CIFRAS DE TOM - JIKOOK

Por você eu sangraria até secar.

Oiii, pessoal! E aí, tão aqui ainda? Se lembram de mim? Da história? Hahaha.

Peço desculpas pelo sumiço, não foi minha intenção ficar mais de um mês sem atualizar, mas fiquei tão abilolada com os vestibulares que quase tive uma síncope. Sinto muito mesmo, vou tentar não sumir mais.

Se você pretende ficar comigo até o último capítulo dessa história, me diz aqui. Comenta pra eu saber.

Bem, já disse o que precisava, espero que me entendam. Esse capítulo está cheio de amor, de cuidado, de conselhos, de carinho e de revelações...

Os Namjin que o diga, viu?! 👀

Boa leitura, não esqueçam de comentar!

🎶🌻

Jungkook

Lúpus.

É, é isso o que meu pai tem, foi por isso que ele passou mal e quase matou eu e o Jimin de susto.

Eu e o Ji ainda estamos na parte de fora do quarto do hospital depois de termos sofrido pra ressuscitar o carro da mamãe, observando através da porta entreaberta. A enfermeira acabou de sair e me avisou que está tudo certo com ele, mas o silêncio que fica no ar é pesado, sufocante. Jimin está ao meu lado, quieto, com o rosto sério e distante. Ele ainda não sabe o que dizer. Eu também não sei.

— Lúpus... — Malik repete, mais para ele mesmo do que para mim. Ele olha para o chão, como se tentasse encontrar algum significado nas palavras. Eu entendo. Eu também não consigo acreditar.

Lúpus. Uma doença crônica, autoimune. O sistema imunológico do meu pai, que deveria defender o corpo, agora ataca os próprios órgãos. Pode afetar os rins, o coração, os pulmões. Tudo. E a qualquer momento, sem aviso, ele pode ter uma crise. Às vezes, ele pode parecer bem, mas no fundo, é como se uma bomba-relógio estivesse sempre ali, prestes a explodir.

— Eu... não sabia que ele tinha isso — Jimin diz, com a voz baixa. Ele olha para mim, os mirantes arregalados, tentando entender. Eu também tento. Me chateio um pouco mais por nunca ter percebido antes, me culpo e destroço o meu ser um pouco mais por não ter estado ao lado dele quando ele descobriu.

Eu respiro fundo e, finalmente, falo.

— Eu também não. Ele nunca quis contar. Sempre disfarçou. Mas agora eu sei e me sinto mal por ter descoberto tão tarde.

Jimin me encara, sem dizer nada. A tensão entre nós dois cresce. Eu vejo o medo em seus olhos, mas ele não deixa transparecer muito. Sempre foi assim. Jimin tem essa mania de esconder o que sente, mas eu posso perceber quando ele está preocupado.

Olho de novo para o quarto, para o meu pai. Ele está lá dentro, em repouso. Estou com medo, aflito do que pode vir depois. Lúpus não é uma doença que se resolve com medicamentos simples. Ele vai precisar de cuidados constantes, acompanhamento médico rigoroso. E isso é só o começo.

Park coloca a mão no meu ombro, quase como um gesto automático, mas eu sinto a força por trás dele. Sinto a pressão de tudo o que estamos enfrentando, mas também percebo que ele está tentando me dar um pouco de estabilidade, mesmo que não tenha palavras para isso.

Caralho, assim eu me apaixono mais.

— Jungkook, eu tô aqui. Sempre vou estar.

Eu não consigo responder de imediato. Só encaro o chão e respiro fundo, sentindo um emaranhado de sensações no peito que não sei como tirar. Olho novamente para a porta do quarto. Sei que o pior ainda está por vir, mas também sei que meu pai vai precisar de todo o apoio que ele puder ter. E, de alguma forma, vamos superar isso juntos.