CAPÍTULO 29

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Hoje era para ser um dia comum. Era para ser.

O último dia de aula começou promissor. Acordei cedo (algo raro e digno de nota), tomei um banho com direito a trilha sonora de diva pop, fiz minha skin care e escolhi meu figurino a dedo. Camisa de botão branca, calça jeans preta e minha jaqueta de couro favorita, com o símbolo de coração partido atravessado por uma adaga nas costas. Perfeito. Eu estava confiante, preparado para enfrentar o último odia de aula no qual eu já estavae aapenipdesencargo de consciência poiseufaltei nenhum dia mipoj,m.8
Mas como a felicidade de pobre dura pouco.

Do andar de baixo veio um som que parecia uma mistura de gritos humanos e ruídos animais, algo entre "ahhh!" e "muuu!". Franzi o cenho, intrigada.

— Que porra tá acontecendo aqui?! — gritei ao sair do quarto–

Foi aí que o pesadelo se tornou realidade!

Um alce.

Não

Um verdadeiro alce de carne e chifres reais.

Fiquei parada na porta por um instante, tentando processar. Minhas pupilas provavelmente dilataram. Minha tia Rox estava petrificada com um creme hidratante na mão, como se fosse uma arma de destruição em massa. Meu tio Lenny, com uma roupa velha de dormir, parecia estar considerando se deveria tentar voltar para a cama e fingir que nada era real. Becky e Keithie estavam no meio do corredor com um cesto de roupas. Becky abraçou um macaquinho de pelúcia como se fosse um amuleto de proteção. Keithie estava segurando a barra do cesto, mas claramente se divertindo com a situação.

— Vem muito devagar com a gente, Filipa! —disse Lenny—

O alce nos encarou por um segundo, deu um salto desajeitado e desceu as escadas. Eu, em estado de choque, comecei a descer lentamente, como quem teme encontrar um assassino, enquanto o resto da família me segue como um trem desgovernado.

— Papai, eu deixei a porta da frente aberta para os bichinhos entrarem!— confessou Becky.

— Bichinhos?!— disse. Isso é um alce, não um gatinho perdido, Becky!

Keithie, rindo, acrescentou: — Um bem maluco entrou, hein?

— Eu não estou acreditando que isso vai acontecer!

Chegando à sala, a cena ficou ainda pior. O alce, agora, estava na cozinha, feliz e contente, devorando a ração do Bowser, nosso cachorro. Bowser foi escolhido no canto, com a expressão de quem pensa: "Filipa, salva minha janta antes que eu vire sobremesa!"

-Greg ! Arranja um taco de beisebol! —gritou o tio Lenny—

Greg apareceu no topo da escada, ainda esfregando os olhos e... só de toalha.
Fiquei tão...oh delícia!

Lenny, já irritado, olhou para o alce enquanto respondia a Becky: — Fique tranquilo, filha, não vou bater nele. Só vou dar uma "massagenzinha" de leve.
Enquanto isso, o alce parou de comer e fixou os olhos no macaquinho de pelúcia da Becky. Ele fez um barulho baixo, como se estivesse avisando: "É você ou o macaco." Becky gritou

— NÃO! É MEU MACAQUINHO!

Lenny estendeu a mão. — Dá o macaquinho aqui, Becky. Agora.
Ela hesitou

— Beleza, pessoal, todo mundo pra trás! Plano B em ação!
O tio Lenny garantiu o macaquinho de pelúcia como se fosse um prêmio em um jogo de "pega-pega" extremo.

Ele começou a balançar o brinquedo na frente do alce, atraindo a atenção do animal com movimentos exagerados. O alce, fascinado, fixou o olhar no macaquinho e deu passos lentos, mas certos, na direção dele.

— Vem, amigo, olha aqui o que você quer! É isso mesmo, segue o tio Lenny...— murmurava ele

De repente, Lenny comentou: — TODO MUNDO PRA LONGE!

O alce, como se fosse um tour em uma tourada, atirou atrás do brinquedo. Assim que alcançou o macaquinho, começou a estraçá-lo com toda a força, ignorante

Lenny, ainda ofegante e com as mãos nos joelhos, olhou para a cena e disse, triunfante: — Problema resolvido!

Ao virar a cabeça, dei de cara com Greg, parado na porta. Ele estava com o cabelo ainda molhado, algumas gotas escorrendo pelo peito, e usando apenas uma toalha enrolada na cintura. Seu abdômen estava tão trincado que parecia esculpido à mão, com cada gominho perfeitamente alinhado. Era impossível não notar: ele claramente andava frequentando a academia.

Por um instante, fiquei paralisada, olhando como se ele fosse um holograma impossível de ignorar. Ele franziu o cenho

— Tá tudo bem? — Disse ele

Engoli em seco, tentando recuperar o controle. — Sim! Tudo ótimo!— respondi rápido tentando não babar nesse garoto que virou o homem sem eu perceber.

Ele deu de ombros, sem perceber meu olhar de "Oh, céus, socorro" ,

Meu Deus, eu vou enlouquecer!


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⏰ Última atualização: 2 days ago ⏰

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Melhor amiga de Greg FederOnde histórias criam vida. Descubra agora