Hyunjin acordou com o barulho insistente do celular vibrando na mesinha de cabeceira. A luz fraca do quarto mal iluminava o aparelho, e a vontade que ele tinha era de arremessá-lo contra a parede, acabando com o incômodo de uma vez por todas. Mas, em vez disso, ele ignorou o som irritante, virando-se para o lado e entrelaçando sua mão na de Chan, buscando o calor reconfortante do outro para voltar a dormir.
No entanto, o barulho continuou, e, já sem paciência, Hyunjin suspirou profundamente antes de pegar o telefone. Atendeu com a voz baixa e fria, tentando não acordar Chan, que ainda dormia ao seu lado.
— Alô? — murmurou, com a voz rouca de sono.
— Hyunjin? Ainda dormindo? Já são quase 14h da tarde — a voz de sua mãe soou do outro lado da linha, carregada de uma alegria que contrastava totalmente com o humor dele.
— A senhora precisa de alguma coisa? — Hyunjin bufou, levando a mão livre ao rosto. Ele conseguia ouvir algumas vozes de fundo, mas não conseguia distinguir quem estava com sua mãe.
— Preciso que você venha para casa. Temos visitas.
— Eu tenho que ir mesmo? — Hyunjin choramingou, ainda sussurrando, enquanto olhava para Chan, que se mexeu ligeiramente, mas não acordou.
— Por que você está falando assim? Você está com alguém? — A voz da sua mãe mudou instantaneamente, com uma ponta de desconfiança.
— Esquece, já estou indo para casa… — Hyunjin não esperou pela resposta e desligou o celular, jogando-o de volta na cama com um suspiro pesado. Ele sentiu a cabeça latejar, o sono ainda preso em seus olhos. Com cuidado, tirou o braço de Chan, que estava envolto em sua cintura, e se sentou na beira da cama, bocejando e se espreguiçando, enquanto tentava afastar o sono que teimava em não deixá-lo.
Levantou-se lentamente e foi para o banheiro. O piso frio sob seus pés descalços o fez estremecer, mas a água gelada que jogou no rosto ajudou a espantar o resto de sono. Enquanto a água escorria pelo seu rosto, ele tentou se preparar mentalmente para o que o aguardava em casa. Depois de terminar de escovar os dentes, se encarou no espelho por alguns segundos, desejando poder simplesmente ficar ali, ao lado de Chan, sem preocupações.
Ao sair do banheiro, ainda com a toalha enrolada na cintura, ele soube que teria que acordar Chan para pedir roupas emprestadas. Se chegasse em casa com as roupas do show, seria bombardeado com perguntas, e isso era a última coisa que queria. Mas, ao retornar ao quarto, encontrou Chan sentado na cama, com os pés tocando o chão e o rosto ainda inchado pelo sono.
— Já vai? — A voz de Chan, rouca e baixa, ressoou pelo quarto enquanto ele estendia a mão para o mais novo.
— Sim, tenho que ir para casa — Hyunjin pegou a mão dele e se aproximou, parando entre as pernas de Chan, que o puxou para mais perto, envolvendo-o em um abraço apertado, encostando sua cabeça na barriga de Hyunjin. A sensação da pele quente de Chan contra a sua fez Hyunjin desejar poder se perder naquele momento para sempre.
— Pensei que a gente pudesse passar o dia juntos hoje… — Chan murmurou, sua voz carregada de um misto de sono e tristeza.
— Era tudo o que eu queria, acredite em mim — Hyunjin sussurrou, os dedos deslizando suavemente pelo cabelo de Chan. Ele sorriu quando sentiu os lábios de Chan depositarem um beijo delicado em sua cintura, o calor daquele gesto aquecendo seu coração.
— Você devia ter feito o piercing no umbigo. Teria ficado a coisa mais linda do mundo — Chan disse, seus dedos explorando a barriga de Hyunjin, traçando o caminho das pequenas pintas e músculos que desenhavam sua pele, como se estivesse gravando cada detalhe em sua memória.
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He was a punk and he did ballet. - hyunchan
ФанфикHyunchan - he was a punk and he did ballet. Sol e lua, frio e calor, água e fogo - mundos completamente distintos, mas que, apesar das diferenças, era quando estavam juntos que mais se sentiam completos. Era assim para Chan e Hyunjin.