Bang Chan chegou em casa e foi direto para o quarto, sua raiva ainda fervendo por causa das palavras de Minho. Ele se jogou na cama, ignorando as batidas na porta e a voz de Minho chamando para jantar. Chan precisava de um tempo sozinho para esfriar a cabeça. Mais tarde, desceu para comer algo, a sensação de frustração ainda pairando sobre ele.
No dia seguinte, Chan acordou mais cedo do que o habitual. O sol estava apenas começando a iluminar o quarto através das cortinas. Sem pressa, tomou um banho tranquilo, apreciando o momento de calma. Escolheu uma roupa, optando por algo confortável e casual. Preparou um café da manhã simples, composto por torradas crocantes, um café forte e algumas frutas frescas. Fez um pouco a mais para Minho.
Enquanto estava na cozinha, o ambiente estava silencioso. O som do rádio tocando uma música suave era a única companhia de Chan. Os pais de Minho ainda estavam no trabalho, e Minho, aparentemente, ainda não havia acordado. Com um olhar pensativo, arrumava a mesa com cuidado, cada movimento quase automático enquanto sua mente ainda estava focada na conversa anterior.
Quando Minho finalmente apareceu, já estava arrumado para ir à faculdade, porém, seu olhar ainda estava cansado. Ele se dirigiu à mesa com um suspiro, claramente ainda afetado pela tensão do dia anterior. Chan o cumprimentou com um resmungo seco e se sentou à mesa, o clima entre os dois pesado como uma nuvem densa.
— Tá legal, o que eu te fiz? — Minho perguntou, enquanto tentava cortar a torrada, seu gesto um pouco brusco.
— Por que você teve que falar aquelas merdas ontem? — Chan o olhou com raiva, a veia em sua têmpora visivelmente pulsando. Seu olhar era como uma tempestade prestes a desabar.
— Que merdas? — Minho perguntou, confuso, os olhos piscando com frustração.
— Aquela porra de ontem, na hora do almoço — Chan se afastou da mesa, seu corpo rígido e a expressão endurecida, claramente irritado.
— Ah, qual é, Bang Chan, eu só falei o óbvio. Você nunca se importou com isso, sempre entrava na brincadeira, e agora você vai ficar puto comigo? — Minho já estava alterado, sua voz grave e agitada.
— Eu vou!! — Chan se levantou bruscamente, fazendo a cadeira deslizar barulhentamente no chão. — O que você tem na cabeça? Já é a segunda vez que você faz isso.
— E o que tem? Qual é a porra do problema? Me fala! — Minho se levantou também e se aproximou do ruivo, seu corpo tenso e desafiador.
Chan, exasperado, decidiu finalmente falar.
— O problema é que Hyunjin estava presente.
— De novo, qual é a porra do problema? — Minho perguntou, perplexo, seus braços cruzados e a expressão confusa.
Chan se afastou e saiu da cozinha, o ambiente parecia sufocante e carregado de tensão.
— Volta aqui, Bang Chan! O que tem o Hyunjin com isso? — Minho correu atrás dele e o segurou pelo ombro, sua voz misturando desespero e curiosidade.
— A gente tá ficando, tá legal? — Chan falou de uma vez, aliviando um peso de suas costas, sua voz um misto de raiva e alívio.
— Como é que é? — Minho gritou, incrédulo, os olhos arregalados de surpresa. — Vocês estão namorando?
— Não, não… — Chan passou a mão no rosto nervoso, seu olhar procurando alguma compreensão.
Os dois ficaram em silêncio, Minho tentando processar a informação enquanto Chan finalmente se sentia aliviado por ter compartilhado aquilo. O peso do segredo que carregava agora estava parcialmente removido.
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He was a punk and he did ballet. - hyunchan
FanficHyunchan - he was a punk and he did ballet. Sol e lua, frio e calor, água e fogo - mundos completamente distintos, mas que, apesar das diferenças, era quando estavam juntos que mais se sentiam completos. Era assim para Chan e Hyunjin.