He was a punk and he did ballet. - hyunchan

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Hyunjin acordou sentindo-se exausto, como se a noite não tivesse sido suficiente para restaurar suas energias. O toque insistente do despertador o tirou do sono leve, e, com muito esforço, ele finalmente se levantou, ainda sentindo o peso do cansaço em seu corpo. Dirigiu-se ao banheiro, onde um banho frio era sua única esperança de se revigorar e afastar a sonolência. A água gelada o fez arrepiar, mas aos poucos foi conseguindo despertar. Após secar-se e vestir-se, escolheu roupas que o fizessem sentir um pouco mais confortável naquele dia que já parecia ser desafiador. Pegou sua mochila, verificando se não havia esquecido nada, e desceu as escadas em direção à cozinha para tomar café, sabendo que Chan deveria estar a caminho.

Ao chegar na sala, notou de imediato as roupas de cama dobradas sobre o sofá, um detalhe pequeno, mas que lhe dizia muito. Não precisou pensar muito para entender que seu pai havia dormido ali. Com o coração um pouco mais pesado, Hyunjin continuou até a cozinha, onde encontrou seu pai, Donghyun, de costas, preparando panquecas na frigideira, como fazia em momentos especiais ou quando queria confortar alguém.

— Bom dia, pai! — Hyunjin cumprimentou, tentando manter a voz leve, enquanto abria a geladeira e pegava o suco, servindo um copo para si e outro para o pai.

— Oi, filho, dormiu bem? — Donghyun respondeu sem virar-se, a voz calma e um tanto cansada, o que fez Hyunjin suspeitar que ele também não teve uma noite de sono tranquila.

— Dormi sim. O senhor dormiu no sofá? — Hyunjin se sentou à mesa, pegando uma banana para descascar, o olhar furtivo em direção ao pai, tentando ler nas entrelinhas.

Donghyun suspirou levemente antes de responder, trazendo os pratos com as panquecas para a mesa. — Dormi, filho. Mas não precisa se preocupar, tá tudo bem.

— Pai… foi por minha causa? — A voz de Hyunjin falhou, o peso da culpa começando a pressionar seu peito. A ideia de ser o motivo de uma briga entre seus pais era insuportável.

Donghyun, percebendo o desconforto do filho, estendeu a mão para segurar a de Hyunjin, fazendo um carinho reconfortante. — Tá tudo bem, filho, não se preocupe com isso. Vamos comer para você não se atrasar para a aula.

Apesar de sentir que havia mais a ser dito, Hyunjin decidiu não insistir. O pai sempre fora uma figura de apoio em sua vida, e ele não queria ser a causa de mais um problema. Pegou uma panqueca, colocando no prato ao lado da banana, e cobriu com um pouco de mel. Mastigou em silêncio, o peso da situação ainda pairando sobre ele. Seu celular vibrou sobre a mesa, tirando-o de seus pensamentos. Era uma mensagem de Chan, avisando que chegaria em cinco minutos. Hyunjin se levantou rapidamente, indo ao banheiro para escovar os dentes, e quando voltou, notou pela janela o carro preto de Chan estacionado em frente à casa. 

— Tchau, pai. — Ele falou enquanto pegava a mochila e se dirigia para a porta, parando por um instante para olhar de volta e ver o pai sorrindo para ele, uma expressão que misturava amor e preocupação.

Donghyun acompanhou o filho até a porta, observando-o enquanto ele caminhava até o carro de Chan. O sorriso nos lábios de Hyunjin ao ver o ruivo esperá-lo aquecia o coração de Donghyun, mesmo que soubesse que algumas batalhas internas estavam sendo travadas no silêncio de seu filho.

— Bom dia, docinho! Já tomou café? — Chan perguntou assim que Hyunjin entrou no carro, os olhos brilhando de expectativa enquanto fazia um biquinho, inclinando-se em direção ao outro, claramente esperando um beijo.

Hyunjin sentiu o calor subir ao rosto ao ver o gesto. — Bom dia, Channie. — Ele se inclinou e depositou um selar rápido nos lábios de Chan, antes de se virar para frente, tentando disfarçar a timidez repentina. — Já tomei sim.