Tudo começa com Sofia Starling com 26 anos muda para o Rio de janeiro com sua melhor amiga para entrar em uma faculdade muito conhecida no Rio esperando viver novas oportunidades sendo atriz. Com o objetivo de se formar na área dos seus sonhos, tend...
Acordei leve hoje, se passou uma semana dês dos ensaios e estava correndo tudo muito bem.
Lucca é muito simpático e se tornou um amigo meu, ele me ajudou bastante a desenvolver mais sobre minha personagem, conseguimos criar uma boa conexão para os ensaios.
No meio da semana conversei com Lucca e ele adotou dois dos gatinhos abandonados, acabei ficando com um para mim, Natalie gostou da ideia o que eu achei bem estranho já achava que ela não iria aceitar tão fácil. O gatinho de olhos marrom o chamei de Peludo já que ele era realmente muito peludo.
Ainda estou meio abalada com o falecimento do meu pai, Natalie e Alicia têm me ajudado muito em relação a isso, me distraindo e tentado me fazer rir, as vezes ainda me pego pensando nele e acabo todas as vezes chorando porém faz parte. Sinto falta dele e isso não é uma novidade para ninguém.
Peludo me acompanhava enquanto eu comia meu café da manhã, olhei para o mesmo que estava se espriguissando na cadeira ao meu lado, ele se esticou e subiu no meu colo, levei minha mão até suas costas fazendo um carinho.
Comecei a vagar nos meus pensamentos sobre dês do primeiro dia na faculdade até agora.
Mudou tanta coisa dês desse dia, as aulas extras que foram canceladas por conta dos ensaios, não estava dando conta de tanta coisa ao mesmo tempo e Natália preferiu cancelar pelo menos até os ensaios acabarem, mas confesso que não estava indo muito bem até porquê ela estava sendo ríspida comigo e quando não era ela mudava do dia pra noite.
Não consigo te entender, Natália, mas você também não deixa eu tentar te entender se afastando sempre que pode.
Peludo pulou do meu colo e foi brincar com algum papel que tinha no chão me fazendo voltar a realidade dos meus pensamentos.
Sofia, foca no que é mais importante, pensar em Natália não vai te ajudar em nada.
Levantei e me arrumei feito um raio, hoje teria mais um ensaio que seria um pouco mais completo e eu ficaria por mais tempo, me notificaram que esses ensaios mais longos ficariam até à noite.
[...]
11h50.
O professor escrevia rapidamente no quadro e eu como de custome estava imersa nos meus pensamentos até que uma notificação de alguém conhecido me tirou do foco que eu estava na minha mente
Chat on.
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Chat off.
O Esmeralda é um dos gatos que Lucca adotou, o gatinho de olhos verdes, Esmeralda era travesso e sempre aprontava e meu amigo gostava de me contar as coisas que ele fazia e eu gostava de saber também.
[...]
Cheguei no auditório conversando com Lucca animadamente, o lugar estava um pouco vazio, sentamos em umas cadeiras e ficamos conversando por um bom tempo até ouvir um barulho de porta se abrir e revelar uma morena com cara de poucos amigos, Natália.
Ela nos olhou séria, principalmente para mim parecia querer me fuzilar me fazendo sentir um arrepio na espinha.
O que essa mulher tem? Pelo amor.
A mesma entrou e seguiu até a frente chamando a atenção de todos.
- Bom, espero que todos estejam repassando o roteiro - minha professora me olhou - Chega de conversas, agora é hora de ensaiar. Como sabem ficaram mais tempo por aqui, espero que não usem esse tempo para bobagens.
É hoje viu...
Lucca me olhou meio assustando.
- O que deu nela hoje? - perguntou o homem baixinho.
- Não faço ideia, melhor a gente começar a repassar algumas coisas.
[...]
Estava eu e Natália lado a lado vendo meu amigo encenar. Lucca é um ótimo ator.
Faltava pouco para os ensaios acabarem por hoje, eu estava tranquila até o momento.
- Vocês ficaram próximos bem rápido, né?... Interessante... - disse minha professora no absoluto do nada.
O tom dela era estranho ao mesmo tempo que parecia ironia, Natália estava calma, calma até demais.
O que ela quer dizer?
- O que você quer dizer com isso, Natália? Não entendi.
- Esqueça, você não precisa entender - a morena disse saindo para o outro lado do palco.
Me deixou cheia de pontos de interrogação na cabeça.
Isso seria ciúmes, dona Natália Rosa?
[...]
Natália Rosa point of view.
21h00.
Cheguei em casa extremamente cansada, tanto fisicamente quanto mentalmente.
Tive que fazer um esforço enorme pra não brigar com ninguém que ousasse passar na minha frente, estava mais estressada que o normal e não sabia o porquê... Quer saber? Eu sabia sim mas acho que estava tentando me convencer que não sabia.
Ciúmes. É isso mesmo, ciúmes, e de quem? Da minha aluna.
Minha vontade era quebrar algo, tacar minha taça na parede por estar me apaixonando por quem não deveria.
Me arrumei para dormir e deitei na cama Vênos estava do meu lado com os olhinhos quase fechando.
- O que eu faço, Vênos? - fiz carinho na minha gata que logo adormeceu.
Me remexi de um lado para o outro em minha cama mas o sono não vinha, não conseguia dormir.
Levantei e andei até a janela. Observei o céu que estava escuro com algumas estrelas brilhantes, sentia brisa fria da noite no meu rosto. Respirei fundo e algumas lembranças do dia vinheram a tona.
Eu devia ter ficado calada e não ter falado nada pra Sofia, não é possível que não consigo me controlar nem pra isso sequer.
Sou muito idiota mesmo... Não tem como eu ter nada com ela... Não tem como.
Talvez Lucca não fosse uma má pessoa... Mas não vou muito com a cara dele não.
Queria entender, por que as vezes os erros são tão bons? Beijar Sofia foi um sonho realizado devo admitir. Queria poder fazê-la feliz só que isso nem vai ser possível, ela não precisa de mim.
Fui até a cozinha e fiz um chá de camomila, olhei para o relógio e já era meia noite e meia.
Tenho que dormir.
Peguei a xícara e bebi o líquido morno, voltei para minha cama, me virei de lado para Vênos que estava num sono profundo. Deixe meus pensamentos de lado e consegui pegar no sono.
