FÚRIA MORTAL - obidei

Marcas ensanguentadas

Iruka estava deitado no quarto, tentando se recuperar do tumulto emocional e físico. Seu rosto ainda estava pálido, e seus olhos refletiam a dor e o cansaço das últimas horas. Tsunade estava ao lado da cama, observando-o com um olhar preocupado. Ela sabia que a situação era delicada e que os Uchihas precisavam saber a verdade.

Obito, Madara e Hashirama entraram na sala, suas expressões tensas e preocupadas. Tsunade suspirou profundamente antes de erguer a manga da camisa de Iruka, revelando as marcas de garras em seu braço.

— Preciso que vejam isso — disse Tsunade, mostrando as marcas vermelhas e ensanguentadas.

Os olhos dos três Uchihas se arregalaram em choque. A visão das marcas em Iruka, tão evidentes e dolorosas, encheu-os de uma mistura de raiva e preocupação.

— Quem fez isso? — perguntou Madara, sua voz baixa, mas carregada de fúria contida.

— Ele não quer contar — respondeu Tsunade, olhando de relance para Iruka. — Ele está com medo e se recusando a falar sobre o que aconteceu.

Obito deu um passo à frente, ajoelhando-se ao lado da cama de seu irmão mais novo.

— Iruka, por favor, nos diga quem fez isso com você. Precisamos saber para poder te proteger — disse Obito, sua voz suave, mas urgente.

Iruka desviou o olhar, seus lábios tremendo ligeiramente. Ele não queria falar sobre o incidente, temendo as repercussões e a dor de reviver o momento.

Hashirama colocou uma mão reconfortante no ombro de Iruka.

— Estamos aqui para te ajudar, Iruka. Precisamos saber o que aconteceu para garantir que isso não aconteça novamente — disse Hashirama calmamente.

As marcas de garras vermelhas e inflamadas em seu corpo contavam uma história de dor, mas ele permanecia em silêncio, recusando-se a revelar o que havia acontecido. Madara, ao lado de seu filho, estava à beira das lágrimas. Ver Iruka naquela condição era insuportável para ele, e a impotência o consumia.

Madara respirou fundo, tentando conter as lágrimas que ameaçavam escapar. Ele se inclinou sobre a cama de Iruka, segurando a mão de seu filho com ternura.

— Iruka... — começou Madara, sua voz quebrada pela emoção. — Por favor, meu filho, me diga o que aconteceu. Nós estamos aqui para você. Vamos protegê-lo, não importa o que tenha acontecido.

Iruka fechou os olhos, sentindo a pressão das lágrimas que ele tentava segurar. Ele sabia que seu pai estava sofrendo, mas o medo e a vergonha ainda o impediam de falar. Madara segurou a mão de Iruka mais firme, tentando transmitir toda a força e amor que sentia.

— Eu sei que é difícil, mas você não precisa carregar isso sozinho — continuou Madara, sua voz tremendo. — Você é a coisa mais importante para mim, Iruka. Ver você assim... me parte o coração.

Obito, ao lado de Madara, colocou uma mão no ombro do pai, tentando oferecer apoio.

— Pai, nós vamos descobrir o que aconteceu. Vamos ajudar o Iruka a passar por isso — disse Obito, tentando manter a calma.

Madara assentiu, mas a angústia era evidente em seus olhos. Ele se virou para Tsunade, esperando que ela tivesse alguma solução.

— Tsunade, há algo que possamos fazer para aliviar a dor de Iruka? — perguntou Madara, sua voz implorante.

Tsunade suspirou, balançando a cabeça.

— Fiz o que pude para estabilizar as feridas, mas ele precisa de descanso e cuidado. O apoio emocional é crucial agora. Ele precisa saber que está seguro e que vocês estão aqui para ele — disse Tsunade, com uma expressão preocupada.