. Não estava preparada para aquela visão, e olho rápido para o espelho de novo, desviando o olhar e tentando parecer alheia.
Mas, no fundo, aquilo me causa um tipo de curiosidade desconcertante. Pensar em uma garota com um... pênis, era algo que eu nunca tinha visto tão de perto. Tão de verdade.
- Tá tudo bem, Eliza? - Billie pergunta, já com a calça pela metade das pernas, percebendo o meu silêncio.
- Tá, tá, tudo certo! - respondo, forçando um tom casual.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝐎 𝐏𝐞𝐜𝐚𝐝𝐨 𝐭𝐞𝐦 𝐎𝐥𝐡𝐨𝐬 𝐀𝐳𝐮𝐢𝐬 | G!P
FanfictionEliza S/s, filha de pastores evangélicos, vive uma vida cercada de regras e expectativas de uma família tradicional. Quando conhece Billie Eilish, uma garota popular da escola e misteriosa. Eliza se vê atraída por sua personalidade e por tudo o que...