Como era domingo, Chan não se preocupou com o horário e só foi acordar à tarde, aproveitando o descanso que tanto merecia. Despertou ao sentir sua barriga roncando, pedindo desesperadamente por comida.
Ainda meio sonolento, ele se espreguiçou, deixando o corpo se ajustar ao ritmo lento do dia. Olhou ao redor e notou que o quarto estava vazio; Minho já havia se levantado. Com preguiça, Chan se levantou e caminhou até o banheiro, onde escovou os dentes lentamente e jogou uma água fria no rosto, sentindo o frescor revitalizar seu corpo. Decidiu que o banho poderia esperar, talvez depois de uma boa refeição.
Desceu os degraus com calma, sentindo o aroma tentador da comida que vinha da cozinha. Ao entrar, foi recebido com um sorriso caloroso da mãe de Minho, que estava organizando algumas coisas sobre a bancada. Sem hesitar, Chan se aproximou e, com um gesto afetuoso, deu-lhe um beijo na testa.
— Bom dia, flor do dia! — disse a mulher, sua voz carregada de carinho e bom humor. — Pelo visto, a noite foi boa.
Chan riu, lembrando da noite nem tão tranquila que teve. — A senhora nem faz ideia — respondeu ele, com um sorriso de lado, enquanto enchia o copo com água gelada da geladeira, sentindo o líquido refrescar sua garganta.
— Deixei seu almoço separado — disse ela, apontando para o micro-ondas. — Está lá dentro, esperando por você.
Chan abriu a porta do eletrodoméstico e seus olhos brilharam ao ver o prato de lasanha. — Você é a melhor, definitivamente — exclamou, animado, fazendo uma pequena dancinha de felicidade. Lasanha era um de seus pratos favoritos, e ele não poderia estar mais agradecido.
— Ah, o Minho está na garagem, mexendo em alguma coisa. Tenho um plantão daqui a pouco, e meu marido só vai chegar amanhã de manhã. Então, já sabem, né?
Chan riu e, com uma voz exageradamente feminina, imitou a mulher: — Nada de festas, nada de homens ou mulheres dentro de casa, nada de drogas e nada de voltar tarde.
A mãe de Minho riu, balançando a cabeça em aprovação. — Que bom que vocês conhecem as regras. Agora eu preciso ir — disse ela, pegando sua bolsa e se dirigindo à porta. Antes de sair, porém, parou subitamente, como se tivesse lembrado de algo importante. — Ah, quase me esqueci… o Minho tem uma surpresa pra você!
Chan mal teve tempo de reagir antes que ela desaparecesse pela porta da cozinha. Curioso e ansioso, pegou seu prato de lasanha e um refrigerante, e seguiu em direção à garagem. Ao abrir a porta, encontrou Minho concentrado, com um bico enorme em seus lábios, limpando cuidadosamente a bateria de seu kit de música. O ambiente estava impregnado com o cheiro de óleo e metal, misturado com uma leve trilha sonora que vinha de um rádio no canto.
— Hey.
— Onde você esteve ontem à noite? — Minho levantou o olhar e viu o rosto sonolento do amigo.
— Ah, eu tava na boate, fiquei lá até de manhã — Chan respondeu casualmente, tentando parecer indiferente, embora por dentro seu coração estivesse disparado, revivendo cada momento daquela noite.
— Você nunca fica lá até de manhã... o que aconteceu? Com quem você ficou? — Minho perguntou, agora mais atento, sentando-se no banquinho próximo enquanto verificava o restante dos instrumentos.
— Com ninguém, eu só fiquei lá com os caras, só isso... — Chan desviou o olhar, focando intensamente no prato de comida, evitando o olhar curioso do amigo.
Minho o observou por um momento, percebendo o desconforto nas respostas de Chan, mas decidiu não insistir. — Não sei se acredito, mas enfim... termina de comer que eu tenho que te mostrar uma coisa.
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He was a punk and he did ballet. - hyunchan
FanfictionHyunchan - he was a punk and he did ballet. Sol e lua, frio e calor, água e fogo - mundos completamente distintos, mas que, apesar das diferenças, era quando estavam juntos que mais se sentiam completos. Era assim para Chan e Hyunjin.